sábado, 3 de junho de 2023

Recorde todas as finais entre FC Porto e Sp. Braga

FC Porto e Sp. Braga já se defrontaram em sete finais
Um clássico à moda do Norte. A final da Taça de Portugal deste ano (este domingo, às 17:15) marcará a oitava ocasião em que FC Porto e Sp. Braga se defrontam com um troféu em disputa.
 
Ao longo da história de ambos estes centenários clubes, dragões e bracarenses mediram forças já em três finais da Taça de Portugal, em dois jogos decisivos da Taça da Liga, numa final da Liga Europa e discutiram uma edição da Supertaça Cândido de Oliveira.
 
Apesar de os azuis e brancos terem um palmarés muito mais recheado, no histórico de confrontos em finais o registo é muito equilibrado: o FC Porto levantou o troféu em quatro ocasiões e o Sp. Braga em três.
 
Vale por isso a pena recordar todas as finais entre FC Porto e Sp. Braga.
 
Final da Taça de Portugal 1976-77
FC Porto 1-0 Sp. Braga (18 de maio de 1977)
Numa altura em que o FC Porto estava há 18 anos afastado do título de campeão nacional e o Sp. Braga levava apenas a segunda época consecutiva na I Divisão, os dragões procuravam vencer um troféu que lhes escapava há nove anos, enquanto os bracarenses tentavam repetir o feito de 1965-66.
Numa final realizada no Estádio das Antas, quando ainda era possível definir o palco do jogo tendo em conta a questão geográfica, Fernando Gomes, então a viver a época de afirmação nos azuis e brancos, marcou aos 54 minutos o golo que valeu o troféu aos portistas.
Foi a terceira Taça de Portugal consecutiva para o treinador José Maria Pedroto – as duas primeiras foram conquistadas ao serviço do Boavista – e o primeiro troféu de Jorge Nuno Pinto da Costa, então chefe do departamento de futebol, enquanto dirigente. No banco bracarense estava Mário Lino.


 
Final da Taça de Portugal 1997-98
FC Porto 3-1 Sp. Braga (24 de maio de 1998)
21 anos depois, o reencontro entre os dois clubes, desta vez no Jamor. Curiosamente, os atuais treinadores de ambas as equipas, Sérgio Conceição e Artur Jorge, foram titulares.
Logo aos 16 minutos, Aloísio respondeu da melhor maneira a um canto executado por Sérgio Conceição a partir do lado esquerdo, colocando os dragões em vantagem. Oito minutos depois, Mário Jardel aproveitou uma oferta de José Nuno Azevedo para se isolar e, à segunda tentativa, fazer o 2-0. No início do segundo tempo Sílvio reduziu para os minhotos, na resposta a um grande cruzamento de Formoso (54’), mas Artur apontou o 3-1 final já ao cair do pano, através de um pontapé de bicicleta após um passe de Drulovic (90’), numa fase em que os portistas jogavam reduzidos a dez, devido à expulsão de João Manuel Pinto (62’).
O treinador dos azuis e brancos era António Oliveira, o dos arsenalistas o espanhol Alberto Pazos.
 
 
 
1.ª mão: FC Porto 1-0 Sp. Braga (8 de agosto de 1998)
2.ª mão: Sp. Braga 1-1 FC Porto (9 de setembro de 1998)
Três meses e meio depois, FC Porto e Sp. Braga voltaram a lutar por um troféu, mas apresentaram novos treinadores, Fernando Santos e Vítor Oliveira.
A 1.ª mão foi jogada nas Antas. Na ausência de Mário Jardel, coube a Zlatko Zahovič marcar o golo solitário dos dragões, aos 48 minutos.
Um mês depois, no Municipal 1.º de Maio, Capucho adiantou os portistas aos 79 minutos. Os minhotos reagiram, com Formoso a restabelecer a igualdade aos 80’. Entretanto, os bracarenses dispuseram de uma grande penalidade ao cair do pano, mas Elpídio Silva permitiu a defesa de Ivica Kralj.


 
FC Porto 1-0 Sp. Braga (18 de maio de 2011)
Uma das páginas mais bonitas da história do futebol português, a única final europeia entre duas equipas lusas.
Num encontro equilibrado, os dragões de André Villas-Boas chegaram ao golo num momento crucial, à beira do intervalo, através de um cabeceamento certeiro do avançado colombiano Radamel Falcao na resposta a um cruzamento do compatriota Fredy Guarín (44’).
No banco do Sp. Braga estava uma antiga glória dos azuis e brancos, Domingos Paciência.
 
 
 
Final da Taça da Liga 2012-13
Sp. Braga 1-0 FC Porto (13 de abril de 2013)
Dois anos depois da final da Liga Europa perdida em Dublin, o Sp. Braga vingou-se e bateu o FC Porto na final da Taça da Liga, numa altura em que nem uma nem outro clube tinha o troféu no seu palmarés.
O único golo do encontro foi apontado por Alan à beira do intervalo, na conversão de uma grande penalidade a castigar falta de Abdoulaye Ba, que acabou expulso devido à acumulação de cartões amarelos.
O treinador dos bracarenses era José Peseiro, enquanto Vítor Pereira comandava os dragões.
 
 
 
Final da Taça de Portugal 2015-16
Sp. Braga 2-2 (4-2 g.p.) FC Porto (22 de maio de 2016)
Mais uma final que caiu para o lado do Sp. Braga, na altura orientado por Paulo Fonseca, enquanto no comando técnico do FC Porto estava o homem que guiou os bracarenses à conquista da Taça da Liga três anos antes, José Peseiro.
Naquele que foi o último jogo de Hélton ao serviço dos dragões, o guarda-redes brasileiro teve uma tarde para esquecer: aos 12 minutos, permitiu a antecipação de Rui Fonte no lance que deu vantagem aos minhotos; aos 58’, fez um passe apertado para Marcano que resultou na recuperação de bola e consequente golo de Josué, na altura cedido aos arsenalistas pelos portistas. Contudo, André Silva bisou (61’ e 90’) e levou o encontro para prolongamento.
Após meia hora sem golos, o assunto ficou resolvido no desempate por grandes penalidades. Marafona defendeu os penáltis de Herrera e Maxi Pereira, enquanto Pedro Santos, Stojiljkovic, Hassan e Goiano marcaram os golos do Sp. Braga.
Curiosamente, o troféu foi entregue ao Sp. Braga por um Presidente da República braguista, Marcelo Rebelo de Sousa.
 
 
 
Final da Taça da Liga 2019-20
Sp. Braga 1-0 FC Porto (25 de janeiro de 2020)
A fazer um campeonato sofrível, ao ponto de já ter mudado de treinador no decorrer da época (saiu Sá Pinto, entrou Rúben Amorim), o Sp. Braga jogou a Taça da Liga em casa, pois previamente havia sido anunciado que a final four seria jogada na cidade dos Arcebispos, e na final teve pela frente um FC Porto de Sérgio Conceição que estava a desiludir: falhou o acesso direto à Champions e estava a sete pontos do líder Benfica no campeonato.
Quanto ao jogo, parecia inevitável o desempate por grandes penalidades quando Ricardo Horta aproveitou uma bola perdida na área dos portistas para marcar o golo da vitória dos bracarenses, aos 90+5’.
Para Rúben Amorim, foi o primeiro troféu como treinador. Já Sérgio Conceição colocou o lugar à disposição, mas Pinto da Costa não aceitou a demissão – no final da temporada, os dragões festejaram a dobradinha.
 



 





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