quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Sporting na Liga dos Campeões

Dez jogadores que mais vezes atuaram pelo Sporting na Champions
Prestes a iniciar a 18.ª participação na Taça/Liga dos Campeões, a nona das quais no atual formato, o Sporting Clube de Portugal regressa a uma competição em que fez história ao marcar presença primeiro jogo de sempre, a 4 de setembro de 1955, um empate a três golos no Jamor diante do Partizan de Belgrado.
 
No entanto, a melhor prestação de sempre dos leões na prova aconteceu em 1982-83, com a caminhada até aos quartos de final. Desde que existe o formato de fase de grupos, o melhor que os verde e brancos almejaram foi chegar aos oitavos de final em 2008-09.
 
Feitas as contas, o emblema leonino contabilizou 23 vitórias, 13 empates, 42 derrotas, 101 golos marcados e 137 sofridos em 78 encontros na Champions.
 
No total, 211 futebolistas representaram o Sporting na Taça/Liga dos Campeões. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.
 
 

10. Adrien Silva (14 jogos)

Adrien Silva
Médio luso-francês formado no Sporting, estreou-se pelos leões na Liga dos Campeões aos 18 anos e oito meses, cumprindo os 90 minutos numa vitória na receção aos ucranianos do Dínamo Kiev, em dezembro de 2017.
Na época seguinte, o centrocampista foi utilizado em mais dois encontros, uma vitória em Basileia ainda na fase de grupos e uma visita de má memória ao terreno do Bayern Munique nos oitavos de final, de onde os verde e brancos saíram com uma goleada por 1-7 – com um agregado de 1-12 na eliminatória.
Entretanto, o emblema leonino teve um hiato de cinco anos sem ir à Champions, o que deu tempo a Adrien para ganhar rodagem em empréstimos aos israelitas do Maccabi Haifa e à Académica e conquistar a titularidade no Sporting.
Em 2014-15, no regresso do clube à liga milionária, atuou nos seis jogos da fase de grupos (todas como titular) e apontou dois golos, ambos na visita ao Schalke 04.
Duas temporadas depois, atuou em cinco partidas da fase de grupos (quatro a titular) e marcou um golo ao Real Madrid.
Paralelamente, contribuiu para a conquista de duas Taças de Portugal (2007-08 e 2014-15) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (2015), tendo ainda ajudado Portugal a sagrar-se campeão europeu em 2016.
 
 
 

9. Yannick Djaló (15 jogos)

Yannick Djaló
Mais um produto da cantera leonina, neste caso um avançado se fixou na equipa principal do Sporting em 2006-07.
Logo na época de estreia participou em cinco jogos (quatro a titular) na fase de grupos da Liga dos Campeões, tendo como batismo uma vitória caseira sobre o Inter de Milão (1-0)
Na temporada que se seguiu foi utilizado em quatro encontros (todos a titular), numa campanha em que os verde e brancos fizeram melhor do que no ano anterior e alcançaram o 3.º lugar que valeu a repescagem para a Taça UEFA.
Em 2008-09, porém, tanto Yannick Djaló como a equipa estiveram em melhor plano. O jogador participou em seis partidas (quatro a titular) e marcou um golo ao Basileia, tendo ajudado o Sporting a qualificar-se para os oitavos de final.
Paralelamente, conquistou duas Taças de Portugal (2006-07 e 2007-08) e outras tantas Supertaças (2007 e 2008).
 
 
 

8. Abel (15 jogos)

Abel Ferreira
Disputou o mesmo número de jogos de Yannick Djaló, mas amealhou mais 86 minutos em campo – 1153 contra 1067.
Lateral direito contratado ao Sp. Braga em janeiro de 2006, estreou-se na Liga dos Campeões em 2006-07, tendo atuado em apenas dois jogos (um a titular), uma vez que era Marco Caneira quem assumia habitualmente a titularidade nessa posição.
No entanto, no final dessa época ganhou um lugar no onze, com Caneira a passar para o centro da defesa, e em 2007-08 acabou mesmo por ser titular nas seis partidas da fase de grupos, tendo inclusivamente marcado um golo ao Manchester United, em Old Trafford, onde deu vantagem ao Sporting durante 40 minutos.
Na temporada seguinte manteve o estatuto, tendo participado em sete partidas (cinco a titular) ao longo da prova, ajudando os leões a chegar aos oitavos de final.
Paralelamente, conquistou duas Taças de Portugal (2006-07 e 2007-08) e outras tantas Supertaças (2007 e 2008).
 
