Portista Pena tenta fugir à marcação de um defesa do Liverpool |
As
minhas memórias são enevoadas e remontam a tempos de infância em que a
determinada hora já tinha que estar na cama, mas recordo-me perfeitamente que o
Liverpool mediu forças com o FC Porto nos quartos de final da então Taça UEFA
em 2000-01. E até me lembrava que os reds tinham vencido em
Anfield por 2-0, só tinha a dúvida se o jogo das Antas, na primeira mão, tinha
ficado empatado a zero ou a um. Foi a zero.
Os portistas vinham a fazer um trajeto europeu bastante aceitável, depois de terem falhado a entrada na fase de grupos da Liga dos Campeões, caindo aos pés dos belgas do Anderlecht na terceira pré-eliminatória. Porém, na Taça UEFA, foi sempre a seguir em frente, às custas dos jugoslavos do Partizan, dos polacos do Wisla Cracóvia, dos espanhóis do Espanyol e dos franceses do Nantes.
“O FC Porto está fora da Taça UEFA tendo deixado no relvado de Anfield Road a sensação de que não fez tudo o que devia para seguir em frente. É certo que o primeiro golo dos ingleses foi irregular e que tudo seria diferente se Clayton logo a seguir tivesse empatado a partida, mas, ao deixar no banco alguns dos seus jogadores mais criativos, Fernando Santos reduziu drasticamente o coeficiente de inteligência da equipa, que também não ganhou com o acréscimo de músculo incluído. A aventura terminou, para trás ficaram momentos bonitos, alguns brilhantes, mas não no jogo de ontem, em que o FC Porto, mesmo a perder e depois de ter reposto a ordem na equipa, nunca conseguiu encostar o adversário à parede. E, quando assim é, não há nada para contestar no resultado. O Liverpool foi sempre forte de mais, rápido de mais, inteligente de mais para uma equipa que confundiu a necessidade de controlar as operações com a apatia de deixar correr o marfim”, escreveu O Jogo no dia seguinte.
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