Uruguai e Paraguai disputaram final da Copa América em 2011 |
A minha primeira memória de um
jogo entre Uruguai e Paraguai é de uma final. Da final da Copa América 2011.
Nessa edição, la celeste e la albirroja contrariam o favoritismo de
Brasil e Argentina, finalistas nas duas edições anteriores (2004 e 2007).
No torneio sul-americano, que se
realizou na Argentina, o Uruguai de Óscar Tabárez foi mesmo o responsável pela
eliminação da equipa anfitriã, nos quartos de final, tendo depois afastado o
Peru nas meias-finais. Já o Paraguai chegava à final após… cinco empates: Equador
(0-0), Brasil (2-2) e Venezuela (3-3) na fase de grupos, Brasil (0-0, mas 2-0
no desempate por penáltis) nos quartos de final e Venezuela (0-0, mas 5-3 no
desempate por grandes penalidades) nas meias-finais.
Ambas as seleções atravessavam um
bom momento. O Uruguai tinha sido quarto classificado no Campeonato do Mundo do
ano anterior e tinha uma temível dupla de ataque, composta por Diego Forlán e
Luis Suárez. O lote de convocados da seleção celeste contava ainda com jogadores a atuar a um nível elevado na
Europa, como o guarda-redes Fernando Muslera (Lazio), os centrais Diego Lugano (Fenerbahçe)
e Diego Godín (Atlético
Madrid), os laterais Martín Cáceres (Sevilha), Maxi Pereira (Benfica)
e Álvaro Pereira (FC
Porto), os médios Walter Gargano (Nápoles), Nicólas Lodeiro (Ajax),
Álvaro González (Lazio) e Cristián Rodríguez (FC
Porto) e o ponta de lança Edinson Cavani (Nápoles).
Mais modesta era o leque de
opções do Paraguai, que na marcava presença assiduamente em Campeonatos do
Mundo, uma vez que tinha participado nas edições de 1998, 2002, 2006 e 2010.
Roque Santa Cruz (Blackburn) e Lucas Barrios (Borussia
Dortmund) eram, talvez, os nomes mais sonantes da seleção de Tata Martino,
que não convocou o benfiquista
Óscar Cardozo.
Embora eu tivesse memória do
jogo, confesso que não assisti à transmissão e que, quando iniciei a preparação
deste trabalho, já nem me lembrava do resultado exato, ainda que me lembrasse
bem que tinha sido o Uruguai a conquistar o título.
E o Uruguai ganhou por claros
3-0, com golos das suas principais figuras. Luis Suárez inaugurou o marcador
aos 12 minutos, após bom trabalho na área paraguaia. À beira do intervalo,
Diego Forlán fez o segundo golo para o Uruguai a passe de Arévalo Rios (42’). E
ao cair do pano da segunda parte, Forlán fechou a contagem após uma boa
combinação entre os três homens-golo da seleção celeste: Cavani, Suárez e o
próprio Forlán.
“Foi a equipa mais portuguesa da
Copa América a arrecadar o troféu: Álvaro e Maxi Pereira foram titulares,
Cristian Rodríguez não jogou ontem, mas também entra na galeria de medalhados
do Uruguai, que bateu com (esperada) facilidade o Paraguai na final, por 3-0. O
Uruguai torna-se assim a primeira seleção na história do futebol mundial a
vencer 20 troféus oficiais. As individualidades uruguaias foram as principais
responsáveis pela confirmação de um favoritismo que, à partida, ninguém de bom
senso (excetuando os paraguaios) punha em causa. Sobretudo Luís Suárez, a
confirmar que é um dos melhores avançados da atualidade, e Diego Forlán, que comprovou
as indicações dadas no Mundial 2010, ou seja, que joga bem melhor na seleção do
que no Atlético
Madrid. Depois, a tática desenhada por Oscar Tabárez fez o resto: um 4x4x2
clássico que, dadas as características de Maxi Pereira e Álvaro Pereira, é um
híbrido que muitas vezes se transforma num 3x5x2. Daí a importância da dupla
portuguesa neste Uruguai de sucesso, um pequeno país de 3,5 milhões de
habitantes que em 2010 tinha sido quarto classificado no Campeonato do Mundo”,
resumiu o jornal O Jogo.
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