Dez jogadores que fazem parte da história do Carapinheirense |
Promovido ao Campeonato de Portugal por decisão da Federação Portuguesa de Futebol em virtude de se
encontrar no primeiro lugar da Divisão de Honra da AF
Coimbra à data da suspensão dos campeonatos devido à pandemia,
o Clube Desportivo Carapinheirense regressou a um patamar competitivo no
qual já tinha competido 2013-14 e 2016-17.
Fundado a 23 de abril de 1959, o
clube de Carapinheira, concelho de Montemor-o-Velho, tem passado grande parte
da sua existência nos campeonatos distritais, mas ainda assim acumulou duas
presenças na extinta III Divisão, em 1977-78 e 1979-80.
Mais tarde, o Carapinheirense
haveria de se estrear no recém-criado Campeonato de Portugal logo na edição
inaugural, em 2013-14, repetindo a presença três épocas depois, mas em ambas não
evitou a queda aos campeonatos distritais. Agora, em 2020-21, está de regresso
à competição.
No total, 62 futebolistas jogaram pelo clube do distrito
de Coimbra no terceiro escalão do futebol português. Vale por isso a pena
recordar os 11 que o fizeram por mais vezes.
11. Miguel Cá (31 jogos)
Miguel Cá |
Defesa central irmão mais velho
do que o internacional jovem português Agostinho Cá, tem feito toda a carreira
na região centro. Depois de sair dos juniores da Naval passou por Penelense, Gândara,
Guiense e Tocha, adquirindo alguma experiência de campeonatos nacionais antes
de reforçar o Carapinheirense no verão de 2013.
Titular indiscutível desde o
início ao fim no Campeonato de Portugal, atuou em 31 partidas (todas como titular) e
apontou dois golos, diante de Naval e Pampilhosa, ainda assim insuficientes
para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão
mudou-se para o Sp. Pombal, clube que tem representado até hoje.
10. Patrick (32 jogos)
Patrick |
Lateral direito nascido na Suíça, mas desde tenra idade em Portugal, fez a maior parte da formação na Académica, à exceção de dois anos no Sporting ao lado de Eric Dier, Tobias Figueiredo, Filipe Chaby, Carlos Mané e Iuri Medeiros.
Assim que subiu a sénior rumou ao Carapinheirense, impondo-se como dono e senhor do lado direito da defesa dos azuis e brancos, tendo disputado os 32 jogos (31 a titular) do campeonato. Porém, foi impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão voltou à Suíça, tendo prosseguido o seu trajeto no futebol em terras helvéticas.
9. Guilherme (33 jogos)
Guilherme |
Mais um brasileiro, desta vez um jogador polivalente, capaz de atuar como defesa central ou médio defensivo. Após surgir em Portugal para atuar pelos juniores do União de Coimbra em 2013-14, subiu a sénior no ano seguinte e mudou-se para o Carapinheirense.
Na segunda temporada na formação do concelho de Montemor-o-Velho conquistou o título distrital e a Taça AF Coimbra.
Depois da promoção ao Campeonato de Portugal continuou no clube e em 2016-17 atuou em 33 partidas (todas a titular) no terceiro escalão do futebol português, não conseguindo evitar a descida de divisão.
Após a despromoção mudou-se para o Oleiros, clube que representou até este verão, quando se mudou para o Benfica Castelo Branco.
8. João Neves (34 jogos)
João Neves |
Na estreia no terceiro escalão do futebol português foi titular nas 34 jornadas do campeonato (e só foi substituído uma vez) e apontou um golo ao Vitória de Sernache, mas não evitou a despromoção.
Haveria de continuar no clube por mais uma época, na Divisão de Honra da AF Coimbra, mudando-se depois para o Ançã.
7. Carlos Lima (35 jogos)
Carlos Lima |
Médio defensivo cabo-verdiano
de elevada estatura (1,88 m) que tem feito toda a carreira em Portugal, foi
evoluindo nos distritais da AF Leiria e da AF
Coimbra ao serviço de Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos e Pampilhosense antes
de reforçar o Carapinheirense no verão de 2016.
