Tem-se falado pouco disso, mas há
muito que um dos mais recentes reforços do Sporting, Jesé Rodríguez, é falado
em Portugal. Entre o final de 2011 e o verão de 2012, o avançado espanhol foi
por diversas vezes apontado ao Benfica de Jorge
Jesus. Foi nessa altura que ouvi falar pela primeira vez nele.
A 31 de outubro de 2011, quando o
jogador tinha ainda 18 anos, foi colocado na órbita das águias pela primeira
vez. “Jesé apontado ao Benfica”, noticiava A
Bola, dando conta dos relatos da comunicação social espanhola, numa altura
em que o atacante jogava ainda no Real Madrid Castilla, equipa B dos merengues.
No dia seguinte, o empresário do
jogador abordou o alegado interesse. “O Benfica é um dos grandes clubes da
Europa, qualquer jogador gostaria de jogar no Benfica. Seria uma boa opção”,
garantiu Ginés Carvajal, citado
pelo zerozero, descrevendo o seu cliente como um futebol “muito atrevido e
com imaginação”.
Depois de alguns meses sem se tocar
no assunto, o nome de Jesé voltou à baila no final de abril de 2012, quando o
espanhol continuava sem ser opção para José
Mourinho na equipa principal do Real Madrid e as águias já só pensavam no
mercado de transferências depois de terem perdido a corrida pelo título para o
FC Porto.
Foi então que o jornal Record decidiu ouvir o antigo
guarda-redes merengue Paco Buyo sobre
o então jovem jogador, com a lenda do emblema da capital espanhola a introduzir
na conversa o nome do… Sporting. “O melhor que ele tem a fazer é sair
episodicamente do Real Madrid para dispor de mais minutos de competição, algo
que se afigura complicado na principal equipa blanca. Assim sendo, não tenho quaisquer dúvidas de que ir para o
Benfica ou Sporting será um passo intermédio magnífico para Jesé. Julgo que
permitir-lhe-á progredir muito a nível futebolístico”, referiu ao jornal
desportivo português.
Alguns dias depois, a 3 de maio,
o mesmo Record deu conta de um “acordo
de carvalheiros” entre Benfica e Real Madrid num negócio que levaria o Axel
Witsel para o Santiago Bernabéu e Jesé Rodríguez para a Luz.
A novela foi-se arrastando pelo
verão de 2012, quando tiver a oportunidade de vê-lo jogar pela primeira vez num
encontro entre Portugal e Espanha no Campeonato da Europa de sub-19. O jogo terminou
empatado a três golos. E adivinhem quem marcou os de la roja? Sim. Ele mesmo, Jesé Rodríguez. O primeiro a passe de Óliver
Torres (8 minutos), o segundo na sequência de uma jogada individual (28’) e
o terceiro com assistência de Gerard Deulofeu (48’). A título de curiosidade,
para a seleção portuguesa faturaram Bruma,
André Gomes e João
Mário (grande penalidade).
Ainda nesse torneio, observei-o
na meia-final
com a França de Areóla, Umtiti e Pogba e na final
com a Grécia. “Jesé
Rodríguez esteve sempre à procura de uma oportunidade para marcar, mas desta
vez ficou em branco”, foi a minha apreciação no jogo com os gauleses.
Como se pode entender, a seleção
espanhola conquistou o título europeu. Além de Jesé, melhor marcador do Europeu
com cinco golos, faziam parte dessa equipa jogadores como Kepa, Grimaldo, Suso,
Paco Alcácer, Óliver
Torres, Gerard Deulofeu, Bernat e Denis Suárez.
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