Colchoneros são os primeiros a vencer no novo San Mamés
Esta noite, no Estádio
Catedral de San Mamés, em Bilbao, Atlético Madrid derrotou o Athletic Bilbao
por 2-1, qualificando-se para as meias-finais da Copa del Rey, com um agregado
de 3-1. Aduriz colocou os bascos em vantagem, mas Raúl García e Diego Costa
apontaram os golos da reviravolta.
Eis a constituição das
equipas:
Athletic Bilbao
Para
chegarem aos quartos-de-final, os bilbaínos eliminaram o Celta de Vigo (agregado
de 4-1) e o Betis (2-1). Na primeira mão desta ronda, perderam em Madrid por
0-1.
No
campeonato espanhol, os bascos ocupam a 4ª posição.
Toquero
está lesionado.
Atlético Madrid
Os colchoneros não vencem em Bilbao desde
setembro de 2010.
O Atlético
Madrid é o detentor da Copa del Rey, troféu que já conquistaram por dez
ocasiões. Nesta edição, bateram o pé ao UE Sant Andreu (agregado de 6-1) e ao
Valencia (3-1).
Na Liga
BBVA, o conjunto orientado por Diego Simeone está em 2º lugar, mas com os mesmos
pontos que o Barcelona, que é 1º.
O
português Tiago integra o plantel, assim como Insúa (ex-Sporting), Cristián
Rodríguez (ex-Benfica e FC Porto) e Diego Costa (ex-Sp. Braga e Penafiel).
Guilavogui,
Óliver Torres, Arda Turan e Tiago estão lesionados.
Cronómetro:
Inicio de jogo muito intenso em San Mamés.
Athletic Bilbao com mais bola
e a jogar no meio-campo adversário. Mas Atlético Madrid à espreita e pronto
para lançar transições rápidas.
45+2’ Servido por Muniain, Mikel
Rico obrigou o guardião colchonero a
aplicar-se.
Intervalo.
Nesta altura, estava garantido
que não iria haver prolongamento.
Jogava-se já muito com o
coração nesta altura.
O Athletic abdicou da sua
filosofia e estava preferencialmente a bombear bolas para a área contrária.
Bascos perderam alguma
capacidade para chegar ao último terço ao abdicar de unidades criativas para
jogar com dois avançados.
90+1’ Alderweireld foi lançado para
o lugar de Diego Costa.
Sem mais ocorrências até
final, confirmou-se o triunfo do Atlético Madrid.
Análise:
A jogar em casa, desde o primeiro minuto que o Athletic
Bilbao adotou uma atitude dominadora, jogando instalado no meio-campo
adversário, a circular a bola, a criar ocasiões de golo e sempre com muita
intensidade.
Courtois, guardião colchonero,
apontou uma exibição magnifica e foi adiando sucessivamente o 1-0 para o final
da primeira parte, quando Aduriz saltou mais alto que Godín e de cabeça, inaugurou
o marcador.
A eliminatória estava empatada, e previa-se uma segunda
parte dividida e de espetáculo. Mas numa das poucas vezes que o Atlético Madrid
causou sobressaltos, Raúl García empatou o encontro.
Os bascos correram atrás do prejuízo, e depois de algumas
oportunidades desperdiçadas, também fruto da exibição inspirada do guarda-redes
belga dos madrileños e do baixar de
bloco do conjunto orientado por Diego Simeone, o coração venceu a razão e a
segunda parte foi rica em bolas bombeadas para a área colchonera.
Ernesto Valverde sentiu, assim, que lhe faltava presença
física no último terço, e lançou Kike Sola para o lugar de Susaeta. O problema
é que agora que tinha dois avançados puros, faltava-lhe uma unidade para
colocar eficientemente a bola na área adversária. Esse foi o começo do fim para
os bilbaínos, que causaram a partir daí cada vez menos perigo.
O tempo passava e a sentença acabou por chegar pelos pés
de Diego Costa, que recebeu um passe de Koke, ficou completamente isolado,
contornou Iago Herrerín e apontou o 1-2.
Foi a primeira derrota de sempre do Athletic no seu novo
estádio.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Athletic Bilbao…
Iago Herrerín esteve muito
bem quando foi chamado a intervir;
Iraola foi assertivo,
mas agressivo no momento ofensivo, correndo quilómetros a subir e a descer pelo
corredor; San José e Laporte tiveram mais trabalho ofensivo, ao
iniciar jogadas de ataque, do que propriamente defensivo, no entanto, San José
foi quem estava a colocar Diego Costa em jogo no lance do 1-2; e Balenziaga
fez o cruzamento para o 1-0;
Iturraspe e Mikel
Rico são duas peças bastante importantes no inicio da construção de jogo,
pelas quais a bola geralmente tem de passar, para além de serem referências na
recuperação do esférico, ainda que Mikel Rico jogue mais adiantado que
Iturraspe; e Ander Herrera colocou a sua visão de jogo e precisão de
passe ao serviço do coletivo;
Susaeta, apesar de ser
extremo, povoou com frequência terrenos mais interiores; Muniain esteve
intermitente, conseguindo criar desequilibrios mas também tomar más decisões; e
Aduriz inaugurou o marcador, elevando-se mais alto que Godín e
cabeceando para o fundo das redes;
Kike Sola acrescentou presença física na área adversária; e Ibai
Gómez e Beñat não agitaram o jogo nem conseguiram construir
situações de finalização.
Quanto aos jogadores do Atlético Madrid…
Courtois assinou intervenções de elevado grau de dificuldade;
Juanfran não teve uma noite fácil, tendo a tarefa de marcar Muniain; Miranda
esteve em grande nível, constituindo uma oposição praticamente intransponível
aos atacantes adversários; Godín perdeu nas alturas para Aduriz, no
lance do golo inaugural; e Filipe Luís teve uma noite infeliz, ao ser
substituído ainda no primeiro quarto de hora, com uma lesão na virilha;
Koke e Gabi dedicaram-se sobretudo a tarefas defensivas, jogando
bastante próximos do quarteto defensivo, enchendo a sua área de atletas colchoneros, mas ainda assim, Koke conseguiu
exibir a sua qualidade de passe ao isolar Diego Costa, na jogada do 1-2; Raúl
García apontou o tento da igualdade; e Cristián Rodríguez fez a
assistência para o golo do empate;
Adrián foi o principal apoio para o ponta-de-lança, numa exibição discreta; e Diego
Costa utilizou a sua capacidade física para reter a bola e apontou o golo
da vitória, mas sendo quem geralmente fechava à direita, não acompanhou a
subida de Balenziaga concluída com o cruzamento para o 1-0;
Insúa cumpriu de forma eficaz as suas tarefas como lateral-esquerdo; Sosa refrescou o meio-campo ofensivo;
e Alderweireld foi lançado para fechar a porta.
Sem comentários:
Enviar um comentário