Em 2016-17 foi titularíssimo no Campeonato
de Portugal, tendo participado em 29 partidas (28 a titular) e marcado um
golo à Naval, ainda assim insuficiente para evitar a descida de divisão.Na temporada seguinte manteve-se no clube e depois passou pelo Mortágua e voltou ao Pampilhosense antes de regressar a Carapinheira no verão de 2019 para contribuir para a promoção ao Campeonato de Portugal.
Esta época leva já seis encontros e um golo ao Sertanense no terceiro escalão do futebol português.
6. Michael Araújo (38 jogos)
Michael Araújo |
Médio brasileiro de características ofensivas há largos anos em Portugal, nomeadamente na região Centro, trocou o Tocha pelo vizinho Carapinheirense no verão de 2013 e desde cedo se assumiu como titular indiscutível, tendo atuado em 30 das 32 partidas do campeonato e apontado três golos, um ao Sertanense e dois ao Águias do Moradal.
Após a descida de divisão rumou à Académica B, mas desde dezembro de 2014 que tem prosseguido a carreira no Campeonato de Portugal. Primeiro ao serviço do Mortágua, depois com a camisola do Oleiros.
Porém, esta temporada está a jogar novamente pelo Carapinheirense, levando já oito jogos (todos a titular) e um golo.
5. Pedro Luís Costa (41 jogos)
Pedro Costa |
Lateral esquerdo brasileiro, surgiu em Carapinheira no verão de 2014, ajudou o Carapinheirense a conquistar o título distrital da AF Coimbra e consequentemente a ascender ao Campeonato de Portugal em 2016 e depois foi um titular indiscutível na campanha da formação do concelho de Montemor-o-Velho no terceiro escalão do futebol português em 2016-17.
Em 34 jogos possíveis, Pedro Costa atuou em 32, todos na condição de titular, mas foi impotente para evitar a despromoção, que haveria de ficar ditada no playoff com o Mirandela.
Após a descida de divisão manteve-se no Campeonato de Portugal com a camisola do Oleiros, mas depois de passar pelo Mortágua voltou ao Carapinheirense no verão de 2019.
Esta temporada contabiliza já nove encontros no terceiro escalão do futebol português, todos na condição de titular.
Em 34 jogos possíveis, Pedro Costa atuou em 32, todos na condição de titular, mas foi impotente para evitar a despromoção, que haveria de ficar ditada no playoff com o Mirandela.
Após a descida de divisão manteve-se no Campeonato de Portugal com a camisola do Oleiros, mas depois de passar pelo Mortágua voltou ao Carapinheirense no verão de 2019.
Esta temporada contabiliza já nove encontros no terceiro escalão do futebol português, todos na condição de titular.
4. Cleiton (47 jogos)
Cleiton |
Mais um brasileiro há muito tempo
radicado em Portugal, onde entrou pela porta do Alcanenense em 2010-11. Após
ter adquirido alguma experiência nos campeonatos nacionais ao serviço de
Monsanto e Pampilhosa, este extremo direito reforçou o Carapinheirense no final
de fevereiro de 2014.
Em cerca de dois meses, foi a
tempo de disputar seis jogos (dois a titular) e marcar um golo, logo na
estreia, frente ao Águias do Moradal, não evitando ainda assim a queda nos
distritais.
Porém, haveria de continuar no
clube após a descida de divisão e em 2016 contribuiu para a conquista da Taça AF
Coimbra, o título distrital e a consequente promoção ao Campeonato de Portugal.
Em 2016-17 atuou em 32 partidas
(21 a titular) e apontou 10 golos no terceiro escalão do futebol português, um
belíssimo registo, que faz dele o melhor marcador de sempre do clube na
competição, mas insuficiente para evitar nova despromoção aos distritais. Fátima
(três), Naval (quatro), Operário, Oleiros e Vilafranquense
foram as vítimas de Cleiton.
Haveria de manter-se no clube
mais uma temporada. Em 2018-19 atuou pelo Mortágua, nos distritais da AF Viseu,
mas na época seguinte voltou a Carapinheira para contribuir para nova subida de
divisão.
“Tinha estado três épocas no
Carapinheirense. No ano passado fui para o Mortágua, mas a minha esposa ficou
grávida e era mais perto de casa, optei por regressar a Coimbra.
