quinta-feira, 18 de abril de 2019

A minha primeira memória de... um jogo entre Sporting e Nacional

O leão Pedro Barbosa vigiado pelo nacionalista Luís Loureiro
A minha primeira memória de um jogo entre o Sporting e Nacional remontam a uma época em que os madeirenses não estavam na I Liga, 2000/01. Na verdade, foi devido a este duelo, a contar para os oitavos de final da Taça de Portugal, que ouvi pela primeira vez falar no emblema alvinegro, que na altura era 3.º classificado na II Liga. Por coincidência, os leões ocupavam a mesma posição no primeiro escalão.


Por tratar-se de uma eliminatória teoricamente tão desigual e com o sorteio a ditar Alvalade como palco, esperava-se que os verde e brancos passeassem rumo aos quartos de final. Mas não foi nada disso que aconteceu na noite de 16 de janeiro de 2001. Lembro-me bem de ter assistido aos dois jogos através da transmissão televisiva, salvo erro ambas a cargo da SIC.

Os insulares, então orientados por José Peseiro, deram água pela barba ao Sporting e atiraram a decisão para a Choupana. Na altura, recorde-se, havia um jogo de desempate em caso de igualdade no final do prolongamento do encontro original.

Tudo até parecia encaminhar-se para os comandados por Fernando Mendes quando Acosta inaugurou o marcador aos 25 minutos, mas o nacionalista Fabrício havia de bisar (37' e 61') e virar o resultado. Pedro Barbosa, que tinha feito a assistência para o 1-0 após bom lance individual, voltou a estar em grande estilo ao criar e apontou o 2-2 (77'). Em cima dos 90', Mbo Mpenza parecia ter decidido a partida quando devolveu a vantagem à turma de Alvalade, mas ainda houve tempo para Serginho bater Nélson de grande penalidade (90').



“O Sporting vai discutir na Madeira a passagem aos quartos-de-final da Taça de Portugal, depois de ter empatado na noite de terça-feira (3-3) com o Nacional, equipa que se encontra em posição de ascensão à I Liga. Antes de mais, convém sublinhar que os leões tiveram, antes do prolongamento, e durante este período, oportunidades claras de golo, em número suficiente para chegar a uma goleada, mas por mérito de Nuno Carrapato (o guarda-redes) e demérito de Acosta (por quatro ocasiões), o resultado acabou num 3-3 que revela, em boa medida, o jogo incrível que Alvalade viveu”, resumiu o Record.


Na Madeira, a 7 de fevereiro, o Sporting já comandado por Manuel Fernandes mostrou ter a lição bem estudada e não embalou no espírito da Taça. Já depois do presidente do Nacional, Rui Alves e do médio nacionalista Luís Loureiro – sim, ele mesmo que se tornou internacional português e que viria a representar o Sporting – terem sido expulsos, Pedro Barbosa deu vantagem aos leões aos 32 minutos, através de um remate cruzado. Aos 79', Rodrigo Fabri sentenciou a eliminatória com um remate à meia volta, a passe de Rui Jorge.

"O Nacional da Madeira só se deu por vencido quando o Sporting marcou o segundo golo, mas o destino do jogo de quarta-feira ficou traçado logo depois da meia hora, quando, num curtíssimo espaço de tempo – dois minutinhos apenas –, a equipa de José Peseiro ficou reduzida a dez unidades e, praticamente na resposta, os leões abriram o ativo. Um golpe muito duro nas pretensões dos nacionalistas, que em Alvalade tinham brilhado e marcado três golos, obrigando, na circunstância, a este jogo de desempate", sintetizou o Record.


Curiosamente, assisti ao vivo o primeiro jogo de que me recordo entre ambos os clubes na I Liga, a 22 de dezembro de 2002. Lembro-me de ter sido uma espécie de prenda de Natal antecipada e de eu e o meu pai termos levado para o antigo Estádio José Alvalade um tupperware com bife de atum lá dentro. Bons velhos tempos esses, em que se podia fazê-lo. José Peseiro continuava no Nacional, Laszlo Bölöni era o timoneiro do Sporting, que venceu por 2-0, com dois golos de João Pinto, ambos após cruzamentos de Ricardo Quaresma. Foi também a primeira vez que vi ao vivo e a cores um menino chamado... Cristiano Ronaldo, então com 17 anos. Um jogo especial também para ele, que defrontou um clube por onde passou nos escalões de formação, embora só tenha entrado em campo a um quarto de hora do fim.































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