quarta-feira, 17 de abril de 2019

A minha primeira memória de... um jogo entre Benfica e equipas alemãs

Manuel Fernandes e Philipp Lahm em novembro de 2004
Já não tenho a certeza se assisti ao jogo através da televisão, mas tenho memória de ter acontecido e do resultado. Numa época em que a então Taça UEFA estreou uma fase de grupos em que as 40 equipas eram distribuídas por oito grupos (de cinco) e defrontavam dois adversários em casa e dois fora, o Benfica teve de se deslocar ao terreno do Estugarda, na altura uma das mais poderosas equipas alemãs e cliente habitual das provas europeias.


Os germânicos, orientados pelo antigo defesa Matthias Sammer, tinham nas suas fileiras o português Fernando Meira, que falhou esse encontro de 4 de novembro de 2004 devido a lesão, e vários habituais convocados da seleção alemã. O guarda-redes Hildebrand, os laterais Hinkel e Lahm e o avançado Kurányi, por exemplo, tinham estado poucos meses antes em Portugal para disputar o Campeonato da Europa. E ainda havia os croatas Soldo, Vranjes e Zivkovic, o bielorrusso Hleb, o húngaro Szabics, o austríaco Stranzl e o brasileiro Cacau.

O Benfica, por seu turno, era comandado por Giovanni Trapattoni e procurava reafirmar-se no panorama nacional e internacional, com Simão e Nuno Gomes como dois dos principais elementos. As águias, que até então nunca tinham vencido na Alemanha, lideravam a I Liga a par do Vitória de Setúbal.

No que concerne ao jogo em si, o Estugarda foi claramente melhor e venceu por 3-0, com golos de Cacau (31'), Meissner (52') e Kurányi (72'), assumindo a liderança isolada de um grupo que também contava com os holandeses do Heerenveen, os croatas do Dínamo Zagreb e os belgas do Beveren.


“O Benfica regressou a Lisboa vergado com uma pesada derrota em Estugarda”, pode ler-se na crónica do Maisfutebol. “O Benfica perdeu de forma inapelável um jogo importante, na medida em que estava em questão a avaliação daquilo que é legítimo esperar desta equipa que, apesar de já ter algum tempo de maturação, ainda se encontra em formação, como não se cansa de repetir o técnico Giovanni Trapattoni”, escreveu o Record, que falou em “águias muito ingénuas”: “Por que razão perdeu o Benfica? Exatamente por ter acusado os defeitos que o treinador apontara na véspera: ingenuidade e pouca cabeça. Neste caso, o segundo defeito foi mesmo literal. Os encarnados falharam redondamente no jogo aéreo e isso foi fatal, perante uma equipa que dispõe de um ponta-de-lança poderoso (Kurányi) e tem a movimentação dos médios para aproveitarem os espaços criados por ele bastante rotinada.”

As ausências dos internacionais portugueses Miguel e Petit, que foram rendidos por Amoreirinha e Paulo Almeida no onze, foram identificadas como uma das causas para o pesado desaire. Nessa partida, também Moreira, Luisão, Manuel dos Santos, Ricardo Rocha (Argel, 44 minutos), João Pereira (Karadas, 54), Geovanni, Simão, Manuel Fernandes e Nuno Gomes (Bruno Aguiar, 63) foram utilizados por Trapattoni.





















1 comentário:

  1. Um blog interessante do nosso amigo Benfiquista , um amor que não se explica sente-se . continua assim . https://meuslb1904.blogspot.com/

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