O Sporting de Braga venceu esta noite no seu estádio o Birmingham por 1-0, com um golo de Hugo Viana, e garantiu assim a passagem aos 16-avos-de-final da Liga Europa.
Eis a constituição das equipas:
Sporting de Braga
Os minhotos vão procurar a vitória, que lhes dará a qualificação e com certeza servirá para a reconciliação de Leonardo Jardim com os adeptos.
Elderson que não jogou no Dragão no domingo está de volta aos convocados, assim como Nuno Valente, jogador do satélite Vizela, no entanto, ausentes estão Meyong e Rivera (não inscritos) e Luís, Ukra, Nuno André Coelho, Baiano, Custódio e Imorou, todos lesionados.
Birmingham
O Birmingham disputa a Championship, segundo escalão do futebol inglês, onde ocupa a 11ª posição, mas qualificou-se para a edição actual da Liga Europa ao vencer a Carling Cup.
A formação de Chris Hughton não vai poder contar com o internacional irlandês Stephen Carr que está lesionado, e tem como curiosidade ter marcado seis dos seus sete golos nesta competição após o intervalo.
O jogo começou sem nenhuma das equipas a colocar uma intensidade muito forte, no entanto, o Sporting de Braga viu-se com uma grande contrariedade logo aos 10’, quando Ewerton puxa um adversário dentro da grande área e o árbitro assinala grande penalidade. No entanto, Quim conseguiu defender o remate de Zigic e na recarga a defesa dos bracarenses aliviou para longe.
Pouco depois, Ewerton volta a cometer uma falta perigosa sobre Burke, e na sequência do pontapé livre Murphy obriga o guardião dos minhotos a uma grande defesa. No minuto seguinte, o cenário repetiu-se.
Como se pode perceber, nesta altura eram os britânicos que estavam por cima.
Até ao final da primeira parte, os comandados por Leonardo Jardim foram crescendo no jogo, assumindo mais posse de bola e ocupando com mais frequência o meio-campo adversário, mas sempre sem criar grandes oportunidades de golo.
Mesmo entrando para a segunda parte com o mesmo ritmo, não muito intenso, o Sporting de Braga conseguiu marcar logo nos primeiros cinco minutos, por intermédio de Hugo Viana num remate de fora da área que até nem saiu com a melhor direcção mas que acabou por embater em Davies e trair Myhill.
Curiosamente, após o golo marcado a formação portuguesa assentou o seu jogo, conseguiu maioritariamente neutralizar o Birmingham, circular a bola no meio-campo do adversário e até a criar situações em que se esteve apenas a um desvio de ampliar a vantagem ou pelo menos criar perigo.
Face a estes acontecimentos, Chris Hughton mexeu na equipa e refrescou o ataque, passando a jogar com dois pontas-de-lança com a entrada de King. Do lado bracarense, Jardim respondeu ao colocar Douglão em campo para a saída de Elderson, reforçando assim a consistência defensiva, e ao mesmo tempo deu um ar fresco ao sector ofensivo ao trocar Hélder Barbosa por Paulo César.
Aos 80’, finalmente, voltou a haver uma ocasião para marcar no Estádio Axa. Num lance de contra-ataque Lima isolou-se ligeiramente descaído pela esquerda, mas demorou a chegar à baliza contrária, um defesa do Birmingham estorvou-lhe a acção e o remate do brasileiro foi defendido pelo guarda-redes dos britânicos, e na recarga Paulo César atirou por cima.
Praticamente a fechar o jogo, e numa altura em que o Sp. Braga preocupava-se sobretudo por segurar a bola, Fran Mérida tem um excelente lance individual e rematou ligeiramente por cima.
O resultado não sofreu alterações, a equipa portuguesa conseguiu vencer com alguma justiça (num jogo equilibrado, sem grandes oportunidades, quem marca e tem mérito a defender merece sempre ganhar) e assim qualificar-se para os 16-avos-de-final da Liga Europa.
Analisando as equipas, o Braga não fez uma exibição brilhante mas cumpriu com os serviços mínimos. Jardim apresentou o habitual 4-2-3-1 desdobrado várias vezes em 4-3-3 de acordo com as movimentações de Hugo Viana que se desloca da sua posição de “pivot” defensivo (juntamente com Djamal) para terrenos mais próximos da área adversária. O melhor período da equipa foi mesmo após o golo em que soube muito bem segurar a bola e a vantagem, chegando mesmo a estar mais perto do 2-0 do que propriamente sofrer o empate.
Quim esteve bem quando chamado a intervir e até defendeu um “penalty”, no quarteto defensivo destaco acima de tudo Leandro Salino e Paulo Vinicius que fizeram boas exibições em que maioritariamente limparam o que lhes aparecia à frente, já Ewerton pode agradecer não ter sido expulso e Elderson foi ultrapassado imensas vezes por Burke.
No meio-campo, Djamal como habitualmente foi bom a destruir mas mostrou fraca capacidade de passe a construir, Hugo Viana para mim foi o melhor em campo, dando uma qualidade técnica no miolo muito útil nas transições ofensivas de cariz continuo (tendo um papel muito parecido ao de Witsel no Benfica) e ainda marcando com alguma sorte o golo decisivo, e Mossoró, embora muitas vezes tivesse apagado porque estava demasiado afastado do duplo “pivot” defensivo, é sempre um dinamizador quando o colectivo ataca. Alan e Hélder Barbosa sem terem feito exibições brilhantes estiveram bem, e já Lima não teve muitas oportunidades, mas ajudou a segurar a bola embora pudesse também ter arrumado com o jogo aos 80’ e talvez por algum cansaço não o conseguiu fazer.
Quanto ao Birmingham, nem se notou ser uma equipa de segundo escalão.
A qualidade dos seus jogadores foi superior, sem dúvida, mas o estilo de jogo inglês de circulação de bola de pé para pé e superioridade física estava bem patente.
Myhill não teve assim grande trabalho, a defesa não esteve mal, sofreu um golo em que teve algum azar e abriu espaços quando já estava balanceada no ataque, mas pouco há a apontar.
No meio-campo defensivo, N’Daw era o “Djamal do Birmingham”, embora fisicamente fosse mais forte, e em relação aos jogadores de cariz mais ofensivo, à excepção de Burke que maioritariamente fez o que quis de Elderson, pouco se viu. Zigic ainda esboçou algum inconformismo mas nem sempre esteve bem apoiado.
Com este resultado, fica assim organizada a classificação do Grupo H:
Muito Bom! Gosto imenso das tuas Crónicas/Revisões!
ResponderEliminarVai lá comentar os meus kits, também, se faz favor.
1651997kits.blogspot.com
Continuamos com uma grande performance esta época, o que pode cimentar a nossa posição na Europa e com isso manter por bastante tempo 3 equipas na Champions.
ResponderEliminarUma boa análise mas esquecendo-se de focar dois aspectos importantes:
ResponderEliminar-Um penalty contra o SCB logo aos seis minutos de jogo por mão na bola de Ewerton, ao qual o arbitro fez vista grossa;
-A fraca assistência no estádio Axa, ainda para mais tendo em conta os 1700 adeptos ingleses presentes.
Tem toda a razão Anónimo!
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