Walter Sá vai conquistando o seu espaço no Alcochetense |
WALTER SÁ - Graças a Deus está a correr bem este início de época. A minha adaptação à equipa foi mais rápida do que aquilo que eu esperava e os meus colegas mais experientes e não só também me têm ajudado muito e isso tem feito com que as coisas corram bem.
Ainda estão 39 pontos em disputa e até ao final acredito que muitas equipas vão perder pontos ainda. É uma distância difícil de recuperar, sim, mas até ao final ainda muita coisa vai acontecer.
É um treinador muito exigente, puxa sempre muito por nós e isso é bom, pois obriga-nos sempre a chegar ao limite e isso ajuda-nos muito. Desde que cheguei ao clube que me tem ajudado muito e, até agora, só tenho que lhe agradecer pela oportunidade.
Cada um tem os seus pontos mais fortes e pontos mais fracos, mas, em termos gerais, é uma equipa muito boa, com jogadores de muita qualidade, pelo que seria injusto falar apenas de um ou de outro.
Para ser sincero, estou muito surpreendido. Não é nada do que eu pensava antes de assinar pelo clube. É um clube muito organizado e que nos oferece as melhores condições possíveis.
Tem sido complicado estar sempre a parar, principalmente para nós que não conseguimos ganhar nenhum dos dois jogos realizados, porque queremos conhecer o sabor da vitória, vitória essa que já mereceríamos.
“Sou muito rápido e muito forte no um contra um”
O Walter joga a extremo. Como se define enquanto jogador?
Posso dizer que sou um jogador
muito rápido e muito forte no um contra um.A minha infância esteve sempre ligada ao futebol. Tudo o que eu fiz e faço tem ligação ao futebol, sempre gostei muito de futebol. Nasci e cresci em Luanda.
Comecei a jogar futebol em Angola, no Petro de Luanda.
Vim para Portugal com 14 anos.
Recordações de uma vitória ao Benfica no Seixal e do título nacional da II Divisão
Walter Sá nos tempos do Gil Vicente |
Em Portugal começou a jogar nos juvenis do Estoril
em 2016-17. Que memórias tem dessa época na equipa
estorilista?
Foi uma época muito boa, fiz
vários jogos. Uma das melhores memórias foi quando fomos jogar contra o Benfica
ao Seixal e se ganhássemos conseguíamos o apuramento para a próxima fase, mas
se não ganhássemos não nos apurávamos. Muita gente não acreditava em nós porque
era um jogo contra o Benfica
e na casa do Benfica,
mas acabámos por ganhar por 2-1 e passámos à fase seguinte.No Gil Vicente as coisas não correram bem e acabei por sair para o Famalicão, onde as coisas correram muito bem e acabámos por nos sagrar campeões nacionais da II Divisão.
Sim, passei por vários clubes num tão curto espaço de tempo. Saí do Estoril para o norte porque na altura comecei a trabalhar com uma empresa que me levou para o Gil Vicente e no Gil Vicente as coisas não correram muito bem e acabei por sair para o Famalicão. No Famalicão fiz uma época em que fui campeão, mas depois acabei por não ficar no clube por questões pessoais e na altura quando saí para o Leixões, mas não era algo que eu queria muito e acabei por ir só pelo facto mesmo de ser um clube da I Divisão. Saí do Leixões para o Lourosa porque deixei de ser opção do treinador da equipa A de juniores e mandaram-me para a equipa B, o que não me agradou muito.
Seleção angolana sub-20 tem-no debaixo de olho
Walter Sá com a taça de campeão nacional da II Divisão |
Tem acompanhado o futebol
angolano? Que opinião tem e quais são os atletas angolanos
que mais admira?
Sim, continuo a acompanhar o futebol
angolano, mais concretamente o Petro
de Luanda, que é o meu clube do meu coração, o clube onde tudo começou.Sim, claro que gostaria de representar o meu país e sim, em dezembro do ano passado fui contactado por membros da Federação e cheguei a falar diretamente com o treinador da seleção sub-20.
Sabemos que gosta de utilizar a alcunha W7…
“W7” porque W é a inicial do meu nome e o número 7 porque quando era mais novo o meu ídolo era o CR7. Então comecei a usar também o número 7 e também porque o meu mês de aniversário é o 7... e 7 é o meu número da sorte então acabou por ficar “W7”.
“W7” porque W é a inicial do meu nome e o número 7 porque quando era mais novo o meu ídolo era o CR7. Então comecei a usar também o número 7 e também porque o meu mês de aniversário é o 7... e 7 é o meu número da sorte então acabou por ficar “W7”.
Sim, num jogo no Lourosa os adeptos da equipa adversária começaram a chamar-me de preto, macaco e nomes do gênero, mas eu não dei ouvidos nem me afetou porque tenho muito orgulho de ser o que sou. Em relação ao racismo, acho que é algo que se até agora ainda não acabou, nunca mais irá acabar. Não é sobre os negros contra os brancos, é sobre todos contra os racistas.
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