Esta tarde, no Estádio Akdeniz University,
em Antalya, o Chile derrotou o Egito por 2-1, na 1ª jornada do Grupo E do
Mundial 2013 (Sub-20). Mahmoud Kahraba inaugurou o marcador para os egípcios,
mas Castillo e Bravo restabeleceram a reviravolta.
Eis a constituição das equipas:
Chile
Os chilenos
qualificaram-se para este Campeonato do Mundo após terem terminado em 4º lugar
o torneio sul-americano, atrás da Colômbia, Paraguai e Uruguai e à frente de
Peru e Equador. Nicolás Castillo (cinco golos) foi o melhor marcador da seleção
nesse apuramento.
É a sexta
participação do Chile num Mundial Sub-20, tendo sido a melhor participação em
2007, quando conseguiram o 3º lugar com uma seleção onde despontavam nomes como
Mauricio Isla e Alexis Sánchez.
Egito
Os egípcios qualificaram-se para esta competição ao vencer o torneio
africano, onde bateram o Gana na final.
Em sete presenças em Mundiais Sub-20 , a melhor prestação foi o 3º
lugar em 2001.
Ahmed Hassan (Rio Ave) integra a convocatória.
Cronómetro:
Melhor inicio de jogo para o Chile.
Com poucos toques e futebol direto, o Egito consegue chegar com
facilidade ao último terço.
Intervalo.
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o triunfo chileno.
Análise:
O jogo começou de forma bastante intensa e com ambas as equipas a
apresentarem grande caudal ofensivo. O Chile preferia um futebol em que fazia
essencialmente uso das suas individualidades, parecendo até em alguns momentos
que cada jogador jogava para o seu lado. Já o Egito, optava por um futebol
direto para Ahmed Hassan, para depois combinar, de costas para a baliza, com os
seus colegas.
E foram os africanos quem inauguraram o marcador: Ahmed Hassan
desmarcou Mahmoud Kahraba pela direita, nas costas da defesa, e este foi frio o
suficiente para conseguir colocar a bola no fundo das redes.
Com o equilíbrio como nota dominante, o empate chegou aos 25’ por Castillo, contando com
um desvio num defesa egípcio, depois de uma série de ressaltos até o esférico
chegar aos pés do atacante sul-americano.
A toada nivelada foi-se mantendo, mesmo no segundo tempo, ainda que aí
com menor intensidade e até com alguma monotonia.
Ambos os selecionadores foram fazendo alterações no sentido de
refrescar e melhorar a produção do meio-campo e do ataque, e foi Mario Salas
quem se deu melhor com isso. Bravo, que saltou do banco, apontou o 2-1, após
passe de Rabello e bom trabalho individual na área egípcia.
Até final, Cuevas foi expulso, deixou La Rojita
reduzida a dez, e tornou os últimos minutos interessantes, mas os chilenos
conseguiram ser frios o suficiente para controlarem e segurarem a vantagem.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Chile…
Melo (Palestino)
praticamente não efetuou nenhuma intervenção complicada;
Campos
(Palestino) é um lateral ofensivo; Robles (Santiago Wanderers) viu
Kahraba aparecer-lhe nas costas para inaugurar o marcador; Lichnovsky
(Universidad de Chile) é o elemento mais possante da sua formação; e Cuevas
(Chelsea) pareceu desconcentrado e atrasado em relação às movimentações de
Kahraba, e foi expulso já na reta final, após falta grosseira sobre Gomaa;
Fuentes
(O’Higgins) tem qualidade a transportar a bola; Martínez (Universidad de
Chile) passou discreto; e Rabello (Sevilha) foi o homem das bolas
paradas e o organizador de jogo, bastante dinâmico, que fez o último passe para
o segundo golo chileno;
Henríquez (Wigan
Athletic) esteve apagado; Maturana (Universidad de Chile) esteve pouco
em evidência; e Castillo (Univ. Católica), cobiçado pela Lazio, apontou
o 1-1, contando com o desvio de um defesa;
Bravo (NK
Konavljanin Cilipi) entrou para os flancos, aparecendo inicialmente na direita,
mas mudando-se posteriormente para a esquerda, tendo apontado o 2-1; Hernández
(?) refrescou o duplo pivot, ajudando
na cobertura e na construção; e Huerta (Universidad de Chile),
defesa-central de origem, jogou adaptado ao lado esquerdo da defesa para
compensar a expulsão de Cuevas.
Quanto aos jogadores do Egito…
Mosaad Awad
(Al-Ahly) esteve bem quando foi chamado a intervir;
Osama (ENPPI) é
aguerrido; Yasser (El-Mansurah) atuou praticamente como líbero; Ramy
Rabia (Al-Ahly), já internacional pelos AA, foi o patrão da defesa; Mahmoud
Metwalli (Ismaily) não conseguiu travar Bravo, no lance do 2-1; e Samir
(?) deu profundidade ao seu flanco e foi substituído já na reta final com
dificuldades físicas;
Hossam Ghaly
(Al-Ahly) foi o médio mais posicional; Trezeguet (Al-Ahly) soltava-se da
sua posição com alguma frequência para apoiar o ataque; Mahmoud Kahraba
(ENPPI), intenso e evoluído fisicamente e tecnicamente, inaugurou o marcador; e
Refat (ENPPI) tentou fletir sempre que possível, mas raramente causou
desequilibrios;
Ahmed Hassan
(Rio Ave), muito forte no jogo aéreo (constantemente alvo de futebol direto) e
a atuar de costas para a baliza, desenhou a jogada do 0-1;
Mohamed Sherif
(Ismaily), forte fisicamente mas não tão dotado tecnicamente, entrou com muita
vontade e entrega; Saleh Gomaa (ENPPI), eleito pela crítica como o mais
habilidoso dos egípcios, sendo mesmo associado ao Borussia Dortmund, refrescou
o miolo; e Mahmoud Wahid (ENPPI) entrou para o lado esquerdo da defesa,
sem grande nota de destaque.
Com este resultado, fica assim
disposta a classificação do Grupo E do
Mundial 2013 (Sub-20):
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