FC Porto e Sp. Braga já se defrontaram em sete finais |
Um clássico à moda do Norte. A
final da Taça
de Portugal deste ano (este domingo, às 17:15) marcará a oitava ocasião em
que FC
Porto e Sp.
Braga se defrontam com um troféu em disputa.
Ao longo da história de ambos
estes centenários clubes, dragões
e bracarenses
mediram forças já em três finais da Taça
de Portugal, em dois jogos decisivos da Taça
da Liga, numa
final da Liga Europa e discutiram uma edição da Supertaça
Cândido de Oliveira.
Apesar de os azuis
e brancos terem um palmarés muito mais recheado, no histórico de confrontos
em finais o registo é muito equilibrado: o FC
Porto levantou o troféu em quatro ocasiões e o Sp.
Braga em três.
Final da Taça
de Portugal 1976-77
Numa altura em que o FC
Porto estava há 18 anos afastado do título de campeão nacional e o Sp.
Braga levava apenas a segunda época consecutiva na I
Divisão, os dragões
procuravam vencer um troféu que lhes escapava há nove anos, enquanto os bracarenses
tentavam repetir o feito de 1965-66.
Numa final realizada no Estádio
das Antas, quando ainda era possível definir o palco do jogo tendo em conta a
questão geográfica, Fernando Gomes, então a viver a época de afirmação nos azuis
e brancos, marcou aos 54 minutos o golo que valeu o troféu aos portistas.
Foi a terceira Taça
de Portugal consecutiva para o treinador José Maria Pedroto – as duas
primeiras foram conquistadas ao serviço do Boavista
– e o primeiro troféu de Jorge
Nuno Pinto da Costa, então chefe do departamento de futebol, enquanto
dirigente. No banco bracarense estava Mário Lino.
Final da Taça
de Portugal 1997-98
21 anos depois, o reencontro entre
os dois clubes, desta vez no Jamor. Curiosamente, os atuais treinadores de
ambas as equipas, Sérgio
Conceição e Artur Jorge, foram titulares.
Logo aos 16 minutos, Aloísio
respondeu da melhor maneira a um canto executado por Sérgio
Conceição a partir do lado esquerdo, colocando os dragões
em vantagem. Oito minutos depois, Mário Jardel aproveitou uma oferta de José
Nuno Azevedo para se isolar e, à segunda tentativa, fazer o 2-0. No início do
segundo tempo Sílvio reduziu para os minhotos,
na resposta a um grande cruzamento de Formoso (54’), mas Artur apontou o 3-1
final já ao cair do pano, através de um pontapé de bicicleta após um passe de
Drulovic (90’), numa fase em que os portistas
jogavam reduzidos a dez, devido à expulsão de João Manuel Pinto (62’).
O treinador dos azuis
e brancos era António Oliveira, o dos arsenalistas
o espanhol Alberto Pazos.
Três meses e meio depois, FC
Porto e Sp.
Braga voltaram a lutar por um troféu, mas apresentaram novos treinadores,
Fernando Santos e Vítor Oliveira.
A 1.ª mão foi jogada nas Antas. Na
ausência de Mário Jardel, coube a Zlatko Zahovič marcar o golo solitário dos dragões,
aos 48 minutos.
Um mês depois, no Municipal 1.º
de Maio, Capucho adiantou os portistas
aos 79 minutos. Os minhotos
reagiram, com Formoso a restabelecer a igualdade aos 80’. Entretanto, os bracarenses
dispuseram de uma grande penalidade ao cair do pano, mas Elpídio Silva permitiu
a defesa de Ivica Kralj.
Uma das páginas mais bonitas da
história do futebol português, a única
final europeia entre duas equipas lusas.
Num encontro equilibrado, os dragões
de André Villas-Boas chegaram ao golo num momento crucial, à beira do
intervalo, através de um cabeceamento certeiro do avançado colombiano Radamel
Falcao na resposta a um cruzamento do compatriota Fredy Guarín (44’).
No banco do Sp.
Braga estava uma antiga glória dos azuis
e brancos, Domingos Paciência.
Final da Taça
da Liga 2012-13
Dois anos depois da final
da Liga Europa perdida em Dublin, o Sp.
Braga vingou-se e bateu o FC
Porto na final da Taça
da Liga, numa altura em que nem uma nem outro clube tinha o troféu no seu palmarés.
O único golo do encontro foi
apontado por Alan à beira do intervalo, na conversão de uma grande penalidade a
castigar falta de Abdoulaye Ba, que acabou expulso devido à acumulação de
cartões amarelos.
Final da Taça
de Portugal 2015-16
Mais uma final que caiu para o
lado do Sp.
Braga, na altura orientado por Paulo Fonseca, enquanto no comando técnico
do FC
Porto estava o homem que guiou os bracarenses
à conquista da Taça
da Liga três anos antes, José
Peseiro.
Naquele que foi o último jogo de
Hélton ao serviço dos dragões,
o guarda-redes brasileiro teve uma tarde para esquecer: aos 12 minutos,
permitiu a antecipação de Rui Fonte no lance que deu vantagem aos minhotos;
aos 58’, fez um passe apertado para Marcano que resultou na recuperação de bola
e consequente golo de Josué,
na altura cedido aos arsenalistas
pelos portistas.
Contudo, André Silva bisou (61’ e 90’) e levou o encontro para prolongamento.
Após meia hora sem golos, o
assunto ficou resolvido no desempate por grandes penalidades. Marafona defendeu
os penáltis de Herrera e Maxi Pereira, enquanto Pedro Santos, Stojiljkovic,
Hassan e Goiano marcaram os golos do Sp.
Braga.
Curiosamente, o troféu foi
entregue ao Sp.
Braga por um Presidente da República braguista, Marcelo Rebelo de Sousa.
Final da Taça
da Liga 2019-20
A fazer um campeonato sofrível,
ao ponto de já ter mudado de treinador no decorrer da época (saiu Sá
Pinto, entrou Rúben
Amorim), o Sp.
Braga jogou a Taça
da Liga em casa, pois previamente havia sido anunciado que a final four
seria jogada na cidade dos Arcebispos, e na final teve pela frente um FC
Porto de Sérgio
Conceição que estava a desiludir: falhou o acesso direto à Champions
e estava a sete pontos do líder Benfica
no campeonato.
Quanto ao jogo, parecia inevitável
o desempate por grandes penalidades quando Ricardo Horta aproveitou uma bola
perdida na área dos portistas
para marcar o golo da vitória dos bracarenses,
aos 90+5’.
Para Rúben
Amorim, foi o primeiro troféu como treinador. Já Sérgio
Conceição colocou o lugar à disposição, mas Pinto
da Costa não aceitou a demissão – no final da temporada, os dragões
festejaram a dobradinha.
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