terça-feira, 28 de maio de 2024

O brasileiro que foi vice-campeão mundial quando jogava no FC Porto. Quem se lembra de Doriva?

Doriva somou 40 jogos e seis golos pelo FC Porto
Médio brasileiro de qualidade e que era dotado de um pontapé-canhão, uma espécie de moda na década de 1990 mas cada vez mais uma característica em risco de extinção, Doriva representou o FC Porto entre janeiro de 1998 e janeiro de 1999. Um ano apenas, mas suficiente para deixar a sua marca.
 
Depois de ter feito parte de um grande São Paulo, que venceu a Supercopa Libertadores, a Taça Intercontinental e a Recopa Sul-Americana entre 1993 e 1994, transferiu-se para o XV de Piracicaba, que na altura era patrocinado companhia aérea TAM e contratou jogadores de gabarito para atacar o Campeonato Paulista de 1995. Foi precisamente quando o centrocampista representava o modesto emblema do interior de São Paulo que foi chamado pela primeira vez à seleção brasileira, em maio de 1995.
 
Entretanto transferiu-se para o Atlético Mineiro, de onde saiu para o FC Porto no início de 1998, a tempo de participar na conquista da dobradinha festejada pelos dragões nesse ano. E no final dessa época de 1997-98 foi convocado para o Mundial 1998, em França, no qual o escrete foi finalista vencido, um ano depois de ter ajudado a seleção sul-americana ganhar a Taça das Confederações. “Fui chamado ao escrete, participei no França-98. Foi muito bom para mim. Ainda hoje lembro a minha passagem aí por Portugal como dos melhores anos da minha carreira”, recordou ao Maisfutebol em abril de 2014. “Tenho as melhores memórias do FC Porto. É um grande clube, ganhador, respeitado… Deixei aí muitos amigos”, acrescentou.
 
 
No início da temporada seguinte, marcada pela conquista do pentacampeonato, mostrou uma versão ainda melhor, tendo ficado na memória dos portistas o hat trick ao Sporting no campeonato e o golaço que apontou ao Dínamo Zagreb na Liga dos Campeões. “Claro que me recordo disso! Foi um bom momento, saiu bem… O FC Porto sempre foi forte nos jogos em casa para a Champions”, lembrou.
 
 
Em janeiro de 1999 transferiu-se para os italianos da Sampdoria, despedindo-se das Antas ao fim de 40 jogos e seis golos de dragão ao peito, e nos anos que se seguiu consolidou uma bela carreira nos principais campeonatos europeus, também ao serviço dos espanhóis do Celta de Vigo e dos ingleses do Middlesbrough, tendo vencido uma Taça da Liga de Inglaterra em 2003-04 e ajudado o Boro a atingir a final da Taça UEFA em 2005-06. Porém, não voltou a ser chamado à seleção brasileira. “Sentia-me muito bem no FC Porto, mas para o clube e para mim foi muito bom em termos financeiros. Não havia forma de poder recusar e a verdade é que ainda fui campeão de Portugal”, afirmou ao Record em setembro de 2001, quando estava no Celta.
 
Entretanto pendurou as botas devido a problemas cardíacos, tornou-se treinador e até teve um início de carreira promissor, tendo guiado o modesto Ituano à conquista do Campeonato Paulista em 2014 e o Vasco da Gama à conquista do Campeonato Carioca em 2015. Contudo, não conseguiu dar sequência a esse bom arranque e hoje em dia até nem é técnico principal, mas sim adjunto de Sylvinho na seleção da Albânia.
 



 





 
 
 

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