domingo, 10 de novembro de 2013

A nova vida de Rúben Amorim

zerozero.pt
Com uma formação divida entre o CAC da Pontinha, Benfica e Belenenses, foi nos azuis do Restelo que Rúben Filipe Marques Amorim se estreou no principal escalão, com apenas dezoito anos e pela mão de Vladislav Bogicevic.

Por Belém passaram outros treinadores, como Carlos Carvalhal, José Couceiro e Jorge Jesus, e Amorim foi-se estabelecendo como titular no meio-campo. Com muitos jogos nas pernas e presenças na seleção de Sub-21 (esteve inclusivamente no Europeu de 2007 da categoria), a sua reputação foi subindo, e o regresso à Luz foi algo que aconteceu com normalidade.

Se na primeira época de águia ao peito foi titular indiscutível, preferencialmente como médio-ala direito, sob o comando de Quique Flores, com a chegada de Jorge Jesus, técnico com responsabilidades no seu processo de crescimento no Belenenses, foi perdendo algum espaço.

A chegada de Ramires tornou complicada a sua entrada no onze inicial, e Amorim passou a ser visto como um jogador polivalente útil no banco de suplentes. Ora a lateral-direito, médio-centro ou médio-ala, conseguia cumprir, evidenciando qualidade, mas sem conseguir sobressair perante a concorrência.

 Ainda assim, jogou muitas vezes e beneficiou de o Benfica ter sido campeão para ser chamado à seleção portuguesa que disputou o Mundial 2010, na África do Sul, rendendo o lesionado Nani.

Em 2010/11 e 2011/12, com algumas lesões à mistura, parecia iniciar a curva descendente da sua carreira, jogando cada vez com menor regularidade. Em Janeiro de 2012, depois de ser castigado pelo clube por alegadamente se recusar a treinar e mostrar divergências com o seu treinador, foi emprestado por ano e meio ao Sp. Braga.

Se na primeira meia-época no Minho continuava com o rótulo de suplente útil, às ordens de Leonardo Jardim, foi sob a orientação de José Peseiro que voltou a emergir como titular. A entrada no onze fez-se do lado esquerdo do meio-campo, com o objetivo de dar capacidade de posse de bola aos bracarenses.

A temporada 2012/13 correu bastante bem, e Rúben Amorim, para além de ser presença assídua nos convocados de Paulo Bento no período pós-EURO 2012, recebeu um inesperado bilhete de regresso ao seu clube de coração.

Desde o primeiro jogo de campeonato que Jorge Jesus tem mostrado contar com o polivalente jogador, que neste início de época se parece ter fixado como médio-centro, conseguindo ser titular mais vezes do que seria expectável.

Com 28 anos, parece ter concluído o seu processo de maturação. É hoje um futebolista que pode desempenhar ao mais alto nível as funções de box-to-box, com grande intensidade a exercer pressão, ritmo alto com a bola nos pés, fazendo circular o esférico com velocidade e fluidez, e capacidade e critério de passe.

Ao contrário de outros, não desaparece nos jogos grandes, mas sim o oposto, cresce nos mesmos! Disso são exemplos os dérbis disputados já em 2012/14 frente ao Sporting e o jogo na Grécia diante do Olympiacos.

Por direito próprio, poderá ser uma das peças-chave no 4x3x3 de Jesus, compondo o trio de centrocampistas com Matic e Enzo Pérez, e a principal alternativa a João Moutinho e Raúl Meireles no meio-campo da seleção nacional.

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