terça-feira, 8 de abril de 2025

Palmelense, um dos fundadores da AF Setúbal e o clube que devolveu autoestima a Palmela

Palmelense foi fundado oficialmente a 8 de abril de 1924
Um clube histórico do distrito de Setúbal, que soma 16 presenças na Taça de Portugal, duas na II Divisão Nacional e 14 na III Divisão, assim como dois títulos de campeão distrital, conquistados em 1986-87 e 1991-92.
 
Fundado oficialmente a 8 de abril de 1924 fruto do sonho e da carolice de um grupo de palmelões que pretendia devolver o sentimento de pertença e autoestima à população numa altura em que Palmela permanecia ainda integrada no concelho de Setúbal, o Palmelense Futebol Clube foi um dos 13 clubes que a 5 de maio de 1927 fundaram a Associação de Futebol de Setúbal – os outros foram: Luso Futebol Clube, União Futebol Comércio e Indústria, Vitória Futebol Clube, Bonfim Futebol Clube, Estrela Sporting Clube, Grupo Desportivo dos Empregados do Comércio, Grupo Desportivo Setubalense “Os Treze”, Racing Clube Setubalense, Sporting Clube de Setúbal “Os Miúdos”, Sporting Clube Setubalense “Os Frades”, São Domingos Futebol Clube e União Futebol Avenida.
 
Os sócios fundadores eram rapazes que se até então se juntavam aos domingos e formavam um grupo para jogar à bola, deslocando-se e recebendo por baixo da Fonte de Sant'Ana, na encosta virada para o Vale dos Barris. Eis os seus nomes: José Trajano Godinho de Matos, Manuel Henrique Taborda e Moura, António Diniz Cardoso, Humberto Cardoso, Alfredo Almeida Cabica, Higino Caetano, João Gomes Caçarino, Manuel Salvador Pereira, Pompeu da Costa Pinto, Leonídio Rodrigues de Fonseca, Manuel Monteiro, Ventura Batista Pacheco, Salvador Mendes, Humberto A. Parrinha, Horácio Filipe Ribeiro, Duarte Batista, António dos Santos, Joaquim Parrinha, Isidoro Sacramento Rôla, Joaquim Brazão Pereira da Fonseca, Virgílio da Silva, Leonel Coelho, Venceslau Batista Pacheco, Manuel Augusto Cardoso, Joaquim Fonseca, Manuel Américo Parrinha, António Henrique Marques, Pedro Mares, Domingos Diogo d’Oliveira, António Tibério Monteiro, Crescencio da Silva, Tomaz Duarte, Mário d’Almeida Cabica, Tomé Alves, Venâncio Ribeiro (sobrinho), Vergílio Batista, António Nunes Chafardão, João Batista de Sousa, Isidoro Augusto da Silva Barrocas, José Mota Roque, Manuel da Costa Contente, Augusto Ferreira, Abílio dos Santos Coelho, Floriano Tormenta, Xavier Santana, João Valério Camolas, Policarpo Augusto Calha, Traciso Almeida Cabica, Salvador Santana, Augusto Antão Real, Manuel Augusto da Silva Parrinha, João Marques Cananda Júnior, Manuel Sousa Lopes, João da Cruz Monteiro, Joaquim Roque Peutonto, Sebastião Pereira Covinha, Armando Gomes, Joaquim Guerreiro Athaz, Francisco Sant’Ana Nunes, Joaquim Rodrigues Barrocas, Zacarias d’Oliveira, António Rodrigues, António d’Oliveira Anão, Mário Augusto Monteiro, Adelino d’Oliveira, Joaquim Rôla, Cândido José Silva, José Augusto Cardoso, José de Sousa, Hedio Cezario, Manuel Joaquim Tabonça, José Lopes Cardoso, António Miranda, António Augusto Pereira, António Augusto Cardoso, Manuel Joaquim Batista, Manuel Lopes Cardoso, Joaquim Cordeiro da Rita, Sebastião Mendes Pereira Cordinha, António Batista e António Júlio Barroca.
 

Nome do campo em homenagem a soldado romano

Após o ano da fundação começou-se a jogar no Campo Manuel Moura, antigo proprietário do terreno, tendo o recinto recebido posteriormente a designação de Cornélio Palma, em homenagem a um antigo soldado romano da região. A primeira sede do clube foi no Chafariz, na casa de Xavier Santana, um dos fundadores, passando depois para a Rua Serpa Pinto.
 
O Palmelense saboreou os primeiros momentos de alguma notoriedade no final da década de 1940, quando participou em duas épocas consecutivas na antiga II Divisão Nacional, em 1945-46 e 1946-47, com um grupo de jogadores exclusivamente de Palmela.
 
Seguiu-se uma participação na antiga III Divisão Nacional em 1961-62 e 13 outras (não consecutivas) no mesmo patamar competitivo entre 1987-88 e 2000-01. Em 1995-96 esteve perto da subida à II Divisão B, mas foi superado por Juventude de Évora e Imortal.
 
Os médios Jaime Graça, campeão distrital pelos juniores do Palmelense em 1958-59, e Octávio Machado, que chegou a jogar pela categoria sénior em 1967-68 após vários anos nas camadas jovens, são as principais glórias dos palmelões. Mais recentemente, outro produto da formação do clube atingiu a seleção nacional, mas feminina, a igualmente centrocampista Joana Martins.
 
Paralelamente, o clube teve as modalidades de andebol, basquetebol, ciclismo, ténis de mesa, atletismo, ginástica, xadrez e damas.
 
O Palmelense foi agraciado em 2004, pelo Governo Português, com a Medalha de Mérito Desportivo; e recebeu, em 2009, da parte do Município de Palmela, a Medalha Municipal de Mérito, Grau Ouro.








 

Sem comentários:

Enviar um comentário