Clint Dempsey, do Fulham, tenta fugir a um defesa do Liverpool |
A
minha primeira memória de um jogo entre Liverpool e Fulham é
referente a um encontro que praticamente só servia para cumprir
calendário, numa altura em que as duas equipas já sabiam que não
passariam do meio da tabela (para o bem e para o mal...), mas
que acabou por se afirmar como uma partida histórica, uma vez que se
tratou da primeira vitória de sempre dos cottagers em casa
dos reds.
Na
noite de 1 de maio de 2012, uma terça-feira, o jogo teve um início
prometedor, com o marcador a ser inaugurado logo aos cinco minutos,
graças a um autogolo de Martin Skrtel, central do Liverpool,
depois
de um cruzamento na esquerda de um antigo flanqueador dos reds,
John Arne Riise, e de um desvio do ponta de lança russo Pavel
Pogrebnyak.
Entretanto,
o Liverpool, então orientado por Kenny Dalglish, assumiu o controlo
das operações e criou várias situações de perigo, mas foi
impotente para anular a vantagem dos londrinos, obtida através de um
golo algo fortuito. À
passagem da meia hora, por exemplo, Brede Hangeland fez um corte
providencial em cima da linha de baliza do Fulham, após remate de
Jonjo Shelvey defendido de forma incompleta por Mark Schwarzer.
Na
segunda parte, a formação de Merseyside não carregou tanto no
acelerador como seria expectável.
“Os
comandados de Kenny Dalglish (...) nunca incutiram um ritmo muito
forte mas foram sempre ligeiramente superiores, aproximando-se mais
da baliza adversária, criando mais oportunidades, porém,
sem conseguir marcar e sem ser suficientemente ambiciosos para evitar
a derrota”, escrevi numa crónica sobre o jogo neste blogue.
Sem
jogadores influentes como Pepe Reina, Daniel Agger, Glenn Johnson,
Steven Gerrard, Craig Bellamy e Luís Suárez, e já com o apuramento
para a Liga Europa garantido via Taça da Liga, o
Liverpool apresentou algumas segundas linhas como o guarda-redes
brasileiro Doni, que até impediu uma derrota mais pesada, ou
o central uruguaio Coates (sim, ele mesmo!), que falhou muitos
passes. Do
banco saltou um menino de 17 anos chamado Raheem Sterling, na altura
a cumprir o segundo jogo oficial pela equipa principal.
Já
o Fulham de Martin Jol, que militava ininterruptamente na Premier
League desde 2001-02, tinha nas suas fileiras vários jogadores
internacionais como o guarda-redes australiano Mark Schwarzer, o
central norueguês Brede Hangeland, o
central norte-irlandês Aaron Hughes, o lateral direito irlandês
Stephen Kelly, o lateral/médio esquerdo norueguês John Arne Riise,
o médio belga Mousa Dembélé, o médio inglês Danny Murphy, o
extremo sueco Alex Kacaniklic, o
extremo irlandês Damien Duff, o avançado norte-americano Clint
Dempsey e o ponta de lança russo Pavel Pogrebnyak. O
avançado português Orlando Sá fazia parte do plantel, mas não foi
além de 12 jogos nessa temporada, dos quais apenas sete na liga
inglesa.
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