sábado, 9 de novembro de 2013

Taça de Portugal | Benfica 4-3 Sporting

zerozero.pt
Esta noite, no Estádio da Luz, em Lisboa, o Benfica venceu o Sporting por 4-3, após prolongamento, na quarta eliminatória da Taça de Portugal. Cardozo (3) e Luisão marcaram para os encarnados, e Diego Capel, Maurício e Slimani para os leões.


Eis a constituição das equipas:


Benfica


Os encarnados ocupam o 2º lugar da Liga ZON Sagres, com os mesmos 20 pontos que o Sporting, que é 3º. A meio da semana, foram derrotados na Grécia pelo Olympiacos (0-1), em jogo da Liga dos Campeões.
O Benfica já levantou por 24 vezes a Taça de Portugal. A última ocasião foi em 2003/04. Na terceira eliminatória, venceram em Cinfães (1-0).
Cardozo estava em dúvida, mas acabou por ficar apto. Salvio está lesionado, e Maxi Pereira ao serviço da seleção do Uruguai.
                                                                                                                                                                   

Sporting


O Sporting tem no seu palmarés quinze Taças de Portugal, a última das quais em 2007/08. Na ronda anterior, golearam o Alba (8-1).
A última vitória no Estádio da Luz foi em Janeiro de 2006 e o derradeiro empate em Setembro de 2007. A partir daí, os leões somaram sempre derrotas.
Welder e Gerson Magrão ficam de fora da convocatória, assim como Rúben Semedo, recentemente despromovido à equipa B.


Cronómetro:

12’ Cardozo, de livre direto, inaugurou o marcador.


Início de jogo muito intenso.

15’ Cardozo obrigou Rui Patrício a uma grande intervenção.

Diego Capel e Wilson Eduardo já trocaram de flanco entre si.

Meio-campo do Benfica mais pressionante. Jogadores encarnados estavam mais juntos que os leoninos.

37’ Na sequência de um grande cruzamento de Wilson Eduardo, Capel encostou ao segundo poste para o fundo das redes.


42’ Enzo Pérez desmarcou Gaitán pela esquerda, e o argentino cruzou para o segundo poste, onde Cardozo cabeceou para o 2-1.


44’ Na sequência de uma perda de bola de William Carvalho, Gaitán abriu na esquerda para Rúben Amorim e à entrada da área Cardozo rematou certeiro.


Intervalo.

60’ Wilson Eduardo foi substituído por Carrillo.

62’ Adrien atirou para grande defesa de Artur.

62’ Na resposta de um canto cobrado por André Martins, Maurício antecipou-se a Luisão e de cabeça reduziu a desvantagem.


69’ Leonardo Jardim trocou André Martins por Slimani.

70’ Saiu Rúben Amorim, lesionado, entrou Ivan Cavaleiro.

81’ Carlos Mané rendeu Capel.

83’ Markovic cabeceou à trave.

83’ Na sequência de um cruzamento de Gaitán, Cardozo dominou no peito e viu Rui Patrício negar-lhe o golo.

85’ Carlos Mané isolou Slimani, que acertou no poste.

90’ André Gomes substituiu Lazar Markovic.

90+2’ Na resposta a um livre lateral cobrado por Adrien, Slimani cabeceou para o 3-3.


Fim do tempo regulamentar.

Inicio do prolongamento.

96’ Enzo Pérez foi rendido por Lima.

97’ Na sequência de um lançamento lateral, Luisão, já em queda, conseguiu cabecear a bola, e fê-la passar por entre as pernas de Rui Patrício e entrar na baliza leonina.


102’ Ivan Cavaleiro apareceu em zona frontal e rematou para defesa pouco ortodoxa de Rui Patrício.

Intervalo do prolongamento.

109’ Após um bom trabalho e cruzamento de Montero, Slimani cabeceou ao lado.

111’ No espaço de poucas segundos, Ivan Cavaleiro rematou para defesa de Rui Patrício, e na recarga André Gomes acertou no poste.

114’ Rojo viu o segundo cartão amarelo, e consequente vermelho, após falta sobre Ivan Cavaleiro.

Sem mais ocorrências até final, confirmou-se a vitória do Benfica.


