sexta-feira, 15 de julho de 2022

Mário Mendonça, “um lateral ofensivo, rápido e que se posiciona bem”

Mário Mendonça assinou por um ano (mais um de opção) pelo Vitória FC
Anunciado recentemente como reforço do Vitória de Setúbal, o lateral esquerdo Mário Mendonça é candidato a ocupar uma posição que durante os últimos sete anos foi quase sempre de Nuno Pinto. Desafiados pelo O Blog do David a descrever o reforço sadino, dois antigos companheiros de equipa do ex-Torreense – curiosamente dois laterais – são unânimes em considerá-lo um jogador rápido, com projeção ofensiva, que se posiciona bem e que está sempre disposto a ajudar o próximo.

“O Mendonça é o chamado lateral moderno, com muita projeção ofensiva. Uma das principais características e diria mesmo o ponto mais forte dele são os cruzamentos. Costumo-lhe dizer que tem um pé esquerdo teleguiado, o que é fantástico para assistir os colegas. Depois é um lateral rápido e que se posiciona bem”, considera o antigo internacional jovem português Dani Coelho, que se cruzou com Mendonça no Vizela em 2016-17 e no Loures em 2019-20.

Opinião semelhante tem David Rosa, que há cerca de dois meses conquistou ao lado de Mendonça o título de campeão da Liga 3 ao serviço do Torreense: “É um lateral que desequilibra muito ponto de vista ofensivo mas também é forte no posicionamento defensivo. Sendo um jogador rápido, raramente perde duelos em velocidade”.

Apesar dos elogios, o novo lateral esquerdo vitoriano não foi além de 672 minutos distribuídos por 13 jogos oficiais em 2021-22, sendo que na temporada anterior também não foi além de 15 partidas numa campanha em que se mostrou impotente para evitar a despromoção do Beira-Mar aos distritais da AF Aveiro, algo desvalorizado por quem trabalhou com ele.

“A época no Beira-Mar não correu bem a nível coletivo, mas se formos analisar individualmente, foi uma boa época do Mendonça [cinco golos e duas assistências]. No Torreense, a verdade é que ele teve uma lesão numa parte importante da época e depois perdeu um pouco o comboio, e claro que temos de dar o mérito ao colega de equipa [Simão Rocha], que agarrou o lugar, mas aí é que se vê o verdadeiro espírito de um campeão, de um jogador de equipa, seja a jogar ou a apoiar os colegas desde fora, e nisso nada se pode apontar ao Mendonça, porque foi um verdadeiro campeão”, analisa Dani Coelho, que não tem dúvidas de que o esquerdino “se vai impor no Vitória, fazer uma grande época e dar muitas alegrias aos associados porque tem muita qualidade e terá um treinador fantástico [Micael Sequeira], que também já o conhece e vai tirar partido do melhor dele”.


“No futebol, jogar nunca irá depender só de nós. Podemos dar sempre o máximo, como o Mário sempre deu, podemos ser profissional de excelência, como o Mário sempre foi, e ainda assim não jogar. Jogar ou não jogar nunca vai depender 100% de nós. Ainda assim, temos de fazer a nossa parte e, do que dependeu dele, nunca ninguém lhe poderá apontar o dedo. O importante é que tenho a certeza que ele sempre se deitou de consciência tranquila e deixará certamente os adeptos do Vitória felizes pela sua chegada”, crê David Rosa, elogiando um jogador que já se tinha cruzado com o treinador Micael Sequeira no Merelinense em 2018-19.

No entender de Dani Coelho, o que falta a Mário Mendonça para se estabelecer num patamar mais elevado – já jogou na II Liga ao serviço de Desp. Chaves, Oliveirense e Vizela – é saber “dosear o esforço”, pois “por vezes desgasta-se sem necessidade”. Para David Rosa, o ex-companheiro de equipa necessita apenas de “jogar mais minutos”.

Um reforço também para o balneário

Alguns dos mais rasgados elogios tecidos a Mário Mendonça pelos dois antigos companheiros de equipa são referentes ao que o novo futebolista sadino faz... fora do campo, nomeadamente à sua disponibilidade para ajudar o próximo.

“Em 14 anos de profissional de futebol, talvez conte pelos dedos de uma mão pessoas como o Mendonça: extremamente bondoso, sempre preparado para ajudar o amigo e nunca diz não a nada. Tem uma personalidade que se ajusta a todos, é competitivo à sua maneira e é um profissional exemplar. Sei que vão adorá-lo como pessoa e como jogador”, vaticinou Dani Coelho, que trabalhou às ordens de Micael Sequeira nas camadas jovens do Sp. Braga há cerca de 15 anos.


Já David Rosa, capitão do Torreense na temporada transata, confessa que Mário Mendonça foi um dos jogadores que mais o ajudou, muitas das vezes através de conselhos. “É uma pessoa super calma e pacata, de um profissionalismo imensurável. Só lhe posso desejar o melhor deste mundo”, vincou o lateral direito, que não vai continuar no emblema de Torres Vedras em 2022-23.

Nascido há quase 31 anos em Esposende, Mário Mendonça fez toda a formação e iniciou-se no futebol sénior com as cores da Associação Desportiva de Esposende. Além das já citadas experiências na II Liga, nos últimos cinco anos vestiu as camisolas de Fátima, Merelinense, Loures e Beira-Mar no Campeonato de Portugal e do Torreense na Liga 3.

















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