terça-feira, 8 de outubro de 2019

A minha primeira memória de... um jogo entre Argentina e Alemanha

Alemães e argentinos em jogo dos quartos do Mundial 2006
Os jogos entre Alemanha e Argentina são autênticos clássicos do futebol de seleções. Ambas defrontaram-se por sete vezes em mundiais, um recorde a par do Brasil-Suécia, três das quais em finais, o que também é recorde. Lembro-me vagamente de um jogo entre ambas as seleções na Taça das Confederações 2005, mas o primeiro de que tenho realmente memória remonta aos quartos de final do Mundial 2006.


No Estádio Olímpico de Berlim, os germânicos orientados por Jurgen Klinsmann procuravam dar sequência a uma campanha até então 100 por cento vitoriosa nesse torneio, após triunfos sobre Costa Rica (4-2), Polónia (1-0) e Equador (3-0) na fase de grupos e sobre a Suécia (2-0) nos oitavos de final. A Argentina vinha de uma campanha também bem-sucedida mas um pouco mais modesta, com vitórias sobre Costa Rica (2-1) e Sérvia e Montenegro (6-0) a abrir, um empate com a Holanda (0-0) no jogo que definiu o primeiro classificado do grupo e um triunfo arrancado a ferros sobre o México (2-1) nos oitavos.


A seleção das pampas, comandada por José Pekerman e com o então médio portista Lucho González em campo e Lionel Messi no banco durante todo o encontro, até foi a primeira a marcar, com o baixinho Roberto Ayala (1,77 m) a saltar mais alto do que os poderosos alemães para cabecear para o fundo das redes na resposta a um canto apontado por Juan Román Riquelme aos 48 minutos.

A cerca de dez minutos do fim, porém, o inevitável Miroslav Klose cabeceou para o empate, na sequência de um cruzamento de Michael Ballack desviado à entrada da área pela cabeça de Tim Borowski.

Entretanto o jogo seguiu para o prolongamento e depois para o empate por grandes penalidades. Lembro-me perfeitamente de Oliver Kahn estar alguns minutos à conversa com Jens Lehmann antes dos penáltis, aconselhando-o numa altura em que se falava muito da rivalidade e do relacionamento frio entre os dois. “Um suplente não deveria ser titular da seleção”, atirou Kahn antes do Mundial, sem pejo em referir-se à relação extraconjugal do guarda-redes do Arsenal: “Não tenho uma namorada de 24 anos, levo uma vida diferente.”

Certo é que os conselhos de Kahn se revelaram preciosos para Lehmann, que defendeu os penáltis de Ayala e Cambiasso e ajudou a Alemanha a passar às meias-finais. “Drama, êxtase e emoção fervilhante fizeram parte de uma tarde memorável”, recordou a FIFA no seu site oficial. “Foi um final dramático para um jogo que demorou um pouco para cumprir as expetativas, com duas equipas a falhar na reprodução do futebol ofensivo dos quatro jogos anteriores”, pode ler-se no portal da BBC.


Curiosamente, as duas seleções defrontaram-se nos dois Campeonatos do Mundo que se seguiram. Em 2010 a Alemanha goleou por 4-0 nos quartos de final, em 2014 os germânicos venceram por 1-0 após prolongamento no jogo de atribuição do troféu.
















E para o caro leitor, qual é o primeiro jogo entre Alemanha e Argentina de que tem memória? E quais foram as melhores e mais marcantes jogos de sempre entre as duas seleções?




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