sexta-feira, 10 de maio de 2019

A minha primeira memória de... um jogo entre FC Porto e Nacional

Paulo Ferreira e Paulo Assunção em disputa de bola
Ainda me lembro muito vagamente de o FC Porto ter goleado o Nacional nas Antas na primeira volta do campeonato de 2002/03, mas a verdadeira primeira memória de um jogo entre as duas equipas foi o da segunda metade dessa edição da I Liga, com os dragões a arrancarem uma vitória a ferros na Choupana.

Nessa segunda-feira de 24 de março de 2002, os homens de José Mourinho vinham de uma reviravolta na eliminatória com o Panathinaikos, nos quartos de final da Taça UEFA, prova que haveriam de vencer. Depois de perderem por 0-1 na Invicta, os azuis e brancos foram a Atenas vencer por 2-0 após prolongamento, com dois golos de Derlei.


Após esses 120 minutos desgastantes no Estádio Apostolos Nikolaidis, o treinador portista deixou alguns habituais titulares fora do onze que começou a partida na Madeira. Mas dois deles, Deco e Derlei – e ainda Marco Ferreira -, acabaram por ser lançados logo após o intervalo, numa altura em que o Nacional vencia por 1-0, com golo do avançado brasileiro Adriano, que três anos depois haveria de representar o FC Porto. O lateral esquerdo Rossato, o médio defensivo Paulo Assunção e o treinador José Peseiro foram os outros nacionalistas nessa partida que haveriam de rumar ao Dragão alguns anos mais tarde.


Já na reta final do encontro, Derlei, isolado pela esquerda a passe de Maniche, fez o empate, aos 77 minutos. E a um dos 90', Ricardo Carvalho apareceu ao segundo poste para desviar de cabeça para o fundo das redes na resposta de um canto de Deco a partir da esquerda.

Na Choupana, o FC Porto somou três pontos que lhe permitiram segurar os 13 de vantagem sobre o Benfica – e 20 sobre o Sporting - e ficar a quatro vitórias do título, com oito jornadas por disputar.


"Banco resolveu cheque careca. Parecia que a segunda derrota da época, para o FC Porto, voltaria a ser na Madeira, mas Mourinho corrigiu um onze inicial de poupanças com três alterações - Deco, Derlei e Marco Ferreira - que viraram o jogo e o resultado de pernas para o ar. Um golo no último minuto evitou a perda de pontos", resumiu o jornal O Jogo na edição do dia seguinte.

"O nevoeiro não fez a sua aparição, ao contrário do costume no estádio do Nacional, mas pairou a maldição de que os portistas não iriam conseguir esta época somar qualquer ponto no confronto com as equipas da Madeira. Foi mesmo sobre o cair do pano que os jogadores de Mourinho deram a volta ao resultado, mas se não o tivessem conseguido teriam que fazer um grande mea culpa pela primeira parte fraquinha que efectuaram. O banco foi generoso e resolveu pagar o cheque careca da primeira parte", podia ler-se no primeiro parágrafo da crónica.






















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