domingo, 23 de junho de 2013

Taça das Confederações 2013 | Nigéria 0-3 Espanha

fifa.com
Esta noite, no Estádio Governador Plácido Aderaldo Castelo, em Fortaleza, Espanha derrotou a Nigéria por 3-0, na 3ª jornada do Grupo B da Taça das Confederações 2013. Jordi Alba (2) e Fernando Torres apontaram os golos.
                                      

Eis a constituição das equipas:


Nigéria


As Super Águias ocupam o 28º lugar no Ranking FIFA e estão nesta Taça das Confederações depois de terem conquistado a CAN no início do presente ano.
Nesta prova, os campeões africanos somam três pontos em dois jogos, fruto da vitória diante do Taiti (6-1) e da derrota frente ao Uruguai (1-2).
Oduamadi (3), Elderson (2) e John Obi Mikel foram os autores dos golos.
Os nigerianos derrotaram a Espanha (3-2) na única fez que ambas as seleções se defrontaram, no Mundial 1998.


Espanha


La Roja lidera o Ranking FIFA e é simultaneamente detentora do título mundial e europeu.
Os espanhóis venceram os dois primeiros jogos na Taça das Confederações: 2-1 ao Uruguai e 10-0 ao Taiti.
Fernando Torres (4), David Villa (3), David Silva (2), Juan Mata, Pedro e Soldado apontaram os tentos da seleção comandada por Vicente Del Bosque.


Cronómetro:

2’ Brown, contando com um desvio de Piqué, acertou na malha lateral.

3’ Jordi Alba progrediu pelo terreno, furou pela defesa nigeriana e inaugurou o marcador com um remate colocado.


11’ Omeruo, lesionado, cedeu o seu lugar a Egwuekwe.

20’ Valdés negou o golo a Sunday Mba.

26’ Sergio Ramos, com um passe longo, desmarcou Soldado, que na cara de Enyeama, permitiu a intervenção do guardião nigeriano.

As Super Águias exibiam falta de frieza na hora da finalização, apesar de conseguirem chegar à área roja com algum facilidade.

31’ Pedro desmarcou Soldado, que voltou a perdoar na cara de Enyeama.

39’ Soldado cruzou rasteiro pela direita, e Fábregas acertou no poste.

Intervalo.

53’ Xavi, de livre direto, acertou na malha superior.

54’ Saiu Fábregas, entrou David Silva.

60’ Soldado foi substituído por Fernando Torres.

62’ Fernando Torres respondeu com um cabeceamento indefensável a um cruzamento de Pedro pela esquerda.


63’ Stephen Keshi trocou Sunday Mba por John Ogu.

71’ Akpala cedeu o seu lugar a Gambo.

74’ Musa ultrapassou Sergio Ramos e serviu Gambo, mas este não conseguiu acertar na baliza.

75’ Saiu Pedro, entrou David Villa.

88’ Jordi Alba apareceu isolado na sequência de um livre perto da sua área, contornou Enyeama e fez o 0-3.


Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o triunfo espanhol.


Análise:

Num início de jogo intenso, a Nigéria foi a primeira a criar perigo mas logo aos 3’ Jordi Alba furou pela defesa africana e inaugurou o marcador.
A partir daí assistimos a um encontro em que a Espanha manteve aquele que é o seu ADN, com muita posse de bola, mas em que pareceu haver um défice de concentração em relação ao que se está habituado a assistir nos jogos decisivos.
Já as Super Águias surpreenderam pela qualidade do seu futebol ofensivo, chegando ao último terço com alguma frequência e impedindo que o adversário tivesse os habituais números abismais de posse de bola. No entanto, faltou mais frieza na finalização, já que o excesso de entusiasmo e ansiedade levou a falta de discernimento. Ahmed Musa, foi sempre o mais perigoso.
No segundo tempo, a toada manteve-se, mas com as substituições La Roja melhorou o seu futebol e até final conseguiu mais dois golos: o primeiro por Fernando Torres, acabadinho de entrar, e o segundo por Jordi Alba, num lance que apanhou a defesa nigeriana completamente de “calças na mão”.


Analisando os atletas em campo, começando pelos da Nigéria
Enyeama (Maccabi Telavive) apontou uma grande exibição;
Ambrose (Celtic) foi eficiente a defender e a atacar; Omeruo (ADO Den Haag) foi demasiado passivo na abordagem ao lance que originou o 0-1 e saiu lesionado ainda com dez minutos de jogo; Oboabona (Sunshine Stars) é seguro, tecnicamente evoluído, com capacidade para sair a jogar mas deixou-se antecipar por Torres no lance do 0-2; e Elderson (Sp. Braga) exibiu-se a bom nível;
Obi Mikel (Chelsea) foi o patrão da equipa, influente nas tarefas de construção e organização; Ogude (Valerenga) foi o médio mais posicional; e Sunday Mba (Enugu Rangers) passou discreto;
Musa (CSKA Moscovo) criou alguns desequilibrios com a sua velocidade; Ideye Brown (Dínamo Kiev) apareceu muito na zona de finalização, ainda que tenha sido pouco objetivo na hora de atirar à baliza; e Akpala (Werder Bremen) deu profundidade e largura ao ataque, mas não conseguiu faturar;
Egwuekwe (Warri Wolves), muito possante, rendeu o pouco afortunado Omeruo no eixo defensivo; John Ogu (Académica) entrou para as costas do ponta-de-lança, numa altura em que o jogo estava já resolvido; e Gambo (Kano Pillars) estreou-se na seleção principal, posicionando-se na frente de ataque.


Quanto aos jogadores da Espanha
Víctor Valdés (Barcelona) saiu em falso em alguns cruzamentos, mas em termos gerais, esteve bem quando foi chamado a intervir;
Arbeloa (Real Madrid) revelou algumas dificuldades em acompanhar a velocidade de Musa; Piqué (Barcelona) e Sergio Ramos (Real Madrid) formaram uma dupla de centrais homogénea, bem posicionada e que apesar de algumas complicações, conseguiu dar conta do recado; e Jordi Alba (Barcelona) inaugurou o marcador, tendo furado pela defesa nigeriana com alguma facilidade, e também fechou a contagem, apontando um raro bis;
Busquets (Barcelona) esteve discreto como habitualmente, equilibrando a equipa; Xavi (Barcelona) foi, como é costume, o motor do tiki-taka; e Iniesta (Barcelona) fez o último passe para Jordi Alba, no lance do 0-1;
Pedro (Barcelona) foi um autêntico velocista no lado direito do ataque espanhol, mudou-se para a esquerda com a entrada de David Silva e fez o cruzamento para o segundo golo; Fábregas (Barcelona) esteve perto de marcar, tendo acertado no poste no final da primeira parte; e Soldado (Valencia) foi importante a dar profundidade e a esticar o jogo, com um grande timing de desmarcação, mas foi perdulário na cara do guarda-redes adversário;
David Silva (Manchester City) acrescentou ainda mais capacidade de posse de bola; Fernando Torres (Chelsea) precisou apenas de dois minutos em campo para colocar o seu nome na lista de marcadores; e David Villa (Barcelona) jogou os últimos quinze minutos, na faixa esquerda do ataque, como geralmente faz pelo seu clube.


Com este resultado, fica assim disposta a classificação do Grupo B da Taça das Confederações 2013:


zerozero.pt

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