Esta terceira edição do Europeu esteve
envolta em novidades: uma fase de grupos a anteceder os quartos de final, 31 concorrentes
na fase de qualificação (contra os 29 de 1964), uma decisão por moeda ao ar e
uma finalíssima. Mas manteve-se o formato de final four, com jogos em
Nápoles, Florença e Roma. A seleção
transalpina, que não havia chegado à fase final nas duas primeiras edições,
venceu o Grupo 6 de qualificação, à frente de Roménia,
Suíça
e Chipre. Já Portugal
ficou inserido no Grupo 2, tendo ficado atrás da Bulgária
e à frente de Suécia
e Noruega. Nos quartos de final, a squadra
azzurra defrontou precisamente o carrasco
de Portugal. Depois de uma derrota por 3-2 em Sófia, os italianos
selaram a qualificação para a final four ao vencer por 2-0 em Nápoles.
A adversária de Itália
na meia-final era nada mais nada menos do que a campeã
de 1960 e vice-campeã de 1964, a União
Soviética. O 0-0 persistiu durante 120 minutos de futebol cauteloso em
Nápoles, pelo que o vencedor teve de ser encontrado no… balneário do árbitro,
por moeda ao ar! Sorriu a squadra
azzurra.
Três dias depois, em Roma, Itália
teve pela frente a surpreendente Jugoslávia, que havia eliminado a campeã
mundial Inglaterra
nas meias-finais. As duas seleções apresentaram-se sem os seus habituais números
10, o italiano Rivera
e o jugoslavo Osim, que foram substituídos por Lodetti e Acimovic,
respetivamente. Coube a Dzajic inaugurar o marcador para a Jugoslávia, aos 39
minutos, tendo Domenghini restabelecido a igualdade aos 80’. O empate persistiu
até ao final do prolongamento, pelo que a decisão foi adiada para dois dias
mais tarde.
A 10 de junho de 1968,
disputou-se a finalíssima, mais uma vez no Estado Olímpico de Roma, e Itália
aproveitou a ocasião para tentar surpreender a adversária, promovendo cinco
alterações no onze, ao passo que a Jugoslávia só fez uma mudança. Foi
precisamente uma das novidades na equipa de Ferruccio Valcareggi, Riva, que
inaugurou o marcador aos 11 minutos e fez a assistência para o 2-0, da autoria
de Anastasi, aos 32’.
Os campeões
Guarda-redes: Enrico
Albertosi (Fiorentina),
Lido Vieri (Torino)
e Dino Zoff (Nápoles) Defesas: Angelo
Anquilletti e Roberto Rosato (ambos AC
Milan), Giancarlo Bercellino, Ernesto Castano e Sandro Salvadore (todos Juventus)
e Tarcisio Burgnich e Giacinto Facchetti (ambos Inter) Médios: Giancarlo De Sisti
(Fiorentina),
Giorgio Ferrini (Torino),
Aristide Guarneri (Bolonha), Antonio Juliano (Nápoles)
e Giovanni Lodetti e Gianni
Rivera (ambos AC
Milan) Avançados: Pietro Anastasi
(Varese), Giacomo Bulgarelli (Bolonha), Angelo Domenghini e Sandro
Mazzola (ambos Inter),
Pierino Prati (AC
Milan) e Gigi Riva (Cagliari) Selecionador: Ferruccio
Valcareggi
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