Além disso já tinha entrado para a história do Carapinheirense no ano do
triplete, em que já tinha sido o melhor marcador do campeonato, então foi fácil
a opção pelo regresso. Estamos em 1.º, estou muito feliz, e temos de continuar
a trabalhar para conseguirmos os nossos objetivos, de subir, ser campeão e
fazer história”, afirmou o atacante canarinho em fevereiro de 2020 ao Diário As Beiras, dias após ter
apontado cinco golos na vitória sobre o Marialvas (5-2).
De regresso ao Campeonato de Portugal esta temporada, soma já nove jogos (sete a titular) e dois golos pelo emblema do concelho de Montemor-o-Velho.
3. Ricardo Faria (52 jogos)
Ricardo Faria |
Ponta de lança de elevada
estatura (1,90 m), passou pelos juniores do Carapinheirense entre 2006 e 2008,
mas só haveria de chegar à equipa principal em 2011, depois de três anos no
Ançã.
Em 2013 marcou golos decisivos
que valeram a conquista do título distrital e a consequente promoção ao então
recém-criado Campeonato Nacional de Seniores, no qual Ricardo Faria teve
dificuldades em impor-se, não indo além de um golo ao Tourizense (de penálti) em
31 jogos (17 a titular) e não evitando a despromoção.
Porém, o avançado continuou no
clube e contribuiu para a conquista da Taça AF
Coimbra, novo título distrital e consequente subida ao Campeonato de Portugal em 2016. Em mais uma época no terceiro escalão do futebol português,
atuou em 16 partidas (11 a titular) e apontou quatro golos, diante de União
de Leiria, Oleiros, Sp. Ideal e Naval.
Mais uma vez continuou ao serviço
do emblema do concelho de Montemor-o-Velho após uma descida de divisão em 2020
ajudou o Carapinheirense a alcançar nova promoção ao Campeonato de Portugal.
Esta época já participou em cinco encontros no terceiro escalão, todos na condição de suplente utilizado.
2. Paulo André (56 jogos)
Paulo André |
Um guarda-redes que é uma espécie
de sr. Carapinheirense.
Ligado ao clube durante cerca de
um quarto de século, entrou no emblema do concelho de Montemor-o-Velho em 1995
e ainda por lá continua – pelo meio, passou pelos juvenis da Naval entre 1999 e
2001. “O meu primeiro treinador, o mister Zé da Caneca, perguntou quem queria
ir para a baliza e eu fui o primeiro e único a responder que sim. Desde aí
apaixonei-me pela posição e assim continuei até aos dias de hoje”, contou à
página Cantinho do Guarda-Redes.
A primeira subida de divisão de
Paulo André remonta a 2005, na altura do segundo ao primeiro escalão da AF
Coimbra, contribuindo depois para a consolidação dos azuis e brancos no
patamar maior do futebol distrital. Haveriam de se seguir mais três promoções,
mas ao Campeonato de Portugal, em 2013, 2016 e 2020, tendo ainda conquista a
Taça AF
Coimbra em 2006.
No terceiro escalão do futebol português atuou em 56 partidas e sofreu 74 golos. Em 2013-14 dividiu a
titularidade com Luís Pedro, tendo jogado em 14 jogos e sofrido 17 golos; e três
anos depois foi titular indiscutível, sofrendo 44 golos em 33 encontros. Em
ambas as ocasiões, foi impotente para evitar a despromoção, mas em 2020-21 procura sorte diferente, tendo já atuado em nove partidas e encaixado 13 golos.
1. Seidy (62 jogos)
Seidy |
Médio cabo-verdiano há bastante
tempo radicado em Portugal, reforçou o Carapinheirense na época 2009-10,
iniciando aí uma ligação ao clube que haveria de durar até ao verão de 2018.
Em 2013 ajudou o emblema do
concelho de Montemor-o-Velho a conquistar o título distrital e consequentemente
a regressar aos campeonatos nacionais, atuando nos 32 jogos (29 a titular) do
então recém-criado Campeonato Nacional de Seniores e marcado um golo ao
Tourizense na temporada seguinte.
Seguiram-se mais duas épocas na
Divisão de Honra da AF
Coimbra, a segunda coroada com a conquista de mais um título distrital e da
Taça AF
Coimbra. E no regresso ao Campeonato de Portugal, em 2016-17, disputou 30
partidas (28 a titular) e apontou cinco golos, diante de Fátima, Oleiros, Vilafranquense
e Naval (dois).
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