Data: 8
de maio de 2022
Arena: Dunkin' Donuts Center
Localidade: Providence, Rhode Island
Seth "Freakin" Rollins vs. Cody Rhodes
Por muito espetaculares que sejam as piruetas que
determinados wrestlers façam, pro
wrestling é storytelling. Ver Seth
Rollins conseguir prever os golpes de Cody, dando
a entender que agora estava preparado para defrontar o American Nightmare ao contrário do que tinha acontecido na WrestleMania, é isso mesmo.
Que Cody Rhodes negociou o seu regresso à WWE a partir de
uma posição forte, não há dúvidas, mas utilizar um Cody Cutter que visualmente em nada é inferior ao RKO e esse não ser o seu finisher não deve ser propriamente do
agrado de Randy
Orton.
Após Cody falhar um Moonsault,
Rollins aplicou o Pedigree,
mas os efeitos daquele que era o finisher
de Triple
H não passaram da near fall. Logo a seguir, Rollins começou a aplicar alguns socos à maneira de Dusty Rhodes,
mas após uma série de reverses e near
falls, Cody alcançou a vitória após um roll-up
em que puxou os calções de Rollins, mediatamente depois de Rollins ter tentado fazer o mesmo. Ou seja, uma maneira airosa de
Cody alcançar uma segunda vitória sobre Rollins sem que este saia demasiado fragilizado.
Vencedor:
Cody Rhodes
Nota: 9/10
Bobby Lashley vs. Omos
Bobby Lashley
surgiu neste combate bem mais proativo do que na WrestleMania,
em que quase se limitou a jogar no erro do adversário. Além disso, houve um
ingrediente adicional: a presença de MVP no canto de Omos.
Embora estivesse a dar conta do recado, tendo em conta que
se tratava de um combate entre David e Golias, Lashley sentiu na pele as várias
interferências de MVP e saiu derrotado após ter sido atingido na cabeça pela
bengala do seu antigo manager e
depois de ser plantado por Omos no centro do ringue.
Não foi um combate tecnicamente brilhante, mas foi um duelo
em que o storytelling se fez sentir
com qualidade, com o público a mostrar-se do lado de Lashley.
Vencedor:
Omos
Nota: 6/10
(Damian Priest banido da zona adjacente ao
ringue)
AJ
Styles iniciou o combate com muita agressividade, mostrando grande vontade
de obter um resultado diferente do que se verificou na WrestleMania.
Se no combate entre Rollins e Cody vimos dois lutadores no seu auge, que conseguiram
imprimir um ritmo elevado durante toda a contenda, desta feita assistimos a um
duelo disputado a um ritmo mais morno, entre dois lutadores que se começam a
aproximar dos 50 anos de idade. Além disso, este Edge vs. Styles II também não foi propriamente um tratado em termos de storytelling.
Paralelamente, o público também não se mostrou muito
entusiasmado. O kick out de Styles a seguir a um Spear
não obteve grande reação e o mesmo aconteceu quando Edge se safou do assentamento que se seguiu a um Styles Clash.
Entretanto, Damian Priest surgiu na rampa e foi atacado por
Finn
Bálor, mas um outro indivíduo apareceu em cena
opara puxar o braço de Styles e proporcionar a Edge a possibilidade de aplicar uma espécie de Crossface no Phenomenal One. Styles não desistiu, mas ficou inconsciente, o que resultou no
triunfo de Edge.
Após o final do combate, foi revelado que quem interferiu
no combate foi Rhea Ripley.
Vencedor:
Edge
Nota: 5,5/10
Charlotte Flair (c) vs. Ronda Rousey
Combate bastante agressivo. Depois de nos minutos iniciam
ambas terem apostado em submissões para saírem vencedoras, Ronda Rousey
introduziu um kendo stick e Charlotte
foi buscar dois para ficar em superioridade durante algum tempo, num duelo que
passou por ringue, zona entre o ringue e a mesa de comentadores, rampa e
plateia.
Bastante orgulhosas, Charlotte e Ronda deram a entender que
podiam estar a lutar a noite inteira sem que nenhuma dissesse “I Quit”, tal a
forma como pareciam estar a resistir a todo o tipo de dor.
No entanto, Ronda Rousey prendeu o Armbar com uma cadeira pelo meio, torceu o braço de Charlotte até
ao limite e obrigou-a a dizer “I Quit”.
Vencedora:
Ronda Rousey (nova campeã)
Nota: 9/10
Happy Corbin vs. Madcap Moss
Um bom combate para encaixar como popcorn match. Happy Corbin é aquele tipo de que ninguém gosta, o
que não é necessariamente mau, pois torna-o num heel por natureza, muito capaz de valorizados os adversários como babyfaces.
Contudo, o público não deu grande importância à contenda,
tendo em conta que não esboçou grande reação quando Madcap Moss fez o kick out a um Deep Six, o finisher de
Happy Corbin. O mesmo aconteceu instantes depois, quando Moss alcançou o
triunfo na sequência de um Sunset Flip.
Vencedor:
Madcap Moss
Nota: 4/10
Drew McIntyre e RK-Bro (Randy Orton e Riddle) vs. The Bloodline [Roman Reigns e The Usos (Jey Uso e Jimmy Uso)]
Não deixa de ser irónico que, no ano em que a WWE decidiu
substituir a o termo pay-per-view por
premium live event, tenha abdicado do
algo verdadeiramente premium, a unificação dos títulos de equipas e um combate
entre Roman
Reigns e Randy
Orton pelo principal título da companhia, para dar um 6-man tag team match que teria cabido certamente em algum episódio
do Smackdown.
The Bloodline dominou grande parte dos primeiros dez
minutos de combate e nem foi preciso Roman
Reigns estar muito tempo em ringue. Entretanto, Reigns
coincidiu em ringue com McIntyre, com o campeão a sentir dificuldades no duelo
particular com o escocês.
Pouco depois, Randy
Orton aplicou um RKO tanto em Reigns
como em Jimmy Uso, mas quando se preparava para vencer Jimmy, Jey interrompeu o
assentamento.
Após Riddle ter executado um RKO em Jey Uso, Roman
Reigns deu a vitória à sua equipa após um Spear em Riddle.
Vencedores:
The Bloodline [Roman
Reigns e The Usos (Jey Uso e Jimmy Uso)]
Nota: 8,5/10
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