Gilista Douala em luta com o lateral benfiquista Armando Sá |
Benfica e Gil Vicente já
protagonizaram mais de quatro dezenas de encontros desde o início da
década de 1990, entre os quais a final
da Taça da Liga em 2011-12.
Em relação às minhas
primeiras memórias de confrontos entre as duas equipas, tenho uma
vaga ideia do empate a zero na Luz em dezembro de 2000, num jogo que
maioritariamente acompanhei pela rádio numa tarde em que estive em
Pinhal Novo a assistir a um Pinhalnovense-Fabril
da antiga III Divisão. “Benfica triste e descrente ganhou um ponto
e vá lá...”, resumiu
o Record.
Não tenho qualquer
recordação do encontro da segunda volta, que os gilistas venceram
por 3-0, mas tenho uma vaga ideia do golo de chapéu de Fernando
Meira em outubro de 2001, na vitória benfiquista por 2-0 na Luz.
Recordo melhor o duelo de
9 de março de 2002 no Estádio Adelino Ribeiro Novo, que ficou
marcado pela vitória do Benfica de Jesualdo Ferreira por 2-0 sobre o Gil Vicente de Vítor Oliveira, num resultado construído
na primeira parte, e pela estreia a titular do jovem guarda-redes
Moreira.
O central brasileiro
Argel inaugurou o marcador logo aos três minutos, na sequência de
um livre no lado esquerdo de Simão, e Drulovic
aumentou a contagem aos 20', após bom trabalho de Simão na
esquerda.
“Simão faz-tudo armou
o festival. Um impressionante banho de bola. O Benfica fez o que quis
contra o Gil Vicente e ainda lhe sobrou tempo para adornar o triunfo.
Simão pintou a manta e, de ponta-de-lança de recurso de uma equipa
desfalcada, passou num ápice a herói de uma exibição espetacular.
Está dado o aviso à navegação na corrida à presença na Taça
UEFA. Os encarnados recuperaram do desastre contra a U.
Leiria, recolaram ao FC Porto e afirmaram a plenos pulmões que
não se rendem. O despique promete”, resumiu
o Record.
Sobre o estreante
Moreira, que antes só tinha jogado os últimos seis minutos de uma
receção ao Vitória
de Guimarães em novembro de 2001, a imprensa foi elogiosa. “Um
cruzamento largo de Joca para cabeçada de Paulo Alves foi a única
ocasião em que Moreira pôde arrancar alguns aplausos no primeiro
tempo. Seria difícil imaginar uma estreia a titular mais calma para
o promissor guardião”, mencionou
o Record. “Para mais tarde recordar. Aos 19 anos,
estreou-se a titular e não se lhe notou o nervosismo que poderia
advir de tamanha responsabilidade. Beneficiou da quase total
inoperância ofensiva do adversário, que lhe garantiu uma noite sem
grandes sobressaltos, impedindo-o de mostrar serviço. Mesmo assim,
interveio com total segurança no único lance mais complicado,
quando Sérgio Gameiro surgiu isolado, aos 69’, mas o jovem número
12 anulou o perigo com mãos de ferro”, frisou o jornal O Jogo,
sobre aquele que seria o segundo de 148 encontros de Moreira na
baliza do Benfica.
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