Cristiano Ronaldo num jogo frente ao PSG em julho de 2002 |
Cristiano Ronaldo é um ídolo
planetário: recordista de distinções de melhor jogador do mundo – cinco,
(ainda) a par do eterno rival Lionel Messi -, melhor marcador de sempre da
principal competição de clubes do mundo (Liga dos Campeões), máximo goleador da
história do clube mais dominante a nível global desde que o futebol existe
(Real Madrid), melhor marcador de sempre de seleções europeias e vencedor do
Euro 2016 por uma seleção (Portugal) que não integrava o lote de favoritas.
O mundo aclama-o, mas nós,
portugueses, tivemos a sorte de o ter visto aparecer no futebol sénior, marcar
os primeiros golos pelo Sporting e chegar à seleção nacional e ao Manchester United.
Poucos dias depois de o Sporting
ter conquistado o título nacional e a Taça de Portugal em 2001/02, foi lançada
uma revista – que não me recordo o nome nem a que publicação pertencia – sobre
essa época leonina, em que uma página era dedicada a dois jovens talentos que
estariam na calha para serem lançados pelo treinador László Bölöni: Hugo Valdir
e Cristiano Ronaldo.
Lembro-me disso e de ter achado
estranho o nome do avançado madeirense. No entanto, a minha primeira memória de
um jogo dele remonta a 20 de julho de 2002, cerca de um mês depois de ter
tropeçado na tal página de revista. O emblema verde e branco, desfalcado do
suspenso João Vieira Pinto – devido ao tal soco no árbitro do Coreia do
Sul-Portugal do Mundial 2002 – e do desaparecido Mário Jardel, apresentava-se
aos sócios diante do Paris Saint-Germain, então um dos principais clubes
franceses mas ainda sem o poderio e o mediatismo de que goza nos dias de hoje.
Recordo-me de Cristiano Ronaldo, um
menino de 17 anos e com o número 28 nas costas, ser titular e apelidado pelo
narrador desse jogo – transmitido na RTP1 – como “a nova coqueluche do Sporting”.
Rápido, irreverente e com um aspeto de adolescente, não tinha medo de arriscar
ir para cima dos defesas ou rematar à baliza de longe. Umas vezes era bem-sucedido,
outras nem tanto. “Por volta do quarto de hora da segunda metade, Bölöni trocou
o hoje desinspirado Ronaldo (dois remates de longe, um falhanço de cabeça e
pouco mais) por Quaresma”, pode ler-se na crónica
do Mais Futebol.
O talento era-lhe reconhecido,
mas as oscilações entre momentos de magia e excesso de individualismo marcaram
não só nesse encontro, como a primeira e única temporada na equipa principal do
clube de Alvalade. Fez 25 jogos no campeonato, mas apenas 11 foram enquanto
titular, tendo apontado dois golos – dois ao Moreirense, a 7 de outubro, e um
ao Boavista, 19 dias depois. Disputou mais três partidas na Taça de Portugal -
faturou a Estarreja e Oliveira do Hospital, em ambos a meias com defesas - e
outras tantas nas competições europeias.
O ano que esteve no plantel leonino foi suficiente para eu, então com 10 ou 11 anos, o ter encontrado,
reconhecido e… pedido um autógrafo na Academia do Sporting.
Autógrafo dado no início de 2003 por... CR28 |
E alguns dos seus primeiros golos
oficiais no futebol sénior:
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