terça-feira, 11 de junho de 2019

O tanque do Botafogo que não chegou a estrear-se pelo Benfica

Diego Souza está no Botafogo por empréstimo do São Paulo

Quando foi contratado ao Fluminense pelo Benfica no verão de 2006, Diego Souza era um médio mas não necessariamente um médio ofensivo. Fez a pré-época com Fernando Santos, disputou vários particulares e foi convocado para as duas mãos da 3.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões frente ao Áustria Viena e para um jogo diante do Nacional para o campeonato, mas não chegou a estrear-se oficialmente pelo clube da Luz. Foi emprestado ao Grêmio na segunda parte da época, transferido para o Palmeiras no ano seguinte e raramente se voltou a falar dele em Portugal.


Durante todo este tempo, correu meio Brasileirão, passou pelos sauditas do Al Ittihad, pelos ucranianos do Metalist e foi internacional carinho por sete vezes, com dois golos apontados. Percorreu praticamente todas as posições do meio-campo para a frente até chegar à de ponta de lança, tendo sido o melhor marcador do campeonato brasileiro em 2016, ao serviço dos pernambucanos do Sport do Recife. Hoje, aos 33 anos, atua no Botafogo por empréstimo do São Paulo.

Físico tornou-se um ponto a favor

O físico pesado, que lhe causou problemas e motivou críticas, é atualmente um ponto a favor do centroavante do emblema carioca. Ao 1,86 m de altura junta-se uma robustez corporal que faz dele um autêntico tanque, a quem é muito difícil de roubar a bola. Por ser corpulento, aguenta bem as cargas, conseguindo proteger o esférico durante largos segundos, tanto a contemporizar de costas para a baliza à espera de um companheiro para lhe passar a bola como a conduzi-la, embora não seja muito rápido.


Muito solicitado nas chamadas primeiras bolas, bombeadas da defesa diretamente para o ataque, é forte no jogo aéreo e por isso ganha muitas vezes esse tipo de lances, mas apesar do aspeto pesado e desses atributos, não se fixa na área, bem pelo contrário. Gosta de recuar e aparecer nos flancos, nas zonas que pisava mais frequentemente quando era médio ou extremo, para participar na elaboração dos ataques. E mesmo em zona de definição, não revela egoísmo, servindo muitas vezes companheiros em melhor posição. Embora tenha passado por uma transformação tática que lhe tem permitido a ele e às equipas que representa tirar um melhor partido das suas características, vai mostrando que não se esqueceu das movimentações e das tarefas que tinha quando atuava em posições mais recuadas.




























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