Se Maric parecia ser uma aposta
de Fernando Santos, desde cedo que não contou para o treinador que se seguiu, Octávio
Machado, que riscou o croata da lista de 25 jogadores inscritos na Liga
dos Campeões, depois de uma lesão na fase inicial da temporada 2001-02. E
após a recuperação desse problema físico não reentrou nas contas, acabando por
rescindir contrato em outubro de 2001, numa altura em que tinha vínculo válido
até junho de 2003.
Mas quem era este avançado e o
que levou o FC
Porto a contratá-lo? O principal cartão de visita foi ter participado na
brilhante campanha da Croácia
até ao terceiro lugar no Mundial 1998, em França. É verdade que era uma figura secundária
numa seleção que tinha Davor Suker, Zvonimir Boban, Robert Prosinečki, Igor
Tudor, Dario Šimić ou Mario Stanić, mas foi utilizado em quatro encontros ao
longo do torneio. A nível de clubes deu nas vistas
ao serviço do Dínamo Zagreb, clube que representou entre 1992 e 1999. No outono
de 1998 mostrou-se ao público português (e portista)
ao atuar nos dois jogos da equipa da capital croata frente ao FC
Porto na Champions
– vitória por 3-1 em Zagreb e derrota por 0-3 nas Antas. Os bons desempenhos no Dínamo valeram-lhe
o salto para outro clube que tinha defrontado na Liga
dos Campeões, o Newcastle,
então orientado pelo neerlandês Ruud Gullit. Apesar dos 900 mil contos (5,8
milhões de euros) pagos pela transferência por parte dos magpies,
Maric foi afastado da equipa devido a um desentendimento com o treinador. A
entrada de Bobby Robson para o comando técnico da equipa parecia ser o clique
que o avançado croata precisava para se afirmar na Premier
League, mas deitou tudo a perder quando decidiu fugir para o seu país em vez
de acompanhar a equipa numa digressão nas Caraíbas. Acabou multado em duas
semanas de salário, o máximo permitido pela Federação Inglesa. Também em rota de colisão com Robson,
foi colocado na lista de dispensas, tendo chegado a tentar comprar o próprio
passe, mas a solução encontrada foi mesmo a transferência (por 300 mil euros)
para o FC
Porto, que na altura pensava alterar o 4x3x3 talhado para Jardel para um
4x4x2 com uma frente de ataque mais móvel. Após a desvinculação dos azuis
e brancos regressou ao Dínamo Zagreb, tendo ainda passado dois anos nos
gregos do Panathinaikos antes de encerrar a carreira no emblema da capital
croata em 2005-06. Ao serviço da seleção
da Croácia somou 19 internacionalizações e um golo, à Bósnia
e Herzegovina. Ainda sonhou voltar a Portugal para disputar o Euro 2004,
tendo participado em três encontros da fase de qualificação, mas não foi
convocado para a fase final.
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