Arsenal nos ‘quartos’ pela primeira vez
Esta noite, no Estádio Santa Laura, em
Santiago, o Arsenal de Sarandí qualificou-se para os quartos-de-final ao vencer
a Unión Española por 1-0, depois de um nulo na primeira mão. Braghieri marcou o
único golo do encontro.
Eis a constituição das equipas:
Unión
Española
Na fase de
grupos, a Unión Española terminou na liderança do Grupo 2, que também incluía
San Lorenzo, Independiente del Valle e Botafogo. Na primeira mão dos Oitavos,
os chilenos foram à Argentina arrancar um empate a zeros.
O melhor que Los Rojos de Santa Laura conseguiram na
Copa Libertadores foi ser finalista vencido, em 1975.
O conjunto
orientado por José Sierra terminou recentemente a Liga Clausura em 9º lugar.
Arsenal
de Sarandí
Para chegar aos Oitavos-de-final, o Arsenal de Sarandí terminou em 2º
lugar no Grupo 8, atrás do Santos Laguna e à frente do Peñarol e do Anzoátegui.
Nunca o clube tinha ultrapassado a fase de grupos.
A formação comandada por Martín Palermo está no penúltimo lugar no
Torneo Final.
Cronómetro:
Unión Española melhor nos minutos
iniciais.
Los
Rojos de Santa Laura
procuravam um futebol direto, tendo Canales como alvo.
Arsenal de Sarandí tentava atacar
sobretudo através de transições ofensivas.
Na primeira parte tivemos uma Unión
Española mais ofensiva, mas um Arsenal de Sarandí mais perigoso.
Intervalo.
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o triunfo do Arsenal de
Sarandí.
Análise:
Diante de um Arsenal de Sarandí muito cauteloso, coube à União
Española a iniciativa, atacando mais e tendo mais posse de bola, apostando num
estilo vertical, procurando colocar rapidamente a bola em Canales, a referência
do ataque.
No entanto, apesar dos chilenos atacarem mais vezes, foram os
argentinos quem criaram mais perigo na primeira parte. Aos 8’ , depois de uma bola bombeada,
Furch serviu Caraglio, que acertou à trave. Praticamente meia hora depois, os
papéis inverteram-se entre os atacantes de El
Viaduto, mas o destino foi o mesmo, o ferro da baliza de Diego Sánchez.
No segundo tempo, Los Rojos de
Santa Laura viveram apenas de iniciativas individuais de Chávez e Jaime, perderam
o domínio que tinham exercido na primeira parte, e deixaram de criar ocasiões
de golo.
Do outro lado, e no seguimento de um livre lateral, o empenhado
Sperdutti cruzou para o coração da área, onde Braghieri colocou o conjunto
orientado por Martín Palermo em vantagem.
A partir daí, o Arsenal foi defendendo o resultado e a Unión nunca
conseguiu ter a objetividade necessária para, pelo menos, ameaçar chegar ao
empate.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Unión Española…
Sánchez até nem teve um jogo muito complicado, apesar do golo sofrido, e à
semelhança do argentino Burgos, antigo guarda-redes do Atlético Madrid, é
conhecido por El Mono;
Currimilla lutou muito; Ampuero e Navarrete
não tiveram muito trabalho, mas quando o houve, Furch e Caraglio conseguiram
trocar-lhes as voltas; e Berardo teve uma noite difícil, com Sperdutti
pela frente;
Pavez deixou Braghieri saltar á vontade, no lance do 0-1; Scotti (capitão),
centro-campista muito experiente (37 anos), recuou para trinco após a entrada
de Faravelli; e Chávez, muito ativo, rápido e habilidoso, foi o homem
pelo qual a bola passou sempre na construção dos ataques;
Jaime conduz bem a bola em velocidade e gosta de pegar no jogo; Campos
(emprestado pela Udinese) é conhecido como El
Toro, mas foi muito manso durante o encontro; e Canales, referência
do ataque, roda bem, tem bom remate e foi alvo de futebol direto;
Faravelli deu maior pendor ofensivo ao meio-campo;
e Salom pouco ou nada acrescentou.
Quanto aos jogadores do Arsenal
de Sarandí…
Campestrini
esteve bem quando foi chamado a intervir;
González
aventurou-se pouco no apoio ao ataque; Nervo intercetou os vários
cruzamentos dos chilenos à procura de Canales; Braghieri inaugurou o
marcador com um cabeceamento certeiro; e Pérez assustou, parecendo
ter-se lesionado durante a primeira parte, mas acabou por recuperar e realizar
os 90 minutos;
Sánchez e Marcone
preocuparam-se praticamente apenas com tarefas de cobertura, libertando-se
pouco das suas posições; Sperdutti, muito esforçado, procurou a todo o
custo furar pela defesa adversária, a partir do seu flanco, e fez o cruzamento
para o 0-1; e Freire passou para o centro do terreno após a entrada de
Aguirre, que se posicionou na ala esquerda;
Furch e Caraglio
(rápido e possante) formaram uma boa dupla de ataque, combinando bem entre
eles, mesmo com poucos toques na bola, e ambos estiveram perto de marcar ainda
na primeira trave, ao acertar na trave;
Aguirre
posicionou-se no flanco esquerdo e melhorou o rendimento coletivo; e Zelaya
e Zaldivia refrescaram a equipa, à procura de segurar a vantagem.
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