 
 

7. Liedson (15 jogos)

Liedson
Disputou o mesmo número de jogos de Abel e Yannick Djaló, mas amealhou mais minutos em campo: 1339.
Embora apenas apareça na sétima posição deste ranking, é o melhor marcador de sempre do Sporting na Liga dos Campeões, com seis golos.
Avançado baiano natural de Cairu, era um autêntico conhecido quando chegou a Alvalade, nos últimos dias do mercado de verão de 2003. É verdade que tinha marcado muitos golos em clubes como Coritiba, Flamengo e Corinthians, mas era bastante franzino, relativamente baixo para ponta de lança (1,75 m), estava à beira e completar 27 anos e não muito tempo antes era funcionário de um supermercado. Porém, só precisou de dois jogos para mostrar a Fernando Santos que lhe devia conceder a titularidade, porque o que lhe faltava em centímetros era compensado em velocidade, mobilidade, capacidade de impulsão, facilidade de remate e empenho na luta com os defesas adversários.
No entanto, teve de esperar três anos para se estrear na Liga dos Campeões, tendo participado em cinco jogos na fase de grupos em 2006-07, todos na condição de titular.
Ainda assim, os primeiros (quatro) golos surgiram apenas na temporada que se seguiu. Em seis encontros (todos no onze inicial), o levezinho faturou diante de Roma (três vezes) e Dínamo Kiev.
Em 2008-09 falhou as primeiras partidas devido a lesão, mas foi a tempo de disputar quatro jogos (todos a titular) e apontar dois golos, frente ao Shakhtar Donetsk e ao Barcelona de Pep Guardiola, ajudando o emblema leonino a carimbar o apuramento para os oitavos de final.
Paralelamente, venceu duas Taças de Portugal (2006-07 e 2007-08) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (2007), participou na caminhada até à final da Taça UEFA em 2004-05 e sagrou-se melhor marcador da I Liga em 2004-05 e 2006-07.
 
 
 

6. William Carvalho (17 jogos)

William Carvalho
Mais um produto da formação do Sporting, neste caso um possante médio de características, estreou-se na equipa principal em abril de 2011, à beira de comemora o 19.º aniversário, mas teve de esperar até ao verão de 2013 para se fixar no plantel, então às ordens de Leonardo Jardim.
Em 2014-15 surgiu a estreia na Liga dos Campeões, tendo participado enquanto titular nos seis jogos da fase de grupos. Duas épocas depois, repetiu os números, mas já não conseguiu ajudar os leões a conseguir, no mínimo, a repescagem para a Liga Europa.
Por último, em 2017-18, disputou cinco encontros (todos como titular), em mais uma campanha que se culminou no 3.º lugar na fase de grupos.
Paralelamente, contribuiu para a conquista de uma Taça de Portugal (2014-15) e uma Taça da Liga (2017-18), tendo ainda ajudado Portugal a sagrar-se campeão europeu em 2016. Em 2013-14 foi eleito jogador revelação da I Liga e em 2015 venceu o prémio de melhor jogador do Campeonato da Europa de sub-21.
 
 
 
 

5. Tonel (17 jogos)

Tonel
Disputou o mesmo número de jogos de William Carvalho, mas amealhou mais três minutos em campo – 1498 contra 1495.
Os adeptos diziam que Tonel resolvia tudo… à cabeçada. Defesa central contratado ao Marítimo no verão de 2005 e que rapidamente conquistou a titularidade, estreou-se na Liga dos Campeões em 2006-07, época em que foi titular nos seis jogos que disputou na prova.
Na temporada seguinte repetiu esses números, mas acrescentou-lhe um golo, apontado numa vitória no terreno do Dínamo Kiev.
Já em 2008-09 foi utilizado em cinco partidas (todas como titular) e voltou a faturar por uma vez, desta feita numa derrota ante o Barcelona, em Camp Nou.
Paralelamente, conquistou duas Taças de Portugal (2006-07 e 2007-08) e outras tantas Supertaças (2007 e 2008).
 
 
 

4. Miguel Veloso (18 jogos)

Miguel Veloso
Defesa central de formação e filho da antiga glória benfiquista António Veloso, impôs-se como médio defensivo quando subiu a sénior e fazia questão de frisar que não gostava de jogar a lateral esquerdo, para mal dos pecados de Paulo Bento.
Em 2006-07 fixou-se na equipa principal, após um empréstimo ao Olivais e Moscavide, e teve uma espécie de estreia de fogo, uma vez que o segundo jogo que realizou de leão ao peito foi precisamente uma receção ao Inter de Milão, para a Liga dos Campeões. Nessa temporada foi utilizado em cinco jogos (três a titular) na prova.
Na época seguinte participou nas seis jornadas da fase de grupos, tendo sido titular em cinco e contribuído para a repescagem do Sporting para a Taça UEFA.
Por fim, em 2008-09 atuou em sete partidas (cinco a titular) e marcou um golo ao Barcelona de Pep Guardiola, ajudando a formação leonina a apurar-se para os oitavos de final.
Paralelamente, conquistou duas Taças de Portugal (2006-07 e 2007-08) e outras tantas Supertaças (2007 e 2008).
 
