Benfiquista Mantorras tenta ganhar posição a Thuram |
Se a Juventus
é a equipa com mais finais perdidas da Taça/Liga
dos Campeões (sete, em 1973, 1983, 1997, 1998, 2003,
2015 e 2017), o Benfica
vem logo a seguir, com cinco (1963, 1965, 1968, 1988 e 1990), as mesmas do Bayern
Munique. Contudo, águias
e bianconeri
apenas se cruzaram por três vezes (num total de seis jogos) nas competições
europeias.
Talvez por esse histórico
reduzido de confrontos entre esses dois míticos clubes do futebol europeu, os
dois primeiros jogos de que me recordo entre os encarnados
e a vecchia
signora são de partidas de pré-temporada.
Campeão nacional em 2004-05 após
onze anos de jejum, o Benfica
começou a preparar no início da época seguinte o regresso à Liga
dos Campeões. Antes de defrontar a então campeã italiana Juventus
na Luz a 6 de agosto, as águias
já tinham recebido o campeão inglês Chelsea,
treinado de José
Mourinho, a 17 de julho (0-1).
A Juve,
comandada por Fabio Capello e com estrelas como Gianluigi Buffon, Fabio
Cannavaro, Lilian Thuram, Patrick Vieira, Pavel Nedved, Zlatan Ibrahimovic e David
Trezeguet, não deu hipóteses ao Benfica
de Ronald Koeman, construindo ainda bastante cedo uma vitória por 2-0.
Logo aos cinco minutos,
Ibrahimovic ultrapassou Luisão e, ainda de muito longe, armou um remate
violentíssimo que bateu Quim. Aos 22’, o avançado sueco assistiu Trezeguet para
o segundo golo, na sequência de um ataque rápido da formação transalpina. A
partir daí, o conjunto de Turim relaxou e passou a controlar as operações a um
ritmo morno através da gestão da posse de bola.
“Não foi a festa ideal para a
apresentação do Benfica
aos seus adeptos. Ao mesmo tempo que foi recuperada a memória do título, a Luz
assistiu à tradução prática da maior capacidade da Juventus.
E o problema foi a dimensão do estrago, o abismo cavado entre os campeões de
Itália e de Portugal. Perante uma águia
ainda sem corpo para enfrentar estes desafios europeus de altíssimo nível, a velha
senhora expressou na superior qualidade do seu jogo coletivo e a arte
indiscutível das suas figuras mais talentosas criativas. Foram muitas as
reguadas aplicadas pela Juve ao Benfica.
A equipa entrou tranquila e deitou mãos à obra: assumiu o comando das
operações, roubou a bola, começou a jogar e levantou problemas táticos que,
durante 45’, nunca foram solucionados. E só depois do segundo golo italiano foi
possível aos encarnados
equilibrar um pouco as operações”, resumiu o jornal Record.
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