A minha primeira memória de… um jogo entre Sp. Braga e equipas espanholas
Dani Alves tenta travar a iniciativa do bracarense Cesinha
Por incrível que possa parecer,
em função da proximidade geográfica e da representatividade de Espanha
nas competições europeias, o Sp.
Braga defrontou pela primeira vez uma equipa espanhola na sua nona
participação em provas internacionais – depois de três presenças na Taça das
Taças e cinco na Taça
UEFA –, em 2006-07.
Na altura, os bracarenses
– ainda com Carlos Carvalhal no comando técnico – conseguiram um upgrade em
relação às duas épocas anteriores, o apuramento para a fase de grupos da Taça
UEFA, que consistia em oito grupos de cinco equipas, o que significava que
havia sempre uma equipa isenta em cada jornada. Ultrapassados
os italianos do Chievo na ronda de acesso à fase de grupos, os arsenalistas
iniciaram a fase de grupos com uma derrota nos Países Baixos às mãos do AZ
Alkmaar, uma das melhores equipas neerlandesas da altura, semifinalista da Taça
UEFA em 2004-05. Seguiu-se uma goleada sobre os checos do Slovan Liberec na
Pedreira (4-0).
Com tudo em aberto no grupo, o
terceiro jogo dos minhotos
foi na Andaluzia frente ao detentor do troféu e o segundo classificado da liga
espanhola na altura, o Sevilha
de Juande Ramos, que tinha nas suas fileiras jogadores como Dani Alves,
Adriano, Luís Fabiano, o malogrado Antonio Puerta e o português Duda.
Sem surpresas, o Sevilha
venceu por 2-0. No final da primeira parte Adriano fez o que quis de Carlos
Fernandes e serviu Luís Fabiano para o golo inaugural (41 minutos). A um quarto
de hora do fim, numa jogada de insistência, Javier Chevantón colocou a bola no
fundo das redes dos bracarenses
depois de duas defesas de Paulo Santos, na resposta a remates de Renato e do
próprio Chevantón (76’). “Quem viu a derrota do Braga
compreendeu o excelente campeonato que o Sevilha
está a fazer em Espanha
– é segundo, atrás do Barcelona.
Também entendeu como toda a gente que esta época visitou o Estádio Sanchez Pizjuán
ali perdeu, alguns vergados por autênticos banhos de bola, como aconteceu ao
Valência no último fim-de-semana. Estes andaluzes
sufocam até dizer chega! Pressionam ao ponto de os adversários quererem sair
antes do fim dos 90’. Ontem, por sinal, nem sempre o conseguiram. E o Braga,
mesmo sofrendo dois golos, sendo apático no ataque como nunca antes se vira – o
primeiro remate, desferido por Cesinha, só apareceu aos 64’… -, e passando por
períodos de verdadeira aflição, pode dizer que saiu de cabeça erguida. No
tormento sevilhano,
nem foi dos piores.E, mais importante
ainda, por se saber que era quase impossível conquistar pontos naquela que foi
a primeira partida em casa dos espanhóis enquanto detentores da Taça
UEFA, o Braga
entrou em campo sabendo que o Liberec estava a bater o Grasshoppers, resultado
que poderá vir a permitir aos minhotos
necessitarem apenas de um empate frente aos suíços na última jornada da fase de
grupos”, escreveu o jornal O Jogo.
Quatro épocas depois, Sp.
Braga e Sevilha
voltaram a defrontar-se, desta vez para o playoff de acesso à fase de
grupos da Liga dos Campeões. Aí a história foi bem diferente. O projeto bracarense
mais consolidado bateu uns andaluzes
uns furos abaixo de anos anteriores tanto no Minho (1-0) como na Andaluzia
(4-3).
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