Romeno Niculae num jogo disputado em Nyon, na Suíça |
Ainda sem duelos oficiais a registar até aos 16 avos de final da Liga Europa 2018/19, Sporting e Villarreal apenas se tinham defrontado em jogos particulares. O mais recente é de 26 de julho de 2016, quando os leões de Jorge Jesus empataram a zero com el submarino amarillo de Marcelino Toral, em Badajoz, com triunfo espanhol nas grandes penalidades.
No entanto, esse não foi o único jogo entre ambas as equipas. Em agosto de 2001, os verde e brancos de László Bölöni preparavam na Suíça (ainda sem sonhar com Jardel) uma temporada que haveria de culminar na conquista do título nacional e da Taça de Portugal. Depois de várias vitórias em solo nacional, diante de equipas como Rio Maior, Académica, Kaiserslautern (Alemanha), Campomaiorense, Olivais e Moscavide e Estrela de Vendas Novas e uma outra na Bélgica sobre o Standard Liège, a formação sportinguista rumou a território helvético para defrontar Villarreal e Barcelona, a cerca de dez dias do arranque do campeonato.
Na altura, o Villarreal não tinha o estatuto que hoje enverga. Tinha apenas duas presenças na liga espanhola, um 18.º lugar em 1998/99 e um 7.º em 2000/01. Estávamos longe de imaginar que aquele clube se tornaria no semifinalista da Liga Europa em 2003/04, 2010/11 e 2015/16 e da Liga dos Campeões em 2005/06.
No entanto, o clube espanhol venceu por 1-0, a 1 de agosto. Na realidade, o resultado era a única coisa de que me recordava. Depois de consultar as imagens, soltei um “ah pois foi!” ao rever o golo da equipa então orientada por Victor Muñoz Manrique, um livre marcado rapidamente que surpreendeu a defesa leonina – que preparava a barreira - e que contou com a conivência do árbitro. Jorge López foi o autor do golo (26’).
Cinco minutos depois, o Sporting tentou imitar o adversário, mas o árbitro… não deixou, mostrando o cartão amarelo a André Cruz.
“Perante uma plateia quase cem por cento portuguesa e sportinguista, os leões deram uma imagem pálida do seu real valor. Mesmo atendendo àquilo que já conseguiram mostrar neste defeso, a exibição frente aos espanhóis não merece nota de grande destaque, foi, digamos, um satisfaz menos”, escreveu o jornal O Jogo no dia seguinte.
Um dos protagonistas desse encontro foi o argentino Facundo Quiroga, que fez uma rara aparição no meio-campo e o primeiro remate dos verde e brancos (41’), num dia em que, imagine-se, foi apontado ao… Real Madrid.
Ficha de jogo
Estádio de Colovray, em Nyon.
Árbitro: Marcus Nobs
VILLARREAL — López Vallejo (Sergio Morán, 30’; Unanua, 46’); Javi Venta (Xavi Roca, 46’), Oriol (Unai, 46’), Quique Alvarez (Berruet, 46’) e Arruabarrena (Galvan, 46’); Amor (Galca, 46’), Jorge López (Cagna, 46’) e Escoda (Javi Garcia, 46’); Victor (Guayre, 46’; Collantes, 77’), Caleja (Quique Martin, 46’) e Craioveanu (Palermo, 46’).
Treinador: Victor Muñoz Manrique.
SPORTING — Tiago; César Prates, Beto (Quaresma 56’), André Cruz e Dimas (Rui Jorge, 73’); Quiroga (Babb 73’), Rui Bento (Paulo Bento, 56’), Luís Filipe (Sá Pinto, 61’) e Tello (Horvath, 56’); João Pinto (Niculae, 61’) e Spehar (Ayew, 61’).
Treinador: László Bölöni
Golos: 1-0, por Jorge López (26’).
Disciplina: Cartão amarelo a André Cruz (31’)
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