Dez futebolistas que fizeram história pelo Benfica na Liga Europa |
Estreantes em 1978-79, as águias atingiram a final em três ocasiões: em 1982-83, sendo derrotadas a duas mãos pelos belgas do Anderlecht; em 2012-13, perdendo em Amesterdão para o Chelsea; e em 2013-14, com derrota no desempate por grandes penalidades ante o Sevilha em Turim.
O emblema encarnado
chegou ainda às meias-finais em 2010-11 e aos quartos em 1992-93, 2006-07,
2009-10 e 2018-19.
No total, 243 futebolistas
representaram o Benfica
na Taça
UEFA/Liga
Europa. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.
10. Veloso (21 jogos)
António Veloso |
Conhecido pela polivalência e
pelo espírito combativo, fez a estreia na Taça
UEFA numa temporada que ficou marcada pela primeira presença do Benfica
na final da competição,
tendo atuado em sete jogos (todos a titular), incluindo o da segunda-mão da
final, na Luz.
Seguiram-se mais três
participações na prova,
todas já depois de ter atingido pela primeira vez a final da Taça
dos Campeões Europeus em 1988, tendo falhado o penálti decisivo na derrota
por grandes penalidades ante o PSV no jogo decisivo.
Em 1992-93, na despedida da prova,
contribuiu para a caminhada até aos quartos de final.
Após pendurar as botas em 1995 experimentou a carreira de treinador. Em 2000-01 foi adjunto de Toni no plantel principal do Benfica e na época seguinte dirigiu a equipa B, não evitando a despromoção à III Divisão.
9. Salvio (22 jogos)
Toto Salvio |
Embora os encarnados
tivessem iniciado essa temporada na Liga
dos Campeões, foram repescados para a Liga
Europa após terminarem a fase de grupos da Champions
atrás de Schalke 04 e Lyon, tendo atingido as meias-finais com a ajuda de
Salvio, que apontou três golos em seis jogos. Um dos seus remates certeiros
contribuiu para uma vitória no terreno do Estugarda nos oitavos de final,
naquele que foi o primeiro triunfo de sempre das águias
na Alemanha – os outros dois foram ao PSV numa goleada por 4-1 na Luz.
Na temporada seguinte voltou ao Vicente
Calderón, mas as águias
não o perderam de vista, fazendo-o regressar em 2012-13, desta vez a título
definitivo. Nessa época também começou na Liga
dos Campeões, mas acabou por ser repescado para a Liga
Europa, tendo
marcado um golo ao Newcastle em oito partidas (cinco a titular), entre as
quais a final
perdida para o Chelsea.
Em 2013-14, mais do mesmo: após
eliminação na Champions,
o Benfica
seguiu para a Liga
Europa e atingiu a final. Salvio, que até se tinha lesionado no início da
época, aproveitou os jogos europeus para adquirir ritmo competitivo, tendo
apontado um golo ao AZ
Alkmaar em seis partidas (quatro a titular) na caminhada até à final.
Já sem a influência de outrora na equipa, voltou a disputar a Liga Europa em 2018-19, participando em dois jogos e apontado um golo ao Galatasaray numa participação que terminou nos quartos de final.
8. Gaitán (22 jogos)
Nico Gaitán |
Médio ofensivo/extremo contratado
ao Boca Juniors no verão de 2010 e rotulado de internacional argentino, foi
incumbido da difícil missão de fazer esquecer Di María, que tinha acabado de
partir para o Real Madrid.
Com um percurso muito idêntico ao
de Salvio, até porque coincidiram na Luz
em cinco temporadas, estreou-se na Liga
Europa em 2010-11, marcando um golo ao Paris Saint-Germain em oito jogos na
caminhada até às meias-finais.
Em 2012-13 e 2013-14 voltou a
estar em evidência, em duas campanhas que culminaram em chegadas às finais. Na
primeira época participou em nove jogos (oito a titular) e marcou um golo ao
Fenerbahçe, tendo atuado os 90 minutos na final
frente ao Chelsea. “O
jogo contra o Chelsea marcou-nos muito. A equipa fez um jogo muito bom, mas
perdemos a final no último minuto e doeu-nos muito”, recordou Gaitán.
Na temporada seguinte esteve em cinco encontros (quatro a titular) e também apontou um golo, ao PAOK, voltando a participar na final, desta vez perdida para o Sevilha no desempate por grandes penalidades.
