quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

A minha primeira memória de… um jogo entre Uruguai e Paraguai

Uruguai e Paraguai disputaram final da Copa América em 2011
A minha primeira memória de um jogo entre Uruguai e Paraguai é de uma final. Da final da Copa América 2011. Nessa edição, la celeste e la albirroja contrariam o favoritismo de Brasil e Argentina, finalistas nas duas edições anteriores (2004 e 2007).
 
No torneio sul-americano, que se realizou na Argentina, o Uruguai de Óscar Tabárez foi mesmo o responsável pela eliminação da equipa anfitriã, nos quartos de final, tendo depois afastado o Peru nas meias-finais. Já o Paraguai chegava à final após… cinco empates: Equador (0-0), Brasil (2-2) e Venezuela (3-3) na fase de grupos, Brasil (0-0, mas 2-0 no desempate por penáltis) nos quartos de final e Venezuela (0-0, mas 5-3 no desempate por grandes penalidades) nas meias-finais.
 
Ambas as seleções atravessavam um bom momento. O Uruguai tinha sido quarto classificado no Campeonato do Mundo do ano anterior e tinha uma temível dupla de ataque, composta por Diego Forlán e Luis Suárez. O lote de convocados da seleção celeste contava ainda com jogadores a atuar a um nível elevado na Europa, como o guarda-redes Fernando Muslera (Lazio), os centrais Diego Lugano (Fenerbahçe) e Diego Godín (Atlético Madrid), os laterais Martín Cáceres (Sevilha), Maxi Pereira (Benfica) e Álvaro Pereira (FC Porto), os médios Walter Gargano (Nápoles), Nicólas Lodeiro (Ajax), Álvaro González (Lazio) e Cristián Rodríguez (FC Porto) e o ponta de lança Edinson Cavani (Nápoles).
 
Mais modesta era o leque de opções do Paraguai, que na marcava presença assiduamente em Campeonatos do Mundo, uma vez que tinha participado nas edições de 1998, 2002, 2006 e 2010. Roque Santa Cruz (Blackburn) e Lucas Barrios (Borussia Dortmund) eram, talvez, os nomes mais sonantes da seleção de Tata Martino, que não convocou o benfiquista Óscar Cardozo.
 
Embora eu tivesse memória do jogo, confesso que não assisti à transmissão e que, quando iniciei a preparação deste trabalho, já nem me lembrava do resultado exato, ainda que me lembrasse bem que tinha sido o Uruguai a conquistar o título.
 
E o Uruguai ganhou por claros 3-0, com golos das suas principais figuras. Luis Suárez inaugurou o marcador aos 12 minutos, após bom trabalho na área paraguaia. À beira do intervalo, Diego Forlán fez o segundo golo para o Uruguai a passe de Arévalo Rios (42’). E ao cair do pano da segunda parte, Forlán fechou a contagem após uma boa combinação entre os três homens-golo da seleção celeste: Cavani, Suárez e o próprio Forlán.
 
“Foi a equipa mais portuguesa da Copa América a arrecadar o troféu: Álvaro e Maxi Pereira foram titulares, Cristian Rodríguez não jogou ontem, mas também entra na galeria de medalhados do Uruguai, que bateu com (esperada) facilidade o Paraguai na final, por 3-0. O Uruguai torna-se assim a primeira seleção na história do futebol mundial a vencer 20 troféus oficiais. As individualidades uruguaias foram as principais responsáveis pela confirmação de um favoritismo que, à partida, ninguém de bom senso (excetuando os paraguaios) punha em causa. Sobretudo Luís Suárez, a confirmar que é um dos melhores avançados da atualidade, e Diego Forlán, que comprovou as indicações dadas no Mundial 2010, ou seja, que joga bem melhor na seleção do que no Atlético Madrid. Depois, a tática desenhada por Oscar Tabárez fez o resto: um 4x4x2 clássico que, dadas as características de Maxi Pereira e Álvaro Pereira, é um híbrido que muitas vezes se transforma num 3x5x2. Daí a importância da dupla portuguesa neste Uruguai de sucesso, um pequeno país de 3,5 milhões de habitantes que em 2010 tinha sido quarto classificado no Campeonato do Mundo”, resumiu o jornal O Jogo.
 










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