River vence em ‘La
Bombonera ’ dez anos depois
Esta tarde, no Estádio La Bombonera , em Buenos Aires , o River
Plate derrotou o Boca Juniors por 2-1, na 10ª jornada do Torneo Final. Lanzini e
Ramiro Funes Mori marcaram para os milionarios,
e Riquelme para os xeneizes.
Eis a constituição das equipas:
Boca
Juniors
O Boca entrou na
10ª jornada em 12º lugar, a seis do líder Colón.
Zárate está
lesionado.
River
Plate
Os Milionarios não vencem na
Bombonera desde maio de 2004.
Após a vitória na última ronda diante do Lanús, o River Plate ascendeu
ao 5º lugar, no Torneo Final. O conjunto orientado por Ramón Díaz ainda não
festejou nenhum triunfo fora de portas.
O último campeonato conquistado pelo conjunto de Buenos Aires foi a
Liga Clausura, em 2007/08.
Ramiro Funes Mori é irmão do jogador do Benfica, com o mesmo apelido.
Vangioni está castigado.
Cronómetro:
Apesar da tremenda rivalidade, as duas equipas estavam-se a preocupar
essencialmente em jogar futebol.
Relvado muito empapado, devido à chuva forte que tem abatido Buenos
Aires.
Ambas as formações têm conseguido chegar à área adversária, mas tem
faltado coordenação entre assistente e finalizador.
Intervalo.
Segunda parte bem mais animada.
90+2’
Cavenaghi foi rendido por Solari.
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o triunfo do River Plate.
Análise:
Sabendo do mau estado do relvado, do sangue quente argentino e da
grande rivalidade entre os dois clubes, esperava-se um clássico mais combativo
do que bem jogado, com os jogadores a preocuparem-se em envolverem-se a
quezílias, mas não foi nada disso que aconteceu.
O jogo foi muito correto e ambas as equipas preocuparam-se
exclusivamente em jogar futebol.
Na primeira parte, os dois históricos emblemas de Buenos Aires
pareciam receosos e escassearam as oportunidades para marcar. No entanto, no
segundo tempo o encontro tornou-se mais aberto, ambos os conjuntos procuraram o
golo, e o primeiro apareceu para o River.
Lanzini, desmarcado por Gutiérrez, foi mais rápido que toda a gente e
fez o 0-1, perto da hora de jogo. Dez minutos depois, Riquelme, de livre
direto, colocou a bola no ângulo superior da baliza de Barovero, que nem
esboçou reação.
Quando se pensava já que o empate seria o resultado final, Ramiro
Funes Mori saltou mais alto que toda a gente e aproveitou uma saída em falso de
Orión para devolver a vantagem aos Milionarios.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Boca Juniors…
Orión foi mal
batido no 1-2, saindo em falso de entre os postes;
Grana
aventurou-se pouco em apoiar o ataque; Cata Díaz e Forlín,
experientes, tiveram prestações positivas; e Insúa deu profundidade ao
seu corredor, mas pareceu ter sempre mais fôlego para subir do que para descer
pelo flanco, já que estava fora da sua posição quando o River inaugurou o
marcador;
Gago, muito
cerebral e com capacidade de passe, foi um elemento importante na manobra
ofensiva dos xeneizes; Erbes
não acompanhou a desmarcação de Lanzini, no lance do 0-1; Sánchez Miño
esteve pouco inspirado; e Riquelme (capitão), mesmo em curva descendente
na sua carreira e em final de contrato, abriu o livro por diversas vezes e foi
das unidades mais em foco na sua equipa, tendo marcado um fantástico golo de
livre direto;
Martínez
apareceu como elemento mais móvel do ataque, mas a sua exibição não foi muito
inspirada; e Gigliotti não dispôs de praticamente nenhuma oportunidade
para finalizar;
Luciano Acosta,
apesar da sua juventude e baixa estatura, impôs a sua velocidade e qualidade
técnica para criar desequilibrios; e Colazo e Riaño pouco ou nada
acrescentaram.
Quanto aos jogadores do River
Plate…
Barovero assinou
várias intervenções de qualidade e não teve a mínima hipótese no golo que
sofreu;
Mercado
envolve-se com frequência no ataque; Maidana foi discreto mas regular; Balanta,
central de qualidade e com capacidade para sair a jogar, é cobiçado por vários
emblemas europeus; e Ramiro Funes Mori subiu pouco, mas foi consistente
e resolveu o jogo a poucos minutos do fim, antecipando-se a toda a gente e
cabeceando a bola para o fundo das redes;
Ledesma foi uma
referência na recuperação da bola; Carbonero fez a abertura para
Gutiérrez, na jogada do primeiro golo do encontro; Rojas esteve apagado;
e Lanzini, dotado tecnicamente, inaugurou o marcador, cobrou o canto
para o segundo tento e funcionou como o “abre-latas” dos Milionarios;
Gutiérrez,
bastante móvel, não teve problemas em arriscar o remate, foi das unidades mais
perigosas da sua formação e fez a assistência para o 0-1; e Cavenaghi (capitão)
lutou muito e exibiu a sua experiência e classe, muito criterioso na tomada de
decisão;
Villalva, Kranevitter
e Solari estiveram pouco em foco, mas refrescaram a equipa para uma reta
final vitoriosa.
Com este resultado, fica assim disposta a classificação do Torneo Final:
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