domingo, 23 de junho de 2013

Mundial 2013 (Sub-20) | Chile 2-1 Egito

fifa.com
Esta tarde, no Estádio Akdeniz University, em Antalya, o Chile derrotou o Egito por 2-1, na 1ª jornada do Grupo E do Mundial 2013 (Sub-20). Mahmoud Kahraba inaugurou o marcador para os egípcios, mas Castillo e Bravo restabeleceram a reviravolta.
                                      

Eis a constituição das equipas:


Chile


Os chilenos qualificaram-se para este Campeonato do Mundo após terem terminado em 4º lugar o torneio sul-americano, atrás da Colômbia, Paraguai e Uruguai e à frente de Peru e Equador. Nicolás Castillo (cinco golos) foi o melhor marcador da seleção nesse apuramento.
É a sexta participação do Chile num Mundial Sub-20, tendo sido a melhor participação em 2007, quando conseguiram o 3º lugar com uma seleção onde despontavam nomes como Mauricio Isla e Alexis Sánchez.


Egito


Os egípcios qualificaram-se para esta competição ao vencer o torneio africano, onde bateram o Gana na final.
Em sete presenças em Mundiais Sub-20, a melhor prestação foi o 3º lugar em 2001.
Ahmed Hassan (Rio Ave) integra a convocatória.


Cronómetro:

Melhor inicio de jogo para o Chile.

10’ Ahmed Hassan desmarcou Mahmoud Kahraba que apareceu na cara de Melo para inaugurar o marcador.


17’ Kahraba, servido por Ghaly, atirou para fora.

25’ Castillo, depois de um lance confuso na área egípcia, e contado com o desvio de um defesa, conseguiu empatar o encontro.


30’ Samir progrediu no terreno fletindo do flanco esquerdo para a zona central e assistiu Kahraba, que não acertou na baliza.

34’ Maturana chutou para fora.

38’ Na sequência de um cruzamento de Trezeguet, Kahraba cabeceou para fora.

Com poucos toques e futebol direto, o Egito consegue chegar com facilidade ao último terço.

Intervalo.

54’ Refat foi rendido por Mohamed Sherif.

57’ Awad negou o golo a Henríquez.

59’ Mario Salas trocou Henríquez por Bravo.

63’ Na resposta a um livre lateral cobrado por Samir, Trezeguet cabeceou à malha lateral.

67’ Saiu Trezeguet, entrou Saleh Gomaa.

67’ Martínez foi substituído por Hernández.

70’ Na sequência de um livre cobrado por Rabello, Robles cabeceou para intervenção de Awad.

77’ No seguimento de um cruzamento pela direita, Rabello amorteceu de cabeça para Bravo que tirou dois adversários do caminho e atirou para o fundo das redes.


80’ Samir cedeu o seu lugar a Mahmoud Wahid.

81’ Cuevas foi expulso após falta grosseira sobre Gomaa.

83’ Saiu Maturana, entrou Huerta.

90’ Metwalli, de cabeça, impediu o golo de Hernández.

Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o triunfo chileno.


Análise:

O jogo começou de forma bastante intensa e com ambas as equipas a apresentarem grande caudal ofensivo. O Chile preferia um futebol em que fazia essencialmente uso das suas individualidades, parecendo até em alguns momentos que cada jogador jogava para o seu lado. Já o Egito, optava por um futebol direto para Ahmed Hassan, para depois combinar, de costas para a baliza, com os seus colegas.
E foram os africanos quem inauguraram o marcador: Ahmed Hassan desmarcou Mahmoud Kahraba pela direita, nas costas da defesa, e este foi frio o suficiente para conseguir colocar a bola no fundo das redes.
Com o equilíbrio como nota dominante, o empate chegou aos 25’ por Castillo, contando com um desvio num defesa egípcio, depois de uma série de ressaltos até o esférico chegar aos pés do atacante sul-americano.
A toada nivelada foi-se mantendo, mesmo no segundo tempo, ainda que aí com menor intensidade e até com alguma monotonia.
Ambos os selecionadores foram fazendo alterações no sentido de refrescar e melhorar a produção do meio-campo e do ataque, e foi Mario Salas quem se deu melhor com isso. Bravo, que saltou do banco, apontou o 2-1, após passe de Rabello e bom trabalho individual na área egípcia.
Até final, Cuevas foi expulso, deixou La Rojita reduzida a dez, e tornou os últimos minutos interessantes, mas os chilenos conseguiram ser frios o suficiente para controlarem e segurarem a vantagem.


Analisando os atletas em campo, começando pelos do Chile
Melo (Palestino) praticamente não efetuou nenhuma intervenção complicada;
Campos (Palestino) é um lateral ofensivo; Robles (Santiago Wanderers) viu Kahraba aparecer-lhe nas costas para inaugurar o marcador; Lichnovsky (Universidad de Chile) é o elemento mais possante da sua formação; e Cuevas (Chelsea) pareceu desconcentrado e atrasado em relação às movimentações de Kahraba, e foi expulso já na reta final, após falta grosseira sobre Gomaa;
Fuentes (O’Higgins) tem qualidade a transportar a bola; Martínez (Universidad de Chile) passou discreto; e Rabello (Sevilha) foi o homem das bolas paradas e o organizador de jogo, bastante dinâmico, que fez o último passe para o segundo golo chileno;
Henríquez (Wigan Athletic) esteve apagado; Maturana (Universidad de Chile) esteve pouco em evidência; e Castillo (Univ. Católica), cobiçado pela Lazio, apontou o 1-1, contando com o desvio de um defesa;
Bravo (NK Konavljanin Cilipi) entrou para os flancos, aparecendo inicialmente na direita, mas mudando-se posteriormente para a esquerda, tendo apontado o 2-1; Hernández (?) refrescou o duplo pivot, ajudando na cobertura e na construção; e Huerta (Universidad de Chile), defesa-central de origem, jogou adaptado ao lado esquerdo da defesa para compensar a expulsão de Cuevas.


Quanto aos jogadores do Egito
Mosaad Awad (Al-Ahly) esteve bem quando foi chamado a intervir;
Osama (ENPPI) é aguerrido; Yasser (El-Mansurah) atuou praticamente como líbero; Ramy Rabia (Al-Ahly), já internacional pelos AA, foi o patrão da defesa; Mahmoud Metwalli (Ismaily) não conseguiu travar Bravo, no lance do 2-1; e Samir (?) deu profundidade ao seu flanco e foi substituído já na reta final com dificuldades físicas;
Hossam Ghaly (Al-Ahly) foi o médio mais posicional; Trezeguet (Al-Ahly) soltava-se da sua posição com alguma frequência para apoiar o ataque; Mahmoud Kahraba (ENPPI), intenso e evoluído fisicamente e tecnicamente, inaugurou o marcador; e Refat (ENPPI) tentou fletir sempre que possível, mas raramente causou desequilibrios;
Ahmed Hassan (Rio Ave), muito forte no jogo aéreo (constantemente alvo de futebol direto) e a atuar de costas para a baliza, desenhou a jogada do 0-1;
Mohamed Sherif (Ismaily), forte fisicamente mas não tão dotado tecnicamente, entrou com muita vontade e entrega; Saleh Gomaa (ENPPI), eleito pela crítica como o mais habilidoso dos egípcios, sendo mesmo associado ao Borussia Dortmund, refrescou o miolo; e Mahmoud Wahid (ENPPI) entrou para o lado esquerdo da defesa, sem grande nota de destaque.


Com este resultado, fica assim disposta a classificação do Grupo E do Mundial 2013 (Sub-20):


zerozero.pt

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