Dez jogadores que mais vezes atuaram pelo Sporting na Champions |
Prestes a iniciar a 18.ª
participação na Taça/Liga
dos Campeões, a nona das quais no atual formato, o Sporting
Clube de Portugal regressa a uma competição em que fez história ao marcar
presença primeiro jogo de sempre, a 4 de setembro de 1955, um empate a três
golos no Jamor diante do Partizan de Belgrado.
No entanto, a melhor prestação de
sempre dos leões
na prova aconteceu em 1982-83, com a caminhada até aos quartos de final. Desde
que existe o formato de fase de grupos, o melhor que os verde
e brancos almejaram foi chegar aos oitavos de final em 2008-09.
Feitas as contas, o emblema
leonino contabilizou 23 vitórias, 13 empates, 42 derrotas, 101 golos
marcados e 137 sofridos em 78 encontros na Champions.
No total, 211 futebolistas representaram o Sporting
na Taça/Liga
dos Campeões. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais
vezes.
10. Adrien Silva (14 jogos)
Adrien Silva |
Médio luso-francês formado no Sporting,
estreou-se pelos leões
na Liga
dos Campeões aos 18 anos e oito meses, cumprindo os 90 minutos numa vitória
na receção aos ucranianos do Dínamo Kiev, em dezembro de 2017.
Na época seguinte, o centrocampista foi utilizado em mais dois encontros,
uma vitória em Basileia ainda na fase de grupos e uma visita de má memória ao
terreno do Bayern
Munique nos oitavos de final, de onde os verde
e brancos saíram com uma goleada por 1-7 – com um agregado de 1-12 na
eliminatória.
Entretanto, o emblema
leonino teve um hiato de cinco anos sem ir à Champions,
o que deu tempo a Adrien
para ganhar rodagem em empréstimos aos israelitas do Maccabi Haifa e à Académica
e conquistar a titularidade no Sporting.
Em 2014-15, no regresso do clube à liga
milionária, atuou nos seis jogos da fase de grupos (todas como titular) e
apontou dois golos, ambos na visita ao Schalke
04.
Duas temporadas depois, atuou em cinco partidas da fase de grupos (quatro
a titular) e marcou um golo ao Real
Madrid.
Paralelamente, contribuiu para a conquista de duas Taças
de Portugal (2007-08 e 2014-15) e uma Supertaça
Cândido de Oliveira (2015), tendo ainda ajudado Portugal a sagrar-se
campeão europeu em 2016.
9. Yannick Djaló (15 jogos)
Logo na época de estreia participou
em cinco jogos (quatro a titular) na fase de grupos da Liga
dos Campeões, tendo como batismo uma vitória caseira sobre o Inter
de Milão (1-0)
Na temporada que se seguiu foi
utilizado em quatro encontros (todos a titular), numa campanha em que os verde
e brancos fizeram melhor do que no ano anterior e alcançaram o 3.º lugar
que valeu a repescagem para a Taça
UEFA.
Em 2008-09, porém, tanto Yannick
Djaló como a equipa estiveram em melhor plano. O jogador participou em seis
partidas (quatro a titular) e marcou um golo ao Basileia, tendo ajudado o Sporting
a qualificar-se para os oitavos de final.
Paralelamente, conquistou duas Taças
de Portugal (2006-07 e 2007-08) e outras tantas Supertaças
(2007 e 2008).
8. Abel (15 jogos)
Abel Ferreira |
Disputou o mesmo número de jogos de Yannick
Djaló, mas amealhou mais 86 minutos em campo – 1153 contra 1067.
Lateral direito contratado ao Sp.
Braga em janeiro de 2006, estreou-se na Liga
dos Campeões em 2006-07, tendo atuado em apenas dois jogos (um a titular),
uma vez que era Marco Caneira quem assumia habitualmente a titularidade nessa
posição.
No entanto, no final dessa época
ganhou um lugar no onze, com Caneira a passar para o centro da defesa, e em
2007-08 acabou mesmo por ser titular nas seis partidas da fase de grupos, tendo
inclusivamente marcado um golo ao Manchester
United, em Old Trafford, onde deu vantagem ao Sporting
durante 40 minutos.
Na temporada seguinte manteve o
estatuto, tendo participado em sete partidas (cinco a titular) ao longo da
prova, ajudando os leões
a chegar aos oitavos de final.
Paralelamente, conquistou duas Taças
de Portugal (2006-07 e 2007-08) e outras tantas Supertaças
(2007 e 2008).
7. Liedson (15 jogos)
Liedson |
Disputou o mesmo número de jogos de Abel e Yannick
Djaló, mas amealhou mais minutos em campo: 1339.
