Gerrard procura fugir a Ujfalusi no jogo do Vicente Calderón |
Não vi os jogos, mas
lembro-me bem deles. Na primeira edição da Liga
Europa sob a nova designação, o Atlético
Madrid eliminou o Sporting nos oitavos de final e o Liverpool
afastou o Benfica
nos quartos-de-final, com rojiblancos
e reds a marcarem encontro para as meias-finais.
Recordo-me de ambas as
equipas se terem defrontado e de o Atleti
ter seguido em frente, à justa, mas confesso que já não me
lembrava dos resultados. Felizmente que há Internet e várias bases
de dados para me esclarecerem quanto a isso.
Na primeira-mão,
disputada a 22 de abril de 2010 no Vicente Calderón, o Atlético
de Quique Flores, que na época anterior tinha orientado o Benfica,
venceu por 1-0, com um golo solitário de uma das principais estrelas
da equipa, o avançado uruguaio Diego Forlán, logo aos nove minutos,
após um cruzamento do médio ofensivo espanhol Jurado pela esquerda
e alguma atrapalhação na hora da finalização.
“Num jogo em que o
Liverpool sentiu muito a ausência de Torres e nunca pôs em perigo a
defesa espanhola, Forlán apontou o único golo que vale preciosa
vantagem à equipa de Quique Flores, antes da viagem a Anfield. O
Atlético
Madrid, mercê de um golo estranho apontado por Diego Forlán,
deu um passo muito importante em direção a Hamburgo, cidade onde se
vai disputar a final da Liga
Europa, perante um Liverpool desgastado pelas quase 24 horas de
viagem entre Liverpool e a capital
espanhola mas, acima de tudo, sem ideias para fazer face à
ausência de Fernando Torres, o abono de família dos reds”,
escreveu o jornal O Jogo.
Nos colchoneros
jogavam ainda o jovem guarda-redes de 19 anos David De Gea, o
internacional português Simão Sabrosa, o antigo médio defensivo
portista Paulo Assunção, o antigo extremo benfiquista
José Antonio Reyes e vários futebolistas espanhóis de qualidade
como os centrais Álvaro Domínguez e Juanito, o defesa esquerdo
Antonio López e o médio ofensivo Raúl García. Havia também o
irrequieto avançado argentino Kun Agüero, principal carrasco do
Sporting nos quartos-de-final.
O Liverpool, campeão
europeu cinco anos antes, tinha ainda no banco o obreiro dessa
conquista, o treinador espanhol Rafael Benítez, assim como o defesa
Jamie Carragher e o médio Steven Gerrard. O médio argentino Javier
Mascherano e o extremo holandês Dirk Kuyt eram outras das figuras de
uma equipa em curva descendente após um grande início de século
XXI, ao ponto de nessa época ter terminado o campeonato inglês em
7.º lugar. No mercado de inverno, o emblema de Merseyside tinha
perdido o goleador Fernando Torres para o Chelsea.
No jogo de Anfield, os
reds adiantaram-se no marcador e empataram a eliminatória à
beira do intervalo pelo médio italiano Alberto Aquilani, que chegou
ao clube nessa temporada proveniente da AS Roma, através de um
remate à meia volta à entrada da área. O resultado manteve-se até
ao final dos 90 minutos, o que atirou a decisão para prolongamento.
No início do
prolongamento, o extremo israelita Yossi Benayoun deu pela primeira
vez vantagem ao Liverpool na eliminatória, num remate cruzado de pé
esquerdo na resposta a um grande passe do médio brasileiro Lucas
Leiva (95'). Porém, Forlán voltou a ser decisivo, fazendo o 2-1 e
devolvendo a vantagem na eliminatória aos colchoneros,
desviando ao segundo poste um cruzamento açucarado de Reyes (102').
“O Atlético
Madrid garantiu a presença na final da Liga
Europa, numa eliminatória com um denominador comum: Forlán. O
avançado uruguaio fez os dois golos que colocam os colchoneros
numa final europeia 24 anos depois – onde perdeu a já extinta Taça
das Taças para o Dínamo de Kiev – e conquistou um lugar eterno
nos corações dos adeptos do Atlético.
Curiosamente, os colchoneros
chegam à final depois de terem vencido apenas dois jogos em 14
possíveis, contando com os da fase de grupos da Liga dos Campeões –
são a quarta equipa a conseguir tal feito, depois do Áustria Viena
em 1977/78, Antuérpia em 1992/93 e Glasgow
Rangers em 2007/08”, podia ler-se no jornal O Jogo.
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