Shaqiri chega a Anfield após três temporadas no Stoke City |
Sadio Mané, Mohamed
Salah e Roberto Firmino brilharam no ataque do Liverpool na segunda metade
da temporada passada, após a saída de Coutinho para o Barcelona. No entanto,
tal como foi possível perceber depois da lesão do egípcio
na final da Liga dos Campeões, faltava alguém no banco capaz de assegurar a
mesma velocidade e dinâmica para ser uma alternativa viável ao trio de velozes
e furiosos dos reds.
O escolhido para ocupar o lugar
do faraó
a partir da meia hora do jogo de Kiev foi Adam Lallana, que tem muita qualidade,
mas outro tipo de características: é um organizador, não um agitador. Ben Woodburn
ainda está verde e Danny Ings não está à altura do desafio.
Jurgen Klopp percebeu que fazia
falta um atacante que encaixasse na sua ideia de ataque rápido e contra-ataque,
olhou para o mercado e encontrou Xherdan Shaqiri, recém-despromovido ao segundo
escalão inglês ao serviço do Stoke City, e pagou 15,3 milhões de euros – uma pechincha
para os dias que correm… - para assegurar a contratação do extremo suíço.
O helvético era exatamente o que
o alemão precisava: um jogador para atuar numa das alas (e fazer uma perninha ao
meio em caso de muita necessidade), capaz de transportar a bola em velocidade, possante
apesar da baixa estatura (1,69 m), desequilibrador e que, partindo do lado
direito, gosta de fletir para zonas interiores com a bola colada ao pé esquerdo
e insistir no remate – muito forte, por sinal. Porém, também sabe jogar de uma
forma mais pausada, em ataque posicional, como foi possível observar no ano e
meio em que esteve às ordens de Pep
Guardiola no Bayern Munique.
Embora Shaqiri já ande pela alta
roda do futebol há várias temporadas e tenha vindo a percorrer uma trajetória
descendente ao nível de clubes – do Bayern
de Guardiola ao despromovido Stoke, com o inconstante Inter pelo meio -, a
verdade é que tem apenas 26 anos e acabou de findar uma das melhores épocas da
carreira a nível individual, tendo apontado oito golos – só fez (ligeiramente)
melhor quando faturou por nove vezes em 2011/12 pelo Basileia e em 2012/13 pelos
bávaros.
Experiente, mas ainda com muito
para dar, o extremo suíço vai acrescentar profundidade, competitividade e as
características ideais para a sua posição a um Liverpool que vai procurar mostrar,
intramuros e além-fronteiras, que a caminhada até à final da Liga dos Campeões
na época passada não foi fruto do acaso.
Na linha de Keita e Fabinho
Na mesma ótica de acrescentar profundidade,
competitividade e as características ideais para cada posição, o emblema de
Anfield já assegurou a contratação de Naby Keita ao RB Leipzig e de Fabinho ao
Mónaco. Tanto o guineense como o brasileiro encaixam nos vértices ofensivos do
4x3x3 de Klopp e nos atributos que o germânico pretende para quem atua nessa
zona: capacidade para pressionar alto durante o jogo inteiro e fazer vaivéns
constantes entre as duas áreas. Face à saída de Emre Can, vão fazer
concorrência a Gini Wijnaldum, James Milner e Oxlade-Chamberlain.
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