O
emblema de São Petersburgo era orientado pelo italiano Luciano
Spalletti, que tinha levado a Udinese à Liga dos Campeões e vencido
duas Taças de Itália ao serviço da AS Roma, era
bicampeão russo, havia chegado aos oitavos de final da Liga dos
Campeões na época anterior, tinha
vencido quatro anos antes a Taça UEFA (com goleadas sobre Bayer
Leverkusen e Bayern Munique na caminhada até à final) e a Supertaça
Europeia (com triunfo sobre o Manchester United).
Em
termos de plantel, o Zenit contava com seis jogadores da seleção
russa que tinha acabado de participar no Euro 2012 (Malafeev,
Anyukov, Denisov, Shirokov, Zyryanov e Kerzhakov), assim
como um lateral esquerdo que tinha chegado a ser convocado pela
seleção italiana para esse Campeonato da Europa (Domenico
Criscito), dois
internacionais portugueses (Bruno Alves e Danny), o central
internacional belga Lombaerts e tinha acabado de contratar dois dos
melhores jogadores da liga portuguesa (Witsel e Hulk).
Olhando
para este contexto, tudo me levava a crer nessa altura para que o
Zenit conseguisse intrometer-se entre as dez ou quinze melhores
equipas da Europa, com presenças regulares nas fases a eliminar da
Liga dos Campeões. E
tal levou-me a seguir um pouco mais a equipa de São Petersburgo e,
inclusivamente, a perder parte da minha manhã de sábado de 29 de
setembro de 2012 a assistir a um Zenit-Lokomotiv Moscovo da 10.ª
jornada do campeonato russo.
Curiosamente,
a equipa melhor classificada à entrada para o jogo até era a da
capital, que ocupava o 3.º lugar. O
treinador era Slaven Bilic e no plantel estavam jogadores bem
conhecidos do público português como Alberto Zapater e Felipe
Caicedo (ambos ex-Sporting) e Dame N’Doye (ex-Académica). Já
o Zenit era o 5.º colocado no campeonato. Os dois primeiros, só
para a informação ficar completa, eram o CSKA Moscovo e o Anzhi.
No
velhinho Estádio Petrovsky, que ainda existe mas que em 2017 cedeu o
seu lugar enquanto casa do Zenit ao bem mais moderno Estádio
Krestovsky, a primeira equipa a marcar foi a da casa, através
de um remate forte de Criscito aos 14 minutos, na sequência de um
canto cobrado por Hulk e de uma série de ressaltos.
No
entanto, a resposta moscovita não tardou. Aos 25', Glushakov
encontrou Dame N’Doye a desmarcar-se nas costas de Bruno Alves e
isolou-o com um passe fantástico. Depois
o senegalês fez um belo chapéu a Malafeev.
De
acordo com uma análise que fiz para este mesmo blogue, “na
primeira parte assistiu-se a um jogo muito equilibrado, com as duas
equipas a equivalerem-se em oportunidades para marcar, em posse de
bola, em domínio territorial e até em golos”. Entretanto,
com as expulsões de Shishkin e Anyukov, as duas equipas, reduzidas a
dez, “foram muito cautelosas, arriscaram pouco e não criaram
situações de golo”.
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