7. Petit (22 jogos)
Petit |
Médio defensivo internacional
português nascido em Estrasburgo e que se notabilizou ao serviço do Boavista,
chegou ao Benfica
em 2002, numa época em que as águias
não participaram nas competições europeias pelo segundo ano consecutivo.
Porém, foi a tempo de disputar a Liga
Europa por quatro vezes com a camisola encarnada.
Em 2003-04 esteve na caminhada até aos oitavos de final, façanha que repetiu na
temporada de despedida da Luz,
em 2007-08.
Pelo meio, não foi além dos 16
avos de final em 2004-05 e atingiu os quartos de final em 2006-07, numa
campanha em que até marcou um magnífico golo ao Paris Saint-Germain, depois de
o Benfica
ter caído na fase de grupos da Liga
dos Campeões.
Por falar em Champions, em 2005-06 ajudou a formação benfiquista a chegar aos quartos de final da prova milionária.
6. Simão (22 jogos)
Simão Sabrosa |
Já depois de ter participado na Taça
UEFA com as camisolas de Sporting
e Barcelona,
regressou a Portugal em 2001 para representar o Benfica
e esteve em três presenças das águias
na competição.
Em 2003-04 e 2004-05 foi uma das
figuras da equipa que conseguiu manter-se na prova
após a passagem de ano, tendo apontado um golo em oito jogos na primeira época
e quatro em oito na segunda.
Em 2005-06 ajudou os encarnados
a atingir os quartos de final da Liga
dos Campeões e iniciou a temporada seguinte na Champions,
mas o Benfica
acabou por ser repescado para a Taça
UEFA e chegou aos quartos de final da prova
com o precioso contributo de Simão, que faturou por quatro vezes em seis
partidas.
Depois voltou a emigrar para Espanha, desta vez para o Atlético Madrid.
5. Carlos Martins (24 jogos)
Carlos Martins |
Pelas águias
jogou pela primeira vez na competição
em 2008-09, na última época com a antiga designação, não tendo ido além da fase
de grupos.
Na temporada seguinte foi um
elemento importante na caminhada da equipa até aos quartos de final da já então
renomeada Liga
Europa, tendo participado em oito jogos (cinco a titular).
Em 2010-11 começou na Liga
dos Campeões, mas os encarnados
foram repescados para a segunda
prova europeia e acabaram por chegar às meias-finais, com Carlos Martins a
disputar sete encontros (três a titular).
Na época que se seguiu foi cedido
aos espanhóis do Granada, mas regressou à Luz
em 2012-13 para ajudar o Benfica
a atingir novamente a final da Liga
Europa, participando em quatro partidas (duas a titular).
O médio internacional português
continuou no clube por mais um ano, mas depois rumou ao Belenenses,
onde encerrou a carreira.
4. Nuno Gomes (35 jogos)
Nuno Gomes |
Em 2000 transferiu-se para a
Fiorentina, mas no verão de 2002 regressou à Luz.
Nessa segunda aventura no clube, até 2011, atuou num total de 29 encontros e
apontou 11 golos, ajudando os encarnados
a chegar aos quartos de final em 2006-07 e 2009-10.
De 2006-07 fica a lamentação de
não ter chegado mais longe, após a eliminação às mãos do Espanyol. “Há um golo
que falho em Barcelona, com o Espanyol. Está 3-2 para eles e tenho o 3-3 nos
pés. Se marcasse, íamos para a meia-final da Taça
UEFA. É uma jogada do Rui Costa, ele cruza e a bola está quase lá dentro.
Em vez de empurrar com o pé, vou de carrinho. Como é que te explico? Faço o
carrinho e não calculo bem a velocidade da bola. Eu atiro-me, a bola bate-me
nas pernas e eu fico ali sem saber como empurrar a bola para a baliza”,
recordou ao Observador.
Ainda assim, a melhor campanha em
termos de golos foi a de 2003-04, quando somou cinco remates certeiros em
outros tantos jogos, ajudando os benfiquistas
a chegar aos oitavos de final.
Depois mudou-se para o Sp. Braga.
