domingo, 15 de julho de 2018

Xherdan Shaqiri. Mais um velocista para o ataque do Liverpool

Shaqiri chega a Anfield após três temporadas no Stoke City

Sadio Mané, Mohamed Salah e Roberto Firmino brilharam no ataque do Liverpool na segunda metade da temporada passada, após a saída de Coutinho para o Barcelona. No entanto, tal como foi possível perceber depois da lesão do egípcio na final da Liga dos Campeões, faltava alguém no banco capaz de assegurar a mesma velocidade e dinâmica para ser uma alternativa viável ao trio de velozes e furiosos dos reds.

O escolhido para ocupar o lugar do faraó a partir da meia hora do jogo de Kiev foi Adam Lallana, que tem muita qualidade, mas outro tipo de características: é um organizador, não um agitador. Ben Woodburn ainda está verde e Danny Ings não está à altura do desafio.

Jurgen Klopp percebeu que fazia falta um atacante que encaixasse na sua ideia de ataque rápido e contra-ataque, olhou para o mercado e encontrou Xherdan Shaqiri, recém-despromovido ao segundo escalão inglês ao serviço do Stoke City, e pagou 15,3 milhões de euros – uma pechincha para os dias que correm… - para assegurar a contratação do extremo suíço.

O helvético era exatamente o que o alemão precisava: um jogador para atuar numa das alas (e fazer uma perninha ao meio em caso de muita necessidade), capaz de transportar a bola em velocidade, possante apesar da baixa estatura (1,69 m), desequilibrador e que, partindo do lado direito, gosta de fletir para zonas interiores com a bola colada ao pé esquerdo e insistir no remate – muito forte, por sinal. Porém, também sabe jogar de uma forma mais pausada, em ataque posicional, como foi possível observar no ano e meio em que esteve às ordens de Pep Guardiola no Bayern Munique.

Embora Shaqiri já ande pela alta roda do futebol há várias temporadas e tenha vindo a percorrer uma trajetória descendente ao nível de clubes – do Bayern de Guardiola ao despromovido Stoke, com o inconstante Inter pelo meio -, a verdade é que tem apenas 26 anos e acabou de findar uma das melhores épocas da carreira a nível individual, tendo apontado oito golos – só fez (ligeiramente) melhor quando faturou por nove vezes em 2011/12 pelo Basileia e em 2012/13 pelos bávaros.

Experiente, mas ainda com muito para dar, o extremo suíço vai acrescentar profundidade, competitividade e as características ideais para a sua posição a um Liverpool que vai procurar mostrar, intramuros e além-fronteiras, que a caminhada até à final da Liga dos Campeões na época passada não foi fruto do acaso.


Na linha de Keita e Fabinho

Na mesma ótica de acrescentar profundidade, competitividade e as características ideais para cada posição, o emblema de Anfield já assegurou a contratação de Naby Keita ao RB Leipzig e de Fabinho ao Mónaco. Tanto o guineense como o brasileiro encaixam nos vértices ofensivos do 4x3x3 de Klopp e nos atributos que o germânico pretende para quem atua nessa zona: capacidade para pressionar alto durante o jogo inteiro e fazer vaivéns constantes entre as duas áreas. Face à saída de Emre Can, vão fazer concorrência a Gini Wijnaldum, James Milner e Oxlade-Chamberlain.





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