Análise:

Os primeiros quarenta minutos destacaram-se pela luta intensa a meio-campo, aspeto no qual o Benfica quase sempre conseguiu sobressair, e ainda pela eficácia, já que ambas as equipas tinham marcado um golo, mas tinham disposto de poucas ocasiões para tal.
Cardozo, aos 12’, de livre direto, obrigou uma abertura na barreira do Sporting para inaugurar o marcador. Aos 37’, foi a vez de Diego Capel dar a melhor sequência a um cruzamento de Wilson Eduardo.
Na reta final do primeiro tempo, no entanto, os encarnados conseguiram faturar por mais duas vezes, com golos da autoria do ponta-de-lança paraguaio, no seguimento de jogadas rápidas de ataque.
Na segunda parte, inicial parecia que os pupilos de Leonardo Jardim não tinham argumentos para conseguir melhor resultado, perante o calculismo encarnado, mas pouco depois da hora de jogo, Maurício reduziu a desvantagem, dando a melhor sequência a um pontapé de canto cobrado por André Martins. E já em tempo de descontos, Slimani restabeleceu a igualdade, num lance parecido, mas desta vez na resposta a um livre lateral marcado por Adrien.
Já no prolongamento, e quando parecia que o Sporting estava mais moralizado, num lance caricato, Luisão devolveu a vantagem ao Benfica. Agarrado por Rojo, e já em queda, o brasileiro, de cabeça, fez a bola passar por entre as pernas de Rui Patrício e entrar na baliza leonina.
Com o 4-3, as águias cresceram psicologicamente, e enfrentou o que restava do encontro com maior confiança, sobretudo a partir do momento em que ficaram em superioridade numérica, com a expulsão de Marcos Rojo.


Analisando os atletas em campo, começando pelos do Benfica
Artur não teve culpa nos golos sofridos;
André Almeida esqueceu-se de Diego Capel nas suas costas, no lance do 1-1; Luisão deixou-se antecipar por Maurício no 3-2, mas redimiu-se ao apontar o 4-3; Garay esteve seguro; e Sílvio neutralizou Wilson Eduardo;
Matic esteve a bom nível, mas ainda sem a mesma intensidade da temporada anterior; Rúben Amorim fez a assistência para o terceiro golo, e saiu lesionado, numa partida em que assinou uma bela exibição, sempre muito pressionante sem bola, e com critério quando a teve pelos pés; e Enzo Pérez correu quilómetros e teve um papel ativo no 2-1, fazendo a abertura para Gaitán;
Lazar Markovic esteve apagado, aparecendo apenas a espaços, incluindo na jogada em que cabeceou à trave; Gaitán fez o cruzamento para o segundo golo e participou no terceiro, tendo-se mudado para as costas do ponta-de-lança após a entrada de Ivan Cavaleiro; e Cardozo apontou um hat-trick;
Ivan Cavaleiro acrescentou alguma velocidade às transições ofensivas e arrancou o segundo cartão amarelo a Rojo; André Gomes esteve perto do 5-3, mas acertou no poste; e Lima ajudou a gerir a vantagem.
                                              

Quanto aos jogadores do Sporting
Rui Patrício esteve muito concentrado, rápido a sair dos postes e sem responsabilidades nos golos sofridos, à exceção do autêntico frango que deu o 4-3 aos encarnados;
Iván Piris deixou Gaitán liberto nas suas costas, no lance em que o argentino recebeu a bola e cruzou para o 2-1; Maurício relançou o jogo com uma cabeça certeira que valeu o 3-2; Rojo, tal como os restantes colegas do quarteto defensivo, ficou baralhado com a velocidade com que se desenrolaram os lances do segundo e terceiro golos do Benfica, e ainda foi expulso já na reta final do prolongamento; e Jefferson não se conseguiu liberar e dar a desejada profundidade ao seu corredor;
William Carvalho viu o 3-1 nascer numa perda de bola da sua autoria, apesar da exibição ser maioritariamente positiva; André Martins cobrou o canto que originou o segundo tento dos leões; e Adrien melhorou de rendimento na etapa complementar, tendo apontado o livre lateral que serviu de assistência para o 3-3;
Capel apontou o primeiro golo dos verde e brancos; Wilson Eduardo fez um grande cruzamento para o 1-1, numa das poucas boas ações de qualidade que teve durante o encontro; e Montero atuou sempre no limite do fora-de-jogo, e teve participação ativa no primeiro golo leonino;
Carrillo não conseguiu agitar o jogo conforme era pretendido, e não definiu o timing correto para soltar o esférico; Slimani teve o 3-3 nos pés, mas acertou no poste, mas posteriormente redimiu-se ao apontar mesmo o terceiro tento dos leões; e Carlos Mané trouxe velocidade e capacidade de gerar desequilibrios ao ataque sportinguista.


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