O brasileiro que foi vice-campeão mundial quando jogava no FC Porto. Quem se lembra de Doriva?
Doriva somou 40 jogos e seis golos pelo FC Porto
Médio brasileiro de qualidade e
que era dotado de um pontapé-canhão, uma espécie de moda na década de 1990 mas
cada vez mais uma característica em risco de extinção, Doriva representou o FC
Porto entre janeiro de 1998 e janeiro de 1999. Um ano apenas, mas
suficiente para deixar a sua marca.
Depois de ter feito parte de um
grande São
Paulo, que venceu a Supercopa Libertadores, a Taça Intercontinental e a
Recopa Sul-Americana entre 1993 e 1994, transferiu-se para o XV de Piracicaba,
que na altura era patrocinado companhia aérea TAM e contratou jogadores de
gabarito para atacar o Campeonato Paulista de 1995. Foi precisamente quando o
centrocampista representava o modesto emblema do interior de São Paulo que foi
chamado pela primeira vez à seleção
brasileira, em maio de 1995. Entretanto transferiu-se para o Atlético
Mineiro, de onde saiu para o FC
Porto no início de 1998, a tempo de participar na conquista da dobradinha festejada
pelos dragões
nesse ano. E no final dessa época de 1997-98 foi convocado para o Mundial 1998,
em França, no qual o escrete
foi finalista vencido, um ano depois de ter ajudado a seleção sul-americana
ganhar a Taça das Confederações. “Fui chamado ao escrete,
participei no França-98. Foi muito bom para mim. Ainda hoje lembro a minha
passagem aí por Portugal como dos melhores anos da minha carreira”, recordou ao
Maisfutebol
em abril de 2014. “Tenho as melhores memórias do FC
Porto. É um grande clube, ganhador, respeitado… Deixei aí muitos amigos”,
acrescentou.
No início da temporada seguinte,
marcada pela conquista do pentacampeonato, mostrou uma versão ainda melhor,
tendo ficado na memória dos portistas o hat trick ao Sporting
no campeonato e o golaço que apontou ao Dínamo Zagreb na Liga
dos Campeões. “Claro que me recordo disso! Foi um bom momento, saiu bem… O FC
Porto sempre foi forte nos jogos em casa para a Champions”,
lembrou.
Em janeiro de 1999 transferiu-se para
os italianos da Sampdoria,
despedindo-se das Antas ao fim de 40 jogos e seis golos de dragão
ao peito, e nos anos que se seguiu consolidou uma bela carreira nos principais
campeonatos europeus, também ao serviço dos espanhóis do Celta
de Vigo e dos ingleses do Middlesbrough,
tendo vencido uma Taça da Liga de Inglaterra em 2003-04 e ajudado o Boro
a atingir a final da Taça
UEFA em 2005-06. Porém, não voltou a ser chamado à seleção
brasileira. “Sentia-me muito bem no FC
Porto, mas para o clube e para mim foi muito bom em termos financeiros. Não
havia forma de poder recusar e a verdade é que ainda fui campeão de Portugal”,
afirmou ao Record
em setembro de 2001, quando estava no Celta. Entretanto pendurou as botas
devido a problemas cardíacos, tornou-se treinador e até teve um início de
carreira promissor, tendo guiado o modesto Ituano
à conquista do Campeonato
Paulista em 2014 e o Vasco
da Gama à conquista do Campeonato Carioca em 2015. Contudo, não conseguiu
dar sequência a esse bom arranque e hoje em dia até nem é técnico principal,
mas sim adjunto de Sylvinho na seleção
da Albânia.
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