Embora apenas apareça na sétima
posição deste ranking, é o melhor
marcador de sempre do Sporting
na Liga
dos Campeões, com seis golos.
Avançado baiano natural de Cairu,
era um autêntico conhecido quando chegou a Alvalade,
nos últimos dias do mercado de verão de 2003. É verdade que tinha marcado
muitos golos em clubes como Coritiba, Flamengo
e Corinthians,
mas era bastante franzino, relativamente baixo para ponta de lança (1,75 m),
estava à beira e completar 27 anos e não muito tempo antes era funcionário de
um supermercado. Porém, só precisou de dois jogos para mostrar a Fernando
Santos que lhe devia conceder a titularidade, porque o que lhe faltava em
centímetros era compensado em velocidade, mobilidade, capacidade de impulsão,
facilidade de remate e empenho na luta com os defesas adversários.
No entanto, teve de esperar três
anos para se estrear na Liga
dos Campeões, tendo participado em cinco jogos na fase de grupos em
2006-07, todos na condição de titular.
Ainda assim, os primeiros
(quatro) golos surgiram apenas na temporada que se seguiu. Em seis encontros
(todos no onze inicial), o levezinho faturou diante de Roma
(três vezes) e Dínamo Kiev.
Em 2008-09 falhou as primeiras
partidas devido a lesão, mas foi a tempo de disputar quatro jogos (todos a titular)
e apontar dois golos, frente ao Shakhtar Donetsk e ao Barcelona
de Pep Guardiola, ajudando o emblema
leonino a carimbar o apuramento para os oitavos de final.
Paralelamente, venceu duas Taças
de Portugal (2006-07 e 2007-08) e uma Supertaça
Cândido de Oliveira (2007), participou na caminhada até à final da Taça
UEFA em 2004-05 e sagrou-se melhor marcador da I
Liga em 2004-05 e 2006-07.
6. William Carvalho (17 jogos)
William Carvalho |
Mais um produto da formação do Sporting,
neste caso um possante médio de características, estreou-se na equipa principal
em abril de 2011, à beira de comemora o 19.º aniversário, mas teve de esperar
até ao verão de 2013 para se fixar no plantel, então às ordens de Leonardo
Jardim.
Em 2014-15 surgiu a estreia na Liga
dos Campeões, tendo participado enquanto titular nos seis jogos da fase de
grupos. Duas épocas depois, repetiu os números, mas já não conseguiu ajudar os leões
a conseguir, no mínimo, a repescagem para a Liga
Europa.
Por último, em 2017-18, disputou
cinco encontros (todos como titular), em mais uma campanha que se culminou no
3.º lugar na fase de grupos.
Paralelamente, contribuiu para a conquista de uma Taça
de Portugal (2014-15) e uma Taça da Liga (2017-18), tendo ainda ajudado Portugal
a sagrar-se campeão europeu em 2016. Em 2013-14 foi eleito jogador revelação da
I
Liga e em 2015 venceu o prémio de melhor jogador do Campeonato da Europa de
sub-21.
5. Tonel (17 jogos)
Tonel |
Disputou o mesmo número de jogos de William
Carvalho, mas amealhou mais três minutos em campo – 1498 contra 1495.
Os adeptos diziam que Tonel resolvia tudo… à cabeçada. Defesa central
contratado ao Marítimo no verão de 2005 e que rapidamente conquistou a
titularidade, estreou-se na Liga
dos Campeões em 2006-07, época em que foi titular nos seis jogos que
disputou na prova.
Na temporada seguinte repetiu esses números, mas acrescentou-lhe um golo,
apontado numa vitória no terreno do Dínamo Kiev.
Já em 2008-09 foi utilizado em cinco partidas (todas como titular) e
voltou a faturar por uma vez, desta feita numa derrota ante o Barcelona,
em Camp Nou.
Paralelamente, conquistou duas Taças
de Portugal (2006-07 e 2007-08) e outras tantas Supertaças
(2007 e 2008).
4. Miguel Veloso (18 jogos)
Miguel Veloso |
Defesa central de formação e filho da antiga glória benfiquista
António Veloso, impôs-se como médio defensivo quando subiu a sénior e fazia
questão de frisar que não gostava de jogar a lateral esquerdo, para mal dos
pecados de Paulo Bento.
Em 2006-07 fixou-se na equipa principal, após um empréstimo ao Olivais e
Moscavide, e teve uma espécie de estreia de fogo, uma vez que o segundo jogo
que realizou de leão
ao peito foi precisamente uma receção ao Inter
de Milão, para a Liga
dos Campeões. Nessa temporada foi utilizado em cinco jogos (três a titular)
na prova.
Por fim, em 2008-09 atuou em sete
partidas (cinco a titular) e marcou um golo ao Barcelona
de Pep Guardiola, ajudando a formação
leonina a apurar-se para os oitavos de final.
