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Palmelense foi fundado oficialmente a 8 de abril de 1924 |
Um clube histórico do distrito de
Setúbal, que soma 16 presenças na
Taça
de Portugal, duas na II Divisão Nacional e 14 na III Divisão, assim como
dois títulos de campeão distrital, conquistados em 1986-87 e 1991-92.
Fundado oficialmente a 8 de abril
de 1924 fruto do sonho e da carolice de um grupo de palmelões que pretendia devolver
o sentimento de pertença e autoestima à população numa altura em que Palmela
permanecia ainda integrada no concelho de Setúbal, o Palmelense Futebol Clube
foi um dos 13 clubes que a 5 de maio de 1927 fundaram a
Associação
de Futebol de Setúbal – os outros foram: Luso Futebol Clube,
União
Futebol Comércio e Indústria,
Vitória
Futebol Clube, Bonfim Futebol Clube, Estrela Sporting Clube, Grupo
Desportivo dos Empregados do Comércio, Grupo Desportivo Setubalense “Os Treze”,
Racing Clube Setubalense, Sporting Clube de Setúbal “Os Miúdos”, Sporting Clube
Setubalense “Os Frades”,
São
Domingos Futebol Clube e União Futebol Avenida.
Os sócios fundadores eram rapazes
que se até então se juntavam aos domingos e formavam um grupo para jogar à
bola, deslocando-se e recebendo por baixo da Fonte de Sant'Ana, na encosta
virada para o Vale dos Barris. Eis os seus nomes: José Trajano Godinho de
Matos, Manuel Henrique Taborda e Moura, António Diniz Cardoso, Humberto
Cardoso, Alfredo Almeida Cabica, Higino Caetano, João Gomes Caçarino, Manuel
Salvador Pereira, Pompeu da Costa Pinto, Leonídio Rodrigues de Fonseca, Manuel
Monteiro, Ventura Batista Pacheco, Salvador Mendes, Humberto A. Parrinha,
Horácio Filipe Ribeiro, Duarte Batista, António dos Santos, Joaquim Parrinha,
Isidoro Sacramento Rôla, Joaquim Brazão Pereira da Fonseca, Virgílio da Silva,
Leonel Coelho, Venceslau Batista Pacheco, Manuel Augusto Cardoso, Joaquim
Fonseca, Manuel Américo Parrinha, António Henrique Marques, Pedro Mares,
Domingos Diogo d’Oliveira, António Tibério Monteiro, Crescencio da Silva, Tomaz
Duarte, Mário d’Almeida Cabica, Tomé Alves, Venâncio Ribeiro (sobrinho),
Vergílio Batista, António Nunes Chafardão, João Batista de Sousa, Isidoro
Augusto da Silva Barrocas, José Mota Roque, Manuel da Costa Contente, Augusto
Ferreira, Abílio dos Santos Coelho, Floriano Tormenta, Xavier Santana, João
Valério Camolas, Policarpo Augusto Calha, Traciso Almeida Cabica, Salvador
Santana, Augusto Antão Real, Manuel Augusto da Silva Parrinha, João Marques
Cananda Júnior, Manuel Sousa Lopes, João da Cruz Monteiro, Joaquim Roque
Peutonto, Sebastião Pereira Covinha, Armando Gomes, Joaquim Guerreiro Athaz,
Francisco Sant’Ana Nunes, Joaquim Rodrigues Barrocas, Zacarias d’Oliveira,
António Rodrigues, António d’Oliveira Anão, Mário Augusto Monteiro, Adelino
d’Oliveira, Joaquim Rôla, Cândido José Silva, José Augusto Cardoso, José de
Sousa, Hedio Cezario, Manuel Joaquim Tabonça, José Lopes Cardoso, António
Miranda, António Augusto Pereira, António Augusto Cardoso, Manuel Joaquim
Batista, Manuel Lopes Cardoso, Joaquim Cordeiro da Rita, Sebastião Mendes
Pereira Cordinha, António Batista e António Júlio Barroca.
Nome do campo em homenagem a soldado romano
Após o ano da fundação começou-se
a jogar no Campo Manuel Moura, antigo proprietário do terreno, tendo o recinto
recebido posteriormente a designação de Cornélio Palma, em homenagem a um
antigo soldado romano da região. A primeira sede do clube foi no Chafariz, na
casa de Xavier Santana, um dos fundadores, passando depois para a Rua Serpa
Pinto.
O Palmelense saboreou os
primeiros momentos de alguma notoriedade no final da década de 1940, quando
participou em duas épocas consecutivas na antiga II Divisão Nacional, em 1945-46
e 1946-47, com um grupo de jogadores exclusivamente de Palmela.
Seguiu-se uma participação na
antiga III Divisão Nacional em 1961-62 e 13 outras (não consecutivas) no mesmo
patamar competitivo entre 1987-88 e 2000-01. Em 1995-96 esteve perto da subida
à II Divisão B, mas foi superado por
Juventude
de Évora e
Imortal.
Os médios Jaime Graça, campeão
distrital pelos juniores do Palmelense em 1958-59, e
Octávio
Machado, que chegou a jogar pela categoria sénior em 1967-68 após vários
anos nas camadas jovens, são as principais glórias dos palmelões. Mais
recentemente, outro produto da formação do clube atingiu a
seleção
nacional, mas feminina, a igualmente centrocampista
Joana
Martins.
Paralelamente, o clube teve as
modalidades de andebol, basquetebol, ciclismo, ténis de mesa, atletismo,
ginástica, xadrez e damas.
O Palmelense foi agraciado em
2004, pelo Governo Português, com a Medalha de Mérito Desportivo; e recebeu, em
2009, da parte do Município de Palmela, a Medalha Municipal de Mérito, Grau
Ouro.
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