A parceria já foi de sucesso e pode
muito bem voltar a ser. Islam
Slimani era um desconhecido em todo o lado menos na Argélia quando o
Sporting o contratou no verão de 2013, Leonardo Jardim foi introduzindo-o aos
poucos na equipa e o avançado
foi aproveitando os 20 ou 30 minutos de que ia dispondo para marcar golos e conquistar
a titularidade.
Entretanto, Leonardo Jardim foi
para o Mónaco
e o argelino
tornou-se um ídolo dos leões, mas não conseguiu impor-se da mesma maneira no Leicester,
que agora o empresta pela terceira vez. Depois de Newcastle e Fenerbahçe, agora
são os monegascos
a recebê-lo.
Se aos 31 anos ainda for o mesmo Superslim
que brilhou em Alvalade entre 2013 e 2016, pode ser uma ajuda preciosa para o emblema
do Principado sair da crise. Numa equipa à qual pode faltar alguma alma, a inspiradora
agressividade e combatividade do magrebino
poderão contagiar positivamente os companheiros. No fundo, como tantas vezes
aconteceu quando vestiu de verde e branco. A forma como pressionava os centrais
e corria atrás das bolas difíceis de ganhar - mas que não raras vezes acabava mesmo
por ganhar - fizeram dele uma figura muito apreciada pelos sportinguistas.
Depois, pode dar aquilo que
certamente mais lhe vão pedir no Mónaco:
golos. Jogando de início ou começando no banco, não precisa de muito tempo para
encaixar no jogo e descobrir os espaços que deve atacar e finalizar certeiro. A
finalização é um aspeto que foi aprimorando em Lisboa, sobretudo com Jorge
Jesus, o que teve reflexos nos números: 10 golos em 2013-14 com Leonardo
Jardim, 15
em 2014-15 com Marco Silva e 31 (!) com Jesus
em 2015-16.
Outra valência que melhorou muito
com o técnico
amadorense foi o envolvimento no processo ofensivo. Deixou de ser aquele
jogador que se limitava a esperar a bola na área, a atacar a profundidade e que
parecia ter duas tábuas no lugar dos pés para dar linhas de passe aos
companheiros em zonas mais recuadas, nos flancos e de costas para a baliza.
Ganhou confiança e mostrou que tecnicamente não era tão limitado como se julgava.
Ainda assim, é o futebol aéreo a
principal qualidade de Slimani.
E não o é simplesmente por ter 1,88 m. Não são os centímetros que fazem de um
jogador forte no jogo aéreo, é a colocação, a antecipação aos defesas, a forma
como ataca a bola, a capacidade de a colocar fora do alcance do guarda-redes e a
rotação de pescoço para dar potência a uma bola originada por um cruzamento
pouco tenso. Nisso, como poucos no futebol mundial, é muito forte. E garante
golos. E se há algo que o argelino
mostrou em Portugal é que é capaz de os marcar, tanto em clássicos com FC Porto
– Casillas
ainda deve ter pesadelos com ele… - e a Benfica como frente a equipas que lutam
para não descer.
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