Benfiquista Argel luta pela bola com Corradi |
Nasci em 1992 e ainda não ligava
a futebol quando o Benfica
defrontou a Fiorentina em 1997 para a Taça das Taças. Depois lembro-me de
alguns jogos particulares que opuseram as águias
à equipa de Florença em agosto de 2001 (0-1, na Luz) e ao Inter
de Milão em julho de 2002 (0-0, em Palermo). Contudo, em termos de
encontros oficiais os primeiros de que me recordo entre os encarnados
e conjuntos italianos remonta a agosto de 2003, um duplo confronto com a Lazio
a contar para a terceira pré-eliminatória da Liga
dos Campeões.
Na altura, pontificavam na
formação orientada por Roberto Mancini nomes como Peruzzi, Mihajlović,
Jaap Stam, Stefano Fiore, Demetrio Albertini, Dejan Stanković, Gaizka Mendieta
e os portugueses Fernando Couto e Sérgio
Conceição.
Já o Benfica,
que não marcava presença na Champions
desde 1998-99, era comandado pelo espanhol Jose Antonio Camacho e mantinha a
espinha dorsal da época anterior, mas frente aos romanos não contou com Nuno
Gomes, que se encontrava lesionado.
No Olímpico de Roma, a formação
laziale confirmou o favoritismo e venceu por 3-1. Aos 16 minutos,
Corradi aproveitou uma desatenção da defesa benfiquista
para inaugurar o marcador. No início da segunda parte, Claudio Lopez isolou
Fiore, que fez o segundo golo dos italianos (51’). O Benfica
reduziu pouco depois da hora de jogo, por Simão, a passe de Sokota (63’), mas a
Lazio
voltou a marcar através de Mihajlovic,
através da execução de um livre direto (79’).
“Difícil, mas de forma alguma
impossível. O Benfica deixa
o Estádio Olímpico de Roma com dois golos de desvantagem frente à Lazio e
com alguma esperança de poder inverter o curso desta pré-eliminatória da Liga
dos Campeões na segunda-mão. O tento de Simão confirma que não é por
falta de poder de fogo que este Benfica se
arrisca a ficar fora da Europa: é de mais qualidade atrás que a equipa
necessita de forma a poder equiparar-se com os grandes do continente”, pode
ler-se no Record.
Numa altura em que o novo Estádio
da Luz ainda não tinha sido inaugurado, a segunda-mão foi disputada no Bessa.
Com a missão de vencer por dois golos de diferença, os encarnados até
foram derrotados, tendo o brasileiro César apontado o tento solitário do
encontro pouco antes da meia hora (28'), através de um golo de cabeça, após um
grande cruzamento de Fiore a partir da direita.
“A maior diferença entre o Benfica que
ontem perdeu com a Lazio por
1-0 e o FC
Porto que, há quatro meses, venceu a mesma equipa
italiana por 4-1, foi que os portistas sofreram
um golo e começaram a jogar bem, enquanto os encarnados pararam
de fazê-lo quando Moreira teve que ir buscar uma bola ao fundo das redes. Até
ao golo de César, pouco antes da meia-hora, o Benfica estava
bem. Mandão, pressionante, controlador e variando o jogo pelos dois flancos,
encostava a Lazio atrás
e ameaçava fazer o 1-0 que abriria a eliminatória. Mostrava um futebol que,
corrigido o senão da má concretização, seria digno da Liga
dos Campeões. Só que, com o golo, o Benfica esmoreceu.
Deixou de crer e, embora tenha continuado a ter a iniciativa, perdeu ordem,
ritmo, entusiasmo. E o jogo”, escreveu o Record.
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