Diego Souza está no Botafogo por empréstimo do São Paulo |
Quando foi contratado ao Fluminense
pelo Benfica no verão de 2006, Diego Souza era um médio mas não necessariamente
um médio ofensivo. Fez a pré-época com Fernando Santos, disputou vários
particulares e foi convocado para as duas mãos da 3.ª pré-eliminatória da Liga
dos Campeões frente ao Áustria Viena e para um jogo diante do Nacional para
o campeonato, mas não chegou a estrear-se oficialmente pelo clube da Luz.
Foi emprestado ao Grêmio
na segunda parte da época, transferido para o Palmeiras
no ano seguinte e raramente se voltou a falar dele em Portugal.
Durante todo este tempo, correu
meio Brasileirão,
passou pelos sauditas do Al Ittihad, pelos ucranianos do Metalist e foi
internacional carinho por sete vezes, com dois golos apontados. Percorreu
praticamente todas as posições do meio-campo para a frente até chegar à de
ponta de lança, tendo sido o melhor marcador do campeonato
brasileiro em 2016, ao serviço dos pernambucanos do Sport do Recife. Hoje,
aos 33 anos, atua no Botafogo por empréstimo do São Paulo.
Físico tornou-se um ponto a favor
O físico pesado, que lhe causou
problemas e motivou críticas, é atualmente um ponto a favor do centroavante do
emblema carioca. Ao 1,86 m de altura junta-se uma robustez corporal que faz
dele um autêntico tanque, a quem é muito difícil de roubar a bola. Por ser
corpulento, aguenta bem as cargas, conseguindo proteger o esférico durante largos
segundos, tanto a contemporizar de costas para a baliza à espera de um
companheiro para lhe passar a bola como a conduzi-la, embora não seja muito
rápido.
Muito solicitado nas chamadas
primeiras bolas, bombeadas da defesa diretamente para o ataque, é forte no jogo
aéreo e por isso ganha muitas vezes esse tipo de lances, mas apesar do aspeto
pesado e desses atributos, não se fixa na área, bem pelo contrário. Gosta de
recuar e aparecer nos flancos, nas zonas que pisava mais frequentemente quando
era médio ou extremo, para participar na elaboração dos ataques. E mesmo em
zona de definição, não revela egoísmo, servindo muitas vezes companheiros em
melhor posição. Embora tenha passado por uma transformação tática que lhe tem
permitido a ele e às equipas que representa tirar um melhor partido das suas
características, vai mostrando que não se esqueceu das movimentações e das
tarefas que tinha quando atuava em posições mais recuadas.
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