3. Maxi Pereira (35 jogos)
Maxi Pereira |
Proveniente do Defensor Sporting
no verão de 2007, Maxi Pereira era na altura um médio que atuava
preferencialmente pelo corredor direito. Na primeira época começa na Liga
dos Campeões e marca inclusivamente um golo ao AC
Milan, mas o Benfica
acaba repescado para a Taça
UEFA, prova
na qual o uruguaio haveria de cumprir os seus dois primeiros jogos.
Na temporada seguinte foi
adaptado com sucesso à lateral direita por Quique Flores, mas em termos
europeus não passou a fase de grupos da Taça
UEFA.
Depois a competição
ganhou a designação de Liga
Europa e a partir daí foi sempre a subir. Em 2009-10 ajudou as águias
a chegar aos quartos de final com dois golos ao Marselha nos oitavos e na época
que se seguiu contribuiu para a caminhada até às meias-finais com um golo ao
Paris Saint-Germain nos oitavos.
Em 2011-12 o Benfica chegou até aos quartos de final da Liga dos Campeões, mas nas duas temporadas que se seguiram atingiu a final da Liga Europa. Em Amesterdão não foi utilizado na derrota ante o Chelsea, mas em Turim atuou os 120 minutos do jogo que culminou no triunfo do Sevilha no desempate por penáltis.
2. Cardozo (42 jogos)
Óscar Cardozo |
O primeiro remate certeiro
aconteceu na primeira época que disputou a competição,
em 2007-08, tendo marcado na Alemanha um dos golos que contribuíram para que as
águias
empatassem no terreno do Nuremberga (2-2) e carimbassem o apuramento para os
oitavos de final, onde haveriam de cair aos pés dos espanhóis do Getafe.
Na temporada seguinte ficou em
branco, numa participação em que os encarnados
não foram além da fase de grupos, mas redimiu-se em 2009-10 ao sagrar-se num
dos melhores marcadores da então recém-criada Liga
Europa, ao apontar nove golos – os mesmos do peruano Claudio Pizarro
(Werder Bremen) -, ajudando o Benfica
a chegar aos quartos de final.
Na época que se seguiu começou na
Liga
dos Campeões, mas as águias
foram repescadas para a segunda
prova europeia e o internacional paraguaio correspondeu com quatro golos na
caminhada até às meias-finais.
Em 2011-12 ajudou os encarnados
a atingirem os quartos de final da Champions,
mas nas temporadas que se seguiram brilhou na Liga
Europa, tendo apontado sete golos em 2012-13, incluindo um na final
frente ao Chelsea. Em 2013-14 voltou a chegar à final, mas sem faturar ao
longo do percurso até ao jogo decisivo, que teve lugar em Turim.
“Superei as minhas expectativas,
marquei muitos golos e conquistei vários troféus. Só tenho pena de não ter
ganho a Liga
Europa, mas fomos duas vezes à final, algo que muitos outros gostariam de
conseguir”, assumiu, em declarações à BTV.
Depois transferiu-se para os turcos do Trabzonspor.
1. Luisão (56 jogos)
Luisão |
Nas duas primeiras épocas
competiu na Taça
UEFA e ajudou a equipa benfiquista
a manter-se em prova
para lá de dezembro, ainda que sem conseguir atingir as fases mais adiantadas
do torneio.
Depois de ter estado na caminhada
até aos quartos de final da Liga
dos Campeões em 2005-06, na temporada que se seguiu chegou até à mesma
fase, mas da Taça
UEFA, tendo participado em três jogos dessa caminhada que começou após a
eliminação na fase de grupos da Champions.
Em 2007-08 chegou aos oitavos de
final da Taça
UEFA após nova repescagem da Liga
dos Campeões e na época que se seguiu não passou da fase de grupos da competição.
Depois começou a era Jorge Jesus
e o Benfica
subiu de nível, tendo atingido os quartos de final em 2009-10, as meias-finais
em 2010-11 e a final em 2012-13 e 2013-14, sempre com Luisão como um dos
pilares da equipa.
Em março de 2014 viveu uma noite
memorável ao bisar numa vitória sobre o Tottenham em White Hart Lane. E um mês
antes completou um total de 100 jogos nas competições europeias. “Sinto-me
muito feliz por fazer 100 jogos nas provas europeias. É uma marca muito grande
num só clube. Fico feliz por jogar todos os jogos pelo Benfica
como se fossem o primeiro, mas claro que esta marca me deixa muito contente”,
afirmou na altura.
No final de 2018 pendurou as botas e passou a integrar a estrutura do clube.
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