sexta-feira, 26 de abril de 2024

“Marcar golos é como fazer amor: toda a gente o faz, mas ninguém o faz como eu”. As melhores frases de Di Stéfano

Di Stéfano conquistou cinco títulos europeus
Alfredo Di Stéfano foi um dos melhores futebolistas de todos os tempos, que só não é mais engrandecido porque jogou numa era pré-globalização, não disputou qualquer encontro num Campeonato do Mundo e já tinha quase 30 anos quando foi inventada a Taça dos Campeões Europeus – mas foi a tempo de ganhá-la por cinco vezes (seguidas).
 
Era o ídolo de Eusébio e Bobby Charlton, o que diz muito deste atacante que nasceu argentino, mas tornou-se espanhol. Pela velocidade e pela cor do cabelo, ganhou a alcunha de la saeta rubia [a flecha loira].
 
Começou por jogar no River Plate (1943 a 1949), tendo feito parte daquela que é considerada a melhor história da equipa de Buenos Aires, que ficou conhecida como La Maquina. Depois ajudou o Millonarios (1949 a 1952) a dominar o futebol colombiano, mas foi no Real Madrid (1953 a 1964) que deixou marca mais vincada: oito títulos de campeão espanhol, cinco títulos de campeão europeu, uma Taça Intercontinental, uma Taça do Rei, duas Bolas de Ouro e cinco troféus de melhor marcador da Liga Espanhola.
 
Os registos variam, mas todos apontam para mais de 500 golos na carreira, 308 dos quais ao serviço do Real Madrid. Mas, para o hispano-argentino, o importante era a qualidade: “Marcar golos é como fazer amor, toda a gente o faz, mas ninguém o faz como eu.”
 
Para Di Stéfano, “um 0-0 é como um domingo sem sol.”
 
 
Depois de onze anos de grande sucesso na capital espanhola, acabou a carreira em Barcelona, ao serviço do Espanyol, em 1966, quando estava à beira dos 40 anos. E só parou de jogar devido a uma razão estética: “As minhas filhas olharam para mim e disseram-me: ‘papá, careca e de calções não ficas nada bem.”
 
Após pendurar as botas tornou-se treinador, tendo chegado a orientar o Sporting em 1974, mas a sua passagem pelo emblema leonino não durou mais do que poucas semanas, acabando por sair antes de assinar o contrato, de uma forma em que ficou muito por esclarecer. Na pré-época só ganhou um dos sete jogos disputados e o ambiente não era o melhor, até porque Dé e Dinis o acusaram de ser pouco democrático, um discurso que estava em voga nos meses que se seguiram à Revolução dos Cravos. A derrota na primeira jornada do campeonato de 1974-75, em Faro diante da Olhanense, foi a gota de água, o que levou João Rocha a entregar novamente o comando da equipa a Osvaldo Silva, apelidando Di Stéfano de “turista mal educado”.
 
 
Embora tenha feito uma carreira de treinador brilhante, teve os seus momentos de sucesso. Guiou o Valencia ao título espanhol (1970-71) e à conquista da Taça das Taças (1979-80) e foi campeão argentino ao leme do Boca Juniors em 1970.
 
Em novembro de 2000, foi nomeado presidente honorário do Real Madrid.
 
Viria a falecer em 2014, aos 88 anos, pouco mais de um mês depois de ver os merengues conquistar o 10.º título europeu.




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