quarta-feira, 8 de novembro de 2023

A minha primeira memória de… um jogo entre Sp. Braga e equipas espanholas

Dani Alves tenta travar a iniciativa do bracarense Cesinha
Por incrível que possa parecer, em função da proximidade geográfica e da representatividade de Espanha nas competições europeias, o Sp. Braga defrontou pela primeira vez uma equipa espanhola na sua nona participação em provas internacionais – depois de três presenças na Taça das Taças e cinco na Taça UEFA –, em 2006-07.
 
Na altura, os bracarenses – ainda com Carlos Carvalhal no comando técnico – conseguiram um upgrade em relação às duas épocas anteriores, o apuramento para a fase de grupos da Taça UEFA, que consistia em oito grupos de cinco equipas, o que significava que havia sempre uma equipa isenta em cada jornada.
 
Ultrapassados os italianos do Chievo na ronda de acesso à fase de grupos, os arsenalistas iniciaram a fase de grupos com uma derrota nos Países Baixos às mãos do AZ Alkmaar, uma das melhores equipas neerlandesas da altura, semifinalista da Taça UEFA em 2004-05. Seguiu-se uma goleada sobre os checos do Slovan Liberec na Pedreira (4-0).
Com tudo em aberto no grupo, o terceiro jogo dos minhotos foi na Andaluzia frente ao detentor do troféu e o segundo classificado da liga espanhola na altura, o Sevilha de Juande Ramos, que tinha nas suas fileiras jogadores como Dani Alves, Adriano, Luís Fabiano, o malogrado Antonio Puerta e o português Duda.
 
Sem surpresas, o Sevilha venceu por 2-0. No final da primeira parte Adriano fez o que quis de Carlos Fernandes e serviu Luís Fabiano para o golo inaugural (41 minutos). A um quarto de hora do fim, numa jogada de insistência, Javier Chevantón colocou a bola no fundo das redes dos bracarenses depois de duas defesas de Paulo Santos, na resposta a remates de Renato e do próprio Chevantón (76’).
 
“Quem viu a derrota do Braga compreendeu o excelente campeonato que o Sevilha está a fazer em Espanha – é segundo, atrás do Barcelona. Também entendeu como toda a gente que esta época visitou o Estádio Sanchez Pizjuán ali perdeu, alguns vergados por autênticos banhos de bola, como aconteceu ao Valência no último fim-de-semana. Estes andaluzes sufocam até dizer chega! Pressionam ao ponto de os adversários quererem sair antes do fim dos 90’. Ontem, por sinal, nem sempre o conseguiram. E o Braga, mesmo sofrendo dois golos, sendo apático no ataque como nunca antes se vira – o primeiro remate, desferido por Cesinha, só apareceu aos 64’… -, e passando por períodos de verdadeira aflição, pode dizer que saiu de cabeça erguida. No tormento sevilhano, nem foi dos piores.  E, mais importante ainda, por se saber que era quase impossível conquistar pontos naquela que foi a primeira partida em casa dos espanhóis enquanto detentores da Taça UEFA, o Braga entrou em campo sabendo que o Liberec estava a bater o Grasshoppers, resultado que poderá vir a permitir aos minhotos necessitarem apenas de um empate frente aos suíços na última jornada da fase de grupos”, escreveu o jornal O Jogo.
 
 
 
Quatro épocas depois, Sp. Braga e Sevilha voltaram a defrontar-se, desta vez para o playoff de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. Aí a história foi bem diferente. O projeto bracarense mais consolidado bateu uns andaluzes uns furos abaixo de anos anteriores tanto no Minho (1-0) como na Andaluzia (4-3).
 
 



 




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