 
 

3. Anderson Polga (19 jogos)

Anderson Polga
O primeiro campeão do mundo a atuar em Portugal. Natural de Santiago, Rio Grande do Sul, despontou no Grêmio, clube pelo qual venceu dois campeonatos gaúchos e uma Copa do Brasil e que o catapultou para a seleção brasileira, tendo participado na campanha vitoriosa do escrete de Luiz Felipe Scolari no Mundial 2002.
Um ano depois mudou-se para o Sporting, tendo conquistado rapidamente o estatuto de titular, que acabou por manter durante praticamente todas as nove temporadas que passou em Alvalade, embora nunca tivesse voltado a ser chamado para a canarinha.
Tal como o compatriota Liedson, teve de esperar três anos para se estrear na Liga dos Campeões, tendo somado os primeiros (seis) jogos em 2006-07, numa campanha em que os leões não foram além de um quarto lugar num grupo onde também estavam inseridos Bayern Munique, Inter de Milão e Spartak Moscovo.
Na temporada seguinte atuou em cinco partidas (todas na condição de titular) e, marcou dois golos, ambos ao Dínamo Kiev, em jogos distintos. Para se ter a noção, foram os únicos remates certeiros de Polga durante os primeiros seis anos em Portugal.
Por fim, em 2008-09 foi titular nos oito encontros dos verde e brancos, que chegaram aos oitavos de final, e marcou um golo na própria baliza num jogo em Munique frente ao Bayern.
O central brasileiro fez parte ativa da equipa que em 2004-05 chegou à final da Taça UEFA, embora não tivesse atuado no jogo decisivo, e conquistou duas Taças de Portugal (2006-07 e 2007-08) e duas Supertaças (2007 e 2008) pelo emblema de Alvalade. Ficou a faltar o campeonato.
 
 
 

2. João Moutinho (20 jogos)

João Moutinho
Outro produto da formação do Sporting, que transitou para a equipa principal em 2004-05, época que ficou marcada pela caminhada até à final da Taça UEFA.
Duas temporadas depois, fez a estreia na Liga dos Campeões, tendo sido titular nos 20 encontros que os leões disputaram na prova milionária entre 2006-07 e 2008-09. Nessas duas dezenas de jogos, marcou dois golos, um numa receção ao Dínamo Kiev em dezembro de 2007 e outro em Munique frente ao Bayern em março de 2009.
Paralelamente, tornou-se capitão de equipa e conquistou duas Taças de Portugal (2006-07 e 2007-08) e outras tantas Supertaças (2007 e 2008).
 
 
 

1. Rui Patrício (26 jogos)

Rui Patrício
Descoberto pelo antigo guarda-redes leonino Joaquim Carvalho (1958 a 1970) e apontado desde tenra idade como sucessor de Vítor Damas, foi formado no Sporting e estreou-se pela equipa principal ainda com idade de júnior, aos 18 anos, defendendo uma grande penalidade logo no primeiro jogo, numa visita ao Marítimo, em novembro de 2006.
Cerca de um ano depois roubou a titularidade ao sérvio Stojkovic e não mais a largou. Em 2007-08 disputou dois jogos e sofreu outros tantos golos na Liga dos Campeões, tendo feito a estreia na prova milionária em pleno Old Trafford, numa derrota ante o Manchester United (1-2).
Na temporada seguinte somou mais seis encontros na Champions e ajudou os leões a chegar aos oitavos de final, mas encaixou 15 golos.
Mais maduro, Rui Patrício voltou à Liga dos Campeões em 2014-15, numa campanha em que marcou presença em todos as partidas na fase de grupos e sofreu 12 golos. Ficou na memória uma grande exibição numa receção ao Chelsea (0-1), que lhe mereceu um cumprimento especial por parte do treinador adversário, José Mourinho, logo após o apito final. “Não vejo o Sporting jogar todas as semanas, mas o Rui Patrício joga cá há muito e não me lembro de uma exibição tão decisiva como hoje. O que faltou foi ficar 0-0... foi uma exibição fantástica", afirmou o special one. “Rui Patrício fez o jogo da vida dele. Foi o melhor em campo”, reforçou o avançado Diego Costa.
Em 2016-17 e 2017-18 voltou a marcar presença em todos os jogos da fase de grupos, tendo amealhado um total de 12 partidas e 17 golos sofridos nessas participações.
Paralelamente, conquistou duas Taças de Portugal (2007-08 e 2014-15), duas Supertaças (2008 e 2015) e uma Taça da Liga (2017-18), tendo ainda participado na caminhada até às meias-finais da Liga Europa em 2011-12, tendo ainda ajudado Portugal a sagrar-se campeão europeu em 2016, num torneio em que foi eleito melhor guarda-redes.
 








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