domingo, 30 de março de 2014

Jupiler Pro League | Standard Liège 1-0 Anderlecht

Marroquino resolve clássico belga


twitter.com/standard_rscl
Esta tarde, no Estádio Maurice Dufrasne, em Liège, o Standard Liège venceu o Anderlecht por 1-0, na 1ª jornada do Play-Off de campeão da Jupiler Pro League. Carcela marcou o único golo do encontro.
               

Eis a constituição das equipas:


Standard Liège


O Standard Liège venceu a fase regular do campeonato belga.
Michy Batshuayi (18 golos) é o melhor marcador da Jupiler Pro League.


Anderlecht


O Anderlecht não venceu nas últimas quatro visitas a Liège.
O conjunto orientado por Besnik Hasi terminou a fase regular em 3º lugar, a dez pontos do líder Standard Liège, e a seis do Club Brugge.
Aleksandar Mitrovic (treze golos) é um dos principais artilheiros da Liga Belga.
Massimo Bruno está doente.


Cronómetro:

Standard Liège entrou forte, com muita dinâmica e poder de aceleração das suas unidades mais ofensivas. Já o Anderlecht, tentava praticar um futebol mais pausado.

7’ Carcela atirou por cima.

15’ M’Poku acertou na trave, depois de uma excelente iniciativa individual.

19’ Carcela inaugurou o marcador, na sequência de um cruzamento de Ezekiel não aliviado por Kljestan.


22’ Posse de bola: 59% Standard Liège, 41% Anderlecht.

27’ Kawashima negou o golo a Pollet.

28’ Na sequência de um canto, Gillet chutou ao lado.

Ao intervalo, Mitrovic rendeu Kljestan. O Anderlecht passou a jogar em 4x4x2, com Youri Tielemans ao lado de Gillet no meio-campo.

Jogo aberto neste inicio de segunda parte.

66’ M’Poku chutou forte para intervenção de Proto.

69’ Guy Luzon trocou M’Poku por Bulot.

72’ Pollet foi substituído por Cyriac.

73’ Carcela cabeceou para defesa de Proto, na resposta a cruzamento de Van Damme.

78’ Ezekiel cedeu o seu lugar De Camargo.

80’ Nuytinck foi rendido por Mbemba.

81’ Kawashima negou o golo a Cyriac.

84’ Saiu Vainqueur, entrou Cissé.

85’ Carcela foi expulso após entrada dura sobre Vanden Borre.

89’ Najar rematou para boa intervenção de Kawashima.

90’ Mbemba cabeceou por cima.

90+3’ Cissé, com tudo para marcar, não acertou na baliza.

Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o triunfo do Standard Liège.


Análise:

Com um futebol ofensivo e envolvendo muitas unidades no assalto à baliza contrária, o Standard Liège foi dono e senhor da partida na primeira parte. Os laterais envolviam-se bem no ataque, os extremos e avançados estavam em movimentação constante e os médios também participavam na construção de jogo, embora fossem eles os principais responsáveis para assegurar o equilíbrio defensivo.
Posse de bola também era com os comandados de Guy Luzon, e o golo ainda nos primeiros vinte minutos, numa jogada que personifica o parágrafo anterior. O avançado Ezekiel apareceu no corredor esquerdo, junto do lateral Van Damme, bastante subido, para cruzar para o interior da área, onde apareceu Carcela em zona central para inaugurar o marcador.
Perto da meia hora, Pollet e Gillet estiveram perto do empate, mas Kawashima e a má pontaria impediram que o resultado se alterasse.
No segundo tempo, Besnik Hasi lançou Mitrovic e acrescentou presença física na área adversária, e apesar da boa segunda parte do conjunto de Bruxelas, o empate não chegou. Mas não se pense que o Standard se limitou a defender, pois isso contranatura com o seu ADN, e por isso, proporcionou uma etapa complementar bastante aberta e disputada, como se o score estivesse 0-0.


Analisando os atletas em campo, começando pelos do Standard Liège
Kawashima mostrou-se seguro, concentrado e com reflexos apurados;
Stam foi muito menos ofensivo que o seu colega do flanco oposto; Arslanagic e Ciman foram quase sempre melhores que os atacantes adversários, fosse pelo chão ou pelo ar; e Van Damme (capitão) deu profundidade ao seu corredor, mas simultaneamente consistência defensiva;
De Sart e Vainqueur tiveram a importante tarefa de assegurar as coberturas defensivas numa formação virada para o ataque, mas também deram o seu contributo para a construção de jogo; Carcela inaugurou o marcador mas foi expulso já na reta final, após entrada dura sobre Vanden Borre; e M’Poku, por vezes demasiado individualista, procurou fletir da esquerda para o meio com a bola colada ao pé direito, para passá-la ou armar o remate, e foi numa dessas iniciativas que acertou na trave, à passagem do primeiro quarto de hora;
Batshuayi, melhor marcador do campeonato belga, é forte fisicamente e tecnicamente, tem um grande poder de aceleração, mas dispôs de poucas ocasiões para finalizar; e Ezekiel descaiu várias vezes para o lado esquerdo, de forma a compensar as diagonais de M’Poku, e foi através de um cruzamento a partir desse flanco que fez a assistência para o 1-0;
Bulot foi lançado para a ala esquerda; De Camargo esteve próximo do ponta-de-lança; e Cissé refrescou o miolo.


Quanto aos jogadores do Anderlecht
Proto fez várias intervenções difíceis, que impediram uma derrota mais volumosa;
Vanden Borre é forte fisicamente mas fraco tecnicamente; Kouyaté sabe sair a jogar, mas por vezes adorna em demasia; Nuytinck esteve muito forte no jogo aéreo; e Deschacht deixou-se antecipar por Carcela no lance do golo inaugural;
Gillet (capitão) foi o médio mais posicional e teve como principal função assegurar o equilíbrio coletivo; Kljestan não conseguiu aliviar o cruzamento de Ezekiel, que originou o 1-0; e Youri Tielemans foi o homem das bolas paradas;
Najar não conseguiu utilizar a sua velocidade para causar desequilibrios; Praet, jovem tecnicamente evoluído (19 anos), fugiu do seu flanco para procurar a bola na zona central; e Pollet, posicional e pouco engenhoso, raramente causou sobressaltos;
Mitrovic e Cyriac, dois avançados, não criaram perigo; e Mbemba foi lançado para o eixo defensivo já na reta final.


Com este resultado, fica assim disposta a classificação da Jupiler Pro League:

uefa.com




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