terça-feira, 3 de outubro de 2023

A minha primeira memória de… um jogo entre Benfica e equipas italianas

Benfiquista Argel luta pela bola com Corradi
Nasci em 1992 e ainda não ligava a futebol quando o Benfica defrontou a Fiorentina em 1997 para a Taça das Taças. Depois lembro-me de alguns jogos particulares que opuseram as águias à equipa de Florença em agosto de 2001 (0-1, na Luz) e ao Inter de Milão em julho de 2002 (0-0, em Palermo). Contudo, em termos de encontros oficiais os primeiros de que me recordo entre os encarnados e conjuntos italianos remonta a agosto de 2003, um duplo confronto com a Lazio a contar para a terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
 
Na altura, pontificavam na formação orientada por Roberto Mancini nomes como Peruzzi, Mihajlović, Jaap Stam, Stefano Fiore, Demetrio Albertini, Dejan Stanković, Gaizka Mendieta e os portugueses Fernando Couto e Sérgio Conceição.
 
Já o Benfica, que não marcava presença na Champions desde 1998-99, era comandado pelo espanhol Jose Antonio Camacho e mantinha a espinha dorsal da época anterior, mas frente aos romanos não contou com Nuno Gomes, que se encontrava lesionado.
 



No Olímpico de Roma, a formação laziale confirmou o favoritismo e venceu por 3-1. Aos 16 minutos, Corradi aproveitou uma desatenção da defesa benfiquista para inaugurar o marcador. No início da segunda parte, Claudio Lopez isolou Fiore, que fez o segundo golo dos italianos (51’). O Benfica reduziu pouco depois da hora de jogo, por Simão, a passe de Sokota (63’), mas a Lazio voltou a marcar através de Mihajlovic, através da execução de um livre direto (79’).
 
“Difícil, mas de forma alguma impossível. O Benfica deixa o Estádio Olímpico de Roma com dois golos de desvantagem frente à Lazio e com alguma esperança de poder inverter o curso desta pré-eliminatória da Liga dos Campeões na segunda-mão. O tento de Simão confirma que não é por falta de poder de fogo que este Benfica se arrisca a ficar fora da Europa: é de mais qualidade atrás que a equipa necessita de forma a poder equiparar-se com os grandes do continente”, pode ler-se no Record.
 
 
 
Numa altura em que o novo Estádio da Luz ainda não tinha sido inaugurado, a segunda-mão foi disputada no Bessa. Com a missão de vencer por dois golos de diferença, os encarnados até foram derrotados, tendo o brasileiro César apontado o tento solitário do encontro pouco antes da meia hora (28'), através de um golo de cabeça, após um grande cruzamento de Fiore a partir da direita.
 
“A maior diferença entre o Benfica que ontem perdeu com a Lazio por 1-0 e o FC Porto que, há quatro meses, venceu a mesma equipa italiana por 4-1, foi que os portistas sofreram um golo e começaram a jogar bem, enquanto os encarnados pararam de fazê-lo quando Moreira teve que ir buscar uma bola ao fundo das redes. Até ao golo de César, pouco antes da meia-hora, o Benfica estava bem. Mandão, pressionante, controlador e variando o jogo pelos dois flancos, encostava a Lazio atrás e ameaçava fazer o 1-0 que abriria a eliminatória. Mostrava um futebol que, corrigido o senão da má concretização, seria digno da Liga dos Campeões. Só que, com o golo, o Benfica esmoreceu. Deixou de crer e, embora tenha continuado a ter a iniciativa, perdeu ordem, ritmo, entusiasmo. E o jogo”, escreveu o Record.
 









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