Mário Mendonça assinou por um ano (mais um de opção) pelo Vitória FC |
Anunciado recentemente
como reforço do Vitória
de Setúbal, o lateral esquerdo Mário Mendonça é candidato a ocupar uma posição que durante os
últimos sete anos foi quase sempre de Nuno Pinto. Desafiados pelo O
Blog do David a descrever o reforço sadino,
dois antigos companheiros de equipa do ex-Torreense
– curiosamente dois laterais – são unânimes em considerá-lo um
jogador rápido, com projeção ofensiva, que se posiciona bem e que
está sempre disposto a ajudar o próximo.
“O Mendonça é o
chamado lateral moderno, com muita projeção ofensiva. Uma das
principais características e diria mesmo o ponto mais forte dele são
os cruzamentos. Costumo-lhe dizer que tem um pé esquerdo teleguiado,
o que é fantástico para assistir os colegas. Depois é um lateral
rápido e que se posiciona bem”, considera o antigo internacional
jovem português Dani Coelho, que se cruzou com Mendonça no Vizela
em 2016-17 e no Loures
em 2019-20.
Opinião semelhante tem
David Rosa, que há cerca de dois meses conquistou ao lado de
Mendonça o título de campeão da Liga 3 ao serviço do Torreense:
“É um lateral que desequilibra muito ponto de vista ofensivo mas
também é forte no posicionamento defensivo. Sendo um jogador
rápido, raramente perde duelos em velocidade”.
Apesar dos elogios, o
novo lateral esquerdo vitoriano
não foi além de 672 minutos distribuídos por 13 jogos oficiais em
2021-22, sendo que na temporada anterior também não foi além de 15
partidas numa campanha em que se mostrou impotente para evitar a
despromoção do Beira-Mar
aos distritais da AF Aveiro, algo desvalorizado por quem trabalhou
com ele.
“A época no Beira-Mar
não correu bem a nível coletivo, mas se formos analisar
individualmente, foi uma boa época do Mendonça [cinco golos e duas assistências]. No Torreense,
a verdade é que ele teve uma lesão numa parte importante da época
e depois perdeu um pouco o comboio, e claro que temos de dar o mérito
ao colega de equipa [Simão Rocha], que agarrou o lugar, mas aí é
que se vê o verdadeiro espírito de um campeão, de um jogador de
equipa, seja a jogar ou a apoiar os colegas desde fora, e nisso nada
se pode apontar ao Mendonça, porque foi um verdadeiro campeão”,
analisa Dani Coelho, que não tem dúvidas de que o esquerdino “se
vai impor no Vitória, fazer uma grande época e dar muitas alegrias aos associados
porque tem muita qualidade e terá um treinador fantástico [Micael
Sequeira], que também já o conhece e vai tirar partido do melhor
dele”.
“No futebol, jogar
nunca irá depender só de nós. Podemos dar sempre o máximo, como o
Mário sempre deu, podemos ser profissional de excelência, como o
Mário sempre foi, e ainda assim não jogar. Jogar ou não jogar
nunca vai depender 100% de nós. Ainda assim, temos de fazer a nossa
parte e, do que dependeu dele, nunca ninguém lhe poderá apontar o
dedo. O importante é que tenho a certeza que ele sempre se deitou
de consciência tranquila e deixará certamente os adeptos do Vitória
felizes pela sua chegada”, crê David Rosa, elogiando um jogador
que já se tinha cruzado com o treinador Micael Sequeira no
Merelinense em 2018-19.
No entender de Dani
Coelho, o que falta a Mário Mendonça para se estabelecer num
patamar mais elevado – já jogou na II
Liga ao serviço de Desp.
Chaves, Oliveirense
e Vizela
– é saber “dosear o esforço”, pois “por vezes desgasta-se
sem necessidade”. Para David Rosa, o ex-companheiro de
equipa necessita apenas de “jogar mais minutos”.
Um reforço também para o balneário
Alguns dos mais rasgados
elogios tecidos a Mário Mendonça pelos dois antigos companheiros de
equipa são referentes ao que o novo futebolista sadino
faz... fora do campo, nomeadamente à sua disponibilidade para ajudar
o próximo.
“Em 14 anos de
profissional de futebol, talvez conte pelos dedos de uma mão
pessoas como o Mendonça: extremamente bondoso, sempre
preparado para ajudar o amigo e nunca diz não a nada. Tem uma
personalidade que se ajusta a todos, é competitivo à sua maneira e
é um profissional exemplar. Sei que vão adorá-lo como pessoa e
como jogador”, vaticinou Dani Coelho, que trabalhou às ordens de
Micael Sequeira nas camadas jovens do Sp.
Braga há cerca de 15 anos.
Já David Rosa, capitão
do Torreense
na temporada transata, confessa que Mário Mendonça foi um dos
jogadores que mais o ajudou, muitas das vezes através de conselhos. “É uma
pessoa super calma e pacata, de um profissionalismo imensurável. Só
lhe posso desejar o melhor deste mundo”, vincou o lateral direito,
que não vai continuar no emblema
de Torres Vedras em 2022-23.
Nascido há quase 31 anos
em Esposende, Mário Mendonça fez toda a formação e iniciou-se no
futebol sénior com as cores da Associação
Desportiva de Esposende. Além das já citadas experiências na
II
Liga, nos últimos cinco anos vestiu as camisolas de Fátima,
Merelinense, Loures
e Beira-Mar
no Campeonato
de Portugal e do Torreense
na Liga 3.
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