Paralelamente, conquistou duas Taças
de Portugal (2006-07 e 2007-08) e outras tantas Supertaças
(2007 e 2008).
3. Anderson Polga (19 jogos)
Anderson Polga |
O primeiro campeão do mundo a atuar em Portugal. Natural de Santiago, Rio
Grande do Sul, despontou no Grêmio,
clube pelo qual venceu dois campeonatos gaúchos e uma Copa do Brasil e que o
catapultou para a seleção brasileira, tendo participado na campanha vitoriosa
do escrete de Luiz Felipe Scolari no Mundial
2002.
Tal como o compatriota Liedson, teve
de esperar três anos para se estrear na Liga
dos Campeões, tendo somado os primeiros (seis) jogos em 2006-07, numa
campanha em que os leões
não foram além de um quarto lugar num grupo onde também estavam inseridos Bayern
Munique, Inter
de Milão e Spartak Moscovo.
Na temporada seguinte atuou em
cinco partidas (todas na condição de titular) e, marcou dois golos, ambos ao
Dínamo Kiev, em jogos distintos. Para se ter a noção, foram os únicos remates
certeiros de Polga durante os primeiros seis anos em Portugal.
Por fim, em 2008-09 foi titular
nos oito encontros dos verde
e brancos, que chegaram aos oitavos de final, e marcou um golo na própria
baliza num jogo em Munique frente ao Bayern.
O central brasileiro fez parte
ativa da equipa que em 2004-05 chegou à final da Taça
UEFA, embora não tivesse atuado no jogo decisivo, e conquistou duas Taças
de Portugal (2006-07 e 2007-08) e duas Supertaças
(2007 e 2008) pelo emblema de Alvalade.
Ficou a faltar o campeonato.
2. João Moutinho (20 jogos)
Duas temporadas depois, fez a estreia na Liga
dos Campeões, tendo sido titular nos 20 encontros que os leões
disputaram na prova
milionária entre 2006-07 e 2008-09. Nessas duas dezenas de jogos, marcou
dois golos, um numa receção ao Dínamo Kiev em dezembro de 2007 e outro em
Munique frente ao Bayern
em março de 2009.
Paralelamente, tornou-se capitão
de equipa e conquistou duas Taças
de Portugal (2006-07 e 2007-08) e outras tantas Supertaças
(2007 e 2008).
1. Rui Patrício (26 jogos)
Rui Patrício |
Descoberto pelo antigo guarda-redes leonino
Joaquim Carvalho (1958 a 1970) e apontado desde tenra idade como sucessor de
Vítor Damas, foi formado no Sporting
e estreou-se pela equipa principal ainda com idade de júnior, aos 18 anos,
defendendo uma grande penalidade logo no primeiro jogo, numa visita ao Marítimo,
em novembro de 2006.
Cerca de um ano depois roubou a titularidade ao sérvio Stojkovic e não
mais a largou. Em 2007-08 disputou dois jogos e sofreu outros tantos golos na Liga
dos Campeões, tendo feito a estreia na prova
milionária em pleno Old Trafford, numa derrota ante o Manchester
United (1-2).
Na temporada seguinte somou mais
seis encontros na Champions
e ajudou os leões
a chegar aos oitavos de final, mas encaixou 15 golos.
Mais maduro, Rui
Patrício voltou à Liga
dos Campeões em 2014-15, numa campanha em que marcou presença em todos as
partidas na fase de grupos e sofreu 12 golos. Ficou na memória uma grande
exibição numa receção ao Chelsea
(0-1), que lhe mereceu um cumprimento especial por parte do treinador
adversário, José
Mourinho, logo após o apito final. “Não vejo o Sporting
jogar todas as semanas, mas o Rui
Patrício joga cá há muito e não me lembro de uma exibição tão decisiva como
hoje. O que faltou foi ficar 0-0... foi uma exibição fantástica", afirmou
o special one. “Rui
Patrício fez o jogo da vida dele. Foi o melhor em campo”, reforçou o
avançado Diego
Costa.
Em 2016-17 e 2017-18 voltou a
marcar presença em todos os jogos da fase de grupos, tendo amealhado um total
de 12 partidas e 17 golos sofridos nessas participações.
Paralelamente, conquistou duas Taças
de Portugal (2007-08 e 2014-15), duas Supertaças
(2008 e 2015) e uma Taça da Liga (2017-18), tendo ainda participado na
caminhada até às meias-finais da Liga
Europa em 2011-12, tendo ainda
ajudado Portugal a sagrar-se campeão europeu em 2016, num torneio em que foi
eleito melhor guarda-redes.
Sem comentários:
Enviar um comentário