sábado, 31 de agosto de 2019

Dá gosto ver Tabata a brilhar no Portimonense

Extremo brasileiro Tabata está no Portimonense desde 2015-16
Devia haver mais futebolistas como Bruno Tabata nos clubes da I Liga que não pertencem ao círculo dos chamados três grandes. Talentos assim, que fazem a diferença, com qualidade técnica acima da média no campeonato português, que valem milhões e que entram nas contas para as seleções jovens de países importantes no futebol mundial, como é o Brasil neste caso.


Sorte – ou melhor, mérito do projeto desportivo – do Portimonense, que tem um jogador desta craveira nas suas fileiras e que nos últimos anos tem sido um caso sério na importação (e posteriormente exportação) de futebolistas de grande qualidade.

Dá gosto ver uma equipa como os algarvios, que nem sequer está entre os principais candidatos à qualificação para as competições europeias, usufruir de um jogador como Tabata, produto da formação do Atlético Mineiro.

Canhoto, mas quase sempre na ala direita do desenho tático de António Folha – já o era assim com Vítor Oliveira -, tem tendência natural para fazer diagonais do flanco para a zona central, à procura da bola ou já com ela dominada. De frente para a baliza, acelera o jogo através de combinações rápidas com os companheiros e de esticões individuais a transportar o esférico, até porque é muito rápido. E armar o remate ainda de fora da área também é algo que faz com frequência.

Durante ano e meio, foi uma espécie de espelho de Nakajima, que fazia movimentos semelhantes a partir do corredor esquerdo. Enquanto coincidiram em Portimão, o japonês que agora está no FC Porto evidenciou-se mais, sobretudo pela definição das jogadas, tendo somado muitos mais golos e assistências do que o brasileiro, que terá de apresentar outros números se quiser afirmar-se num clube de dimensão superior.


No entanto, o internacional olímpico pela seleção canarinha, 22 anos, tem assumido protagonismo após a saída do nipónico e poderá explodir finalmente em 2019-20. Benfica, FC Porto, Leipzig, Estugarda, Palmeiras, Flamengo, Villarreal e Shakhtar Donetsk foram alguns dos clubes aos quais ele foi apontado. A cláusula de rescisão é de 40 milhões de euros e o contrato com o Portimonense expira em junho de 2023.   


























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