“Marcar golos é como fazer amor: toda a gente o faz, mas ninguém o faz como eu”. As melhores frases de Di Stéfano
Di Stéfano conquistou cinco títulos europeus
Alfredo Di
Stéfano foi um dos melhores futebolistas de todos os tempos, que só não é mais
engrandecido porque jogou numa era pré-globalização, não disputou qualquer encontro
num Campeonato do Mundo e já tinha quase 30 anos quando foi inventada a Taça
dos Campeões Europeus – mas foi a tempo de ganhá-la por cinco vezes
(seguidas).
Era o ídolo de Eusébio
e Bobby
Charlton, o que diz muito deste atacante que nasceu argentino, mas
tornou-se espanhol. Pela velocidade e pela cor do cabelo, ganhou a alcunha de la
saeta rubia [a flecha loira]. Começou por jogar no River
Plate (1943 a 1949), tendo feito parte daquela que é considerada a melhor
história da equipa de Buenos Aires, que ficou conhecida como La Maquina.
Depois ajudou o Millonarios
(1949 a 1952) a dominar o futebol colombiano, mas foi no Real
Madrid (1953 a 1964) que deixou marca mais vincada: oito títulos de campeão
espanhol, cinco títulos de campeão europeu, uma Taça Intercontinental, uma Taça
do Rei, duas Bolas de Ouro e cinco troféus de melhor marcador da Liga
Espanhola. Os registos variam, mas todos
apontam para mais de 500 golos na carreira, 308 dos quais ao serviço do Real
Madrid. Mas, para o hispano-argentino, o importante era a qualidade: “Marcar
golos é como fazer amor, toda a gente o faz, mas ninguém o faz como eu.” Para Di Stéfano,
“um 0-0 é como um domingo sem sol.”
Depois de onze anos de grande
sucesso na capital espanhola, acabou a carreira em Barcelona, ao serviço do Espanyol,
em 1966, quando estava à beira dos 40 anos. E só parou de jogar devido a uma
razão estética: “As minhas filhas olharam para mim e disseram-me: ‘papá, careca
e de calções não ficas nada bem.” Após pendurar as botas tornou-se
treinador, tendo chegado a orientar o Sporting
em 1974, mas a sua passagem pelo emblema leonino não durou mais do que poucas
semanas, acabando por sair antes de assinar o contrato, de uma forma em que
ficou muito por esclarecer. Na pré-época só ganhou um dos sete jogos disputados
e o ambiente não era o melhor, até porque Dé e Dinis o acusaram de ser pouco
democrático, um discurso que estava em voga nos meses que se seguiram à
Revolução dos Cravos. A derrota na primeira jornada do campeonato de 1974-75,
em Faro diante da Olhanense,
foi a gota de água, o que levou João Rocha a entregar novamente o comando da
equipa a Osvaldo Silva, apelidando Di Stéfano
de “turista mal educado”.
Embora tenha feito uma carreira
de treinador brilhante, teve os seus momentos de sucesso. Guiou o Valencia
ao título espanhol (1970-71) e à conquista da Taça das Taças (1979-80) e foi
campeão argentino ao leme do Boca
Juniors em 1970. Em novembro de 2000, foi nomeado presidente
honorário do Real
Madrid. Viria a falecer em 2014, aos 88
anos, pouco mais de um mês depois de ver os merengues
conquistar o 10.º título europeu.
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