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Foto: Vitória Futebol Clube |
Ontem tive a oportunidade de ser
um dos mais de 5100 espetadores que estiveram presentes no
Vitória
de Setúbal-
União
de Santarém, um jogo da jornada inaugural da fase de promoção à Liga 3, entre
os primeiros classificados das séries C e D, mas já com cheirinho e nível de
Liga 3.
Depois de cerca de hora em que os
sadinos
assumiram a iniciativa e os
ribatejanos
tentaram explorar sobretudo o contra-ataque de uma forma muito organizada e
venenosa, os últimos 30 minutos ficaram marcados pelo sofrimento de quem (como
eu, não vale a pena ser hipócrita…) apoiava a
equipa
da casa.
A substituição do médio
ofensivo/extremo Daniel Carvalho pelo centrocampista mais defensivo
Paulo
Lima, aos 60 minutos, veio acompanhada de uma mensagem para baixar o bloco.
A equipa confiante que havia acabado de
chegar ao 2-1 tornou-se numa equipa receosa, a praticamente abdicar de atacar
para se agarrar com unhas e dentes a uma vantagem tangencial, numa altura em
que ainda faltava muito tempo de jogo.
Adicionalmente, a equipa do
Vitória
demorou a compreender que estava a jogar contra o vento na segunda parte. Os
pontapés de baliza, com bolas bombeadas para o meio campo porque a pressão alta
da
União
de Santarém assim o obrigava, não levavam a bola para tão longe quanto
desejável. A situação ocorria repetidamente, mas a equipa
vitoriana
continuava a apresentar-se demasiado estendida no campo nesses lances, ou seja,
com dois ou três jogadores mais adiantados relativamente à zona onde a bola
acabava por cair. De frente para o jogo e com o vento a favor, os centrais
unionistas
ganhavam nas alturas e iniciavam ataques à baliza do irrepreensível Tiago Neto,
o homem do jogo, protagonista de várias defesas espetaculares.
Noutras ocasiões, o
posicionamento da defesa à zona do
Vitória
não se ajustou ao vento contra, permitindo situações aflitivas de ataque à
profundidade, com o lado esquerdo defendido por Gonçalo Maria a ser muito
castigado.
O cerco quase ininterrupto de
meia hora à baliza
setubalense
fez lembrar aquele
Vitória-
Oliveira
do Hospital de má memória, no qual os sadinos começaram a defender a
vantagem tangencial demasiado cedo e acabaram por sofrer o golo que ditou a
despromoção ao
Campeonato
de Portugal. Felizmente para os
vitorianos
e infelizmente para os
scalabitanos,
desta feita o desfecho foi diferente.
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