domingo, 25 de agosto de 2019

Slimani reencontra Jardim para inspirar o Mónaco a sair da crise

Islam Slimani emprestado ao Mónaco até final da temporada
A parceria já foi de sucesso e pode muito bem voltar a ser. Islam Slimani era um desconhecido em todo o lado menos na Argélia quando o Sporting o contratou no verão de 2013, Leonardo Jardim foi introduzindo-o aos poucos na equipa e o avançado foi aproveitando os 20 ou 30 minutos de que ia dispondo para marcar golos e conquistar a titularidade.


Entretanto, Leonardo Jardim foi para o Mónaco e o argelino tornou-se um ídolo dos leões, mas não conseguiu impor-se da mesma maneira no Leicester, que agora o empresta pela terceira vez. Depois de Newcastle e Fenerbahçe, agora são os monegascos a recebê-lo.

Se aos 31 anos ainda for o mesmo Superslim que brilhou em Alvalade entre 2013 e 2016, pode ser uma ajuda preciosa para o emblema do Principado sair da crise. Numa equipa à qual pode faltar alguma alma, a inspiradora agressividade e combatividade do magrebino poderão contagiar positivamente os companheiros. No fundo, como tantas vezes aconteceu quando vestiu de verde e branco. A forma como pressionava os centrais e corria atrás das bolas difíceis de ganhar - mas que não raras vezes acabava mesmo por ganhar - fizeram dele uma figura muito apreciada pelos sportinguistas.

Depois, pode dar aquilo que certamente mais lhe vão pedir no Mónaco: golos. Jogando de início ou começando no banco, não precisa de muito tempo para encaixar no jogo e descobrir os espaços que deve atacar e finalizar certeiro. A finalização é um aspeto que foi aprimorando em Lisboa, sobretudo com Jorge Jesus, o que teve reflexos nos números: 10 golos em 2013-14 com Leonardo Jardim, 15 em 2014-15 com Marco Silva e 31 (!) com Jesus em 2015-16.

Outra valência que melhorou muito com o técnico amadorense foi o envolvimento no processo ofensivo. Deixou de ser aquele jogador que se limitava a esperar a bola na área, a atacar a profundidade e que parecia ter duas tábuas no lugar dos pés para dar linhas de passe aos companheiros em zonas mais recuadas, nos flancos e de costas para a baliza. Ganhou confiança e mostrou que tecnicamente não era tão limitado como se julgava.


Ainda assim, é o futebol aéreo a principal qualidade de Slimani. E não o é simplesmente por ter 1,88 m. Não são os centímetros que fazem de um jogador forte no jogo aéreo, é a colocação, a antecipação aos defesas, a forma como ataca a bola, a capacidade de a colocar fora do alcance do guarda-redes e a rotação de pescoço para dar potência a uma bola originada por um cruzamento pouco tenso. Nisso, como poucos no futebol mundial, é muito forte. E garante golos. E se há algo que o argelino mostrou em Portugal é que é capaz de os marcar, tanto em clássicos com FC Porto – Casillas ainda deve ter pesadelos com ele… - e a Benfica como frente a equipas que lutam para